CCJ do Senado vota nesta quarta (9) reforma política e pode derrubar
reeleição para cargos do Executivo
CCJ, no Senado Federal, tem como destaque de pauta o "fim da reeleição". Foto: Geraldo Magela/Agência Senado. |
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Agência Senado/Adapatações FN Café NEWS
BRASÍLIA (DF) – Um dos destaques na pauta
do Senado Federal na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta
semana é a proposta de emenda à Constituição (PEC 113/2015) da reforma política.
O texto que veio da Câmara dos Deputadps está na pauta da CCJ e propõe, entre
outras medidas, o fim da reeleição para cargos de presidente da República,
governador e prefeito.
O fim da reeleição para os cargos de
presidente da República, governador e prefeito poderá ser aprovado, nesta
quarta-feira (9/12), pela Comissão CCJ. Este é um dos destaques da proposta de
emenda à Constituição (PEC 113/2015) que trata da reforma política. A medida
integra o rol de inovações já aprovadas pela Câmara dos Deputados e mantidas
pelo relator na CCJ, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
Ainda sobre o assunto, é importante
ressaltar que esta proibição também se aplica a quem substituir essas
autoridades nos seis meses anteriores à eleição. Não vai valer, entretanto,
para os prefeitos eleitos em 2012 e os governadores eleitos em 2014.
“A nossa convicção é a de que foi um
equívoco termos alterado nossa tradição republicana, adotada desde o início da
República, que veda ao chefe do Poder Executivo pleitear a reeleição no pleito
subsequente ao que o elegeu. Estamos certos que a grave crise política hoje
vivida pelo país não estaria ocorrendo se tivéssemos mantido a opção original
da República, ratificada pela Constituição de 1988.”, considera Lira em seu
voto favorável à PEC.
PEC
paralela
Depois de passar pela CCJ, a PEC da
reforma política segue para dois turnos de discussão e votação no Plenário do
Senado. Raimundo Lira apresentou um voto com duas vertentes. Uma delas reuniu
as partes da proposta em que houve consenso entre a Câmara e o Senado e que,
portanto, estaria pronta para ser promulgada após a manifestação do Senado. A
outra comporia uma “PEC paralela”, uma proposta autônoma reunindo sugestões do
Senado a serem examinadas pela Câmara.