FN Café NEWS - Sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Educação no Brasil: pagamento do piso salarial de professor
Mercadante reconhece dificuldade para estados e municípios pagarem o piso salarial do magistérioMercadante admite dificuldade de caixa para estados e municípios pagarem o piso nacional de professor. Foto: Arquivo/MEC 2012. |
Yara Aquino/Repórter da Agência
Brasil
BRASÍLIA (DF) – O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse na terça-feira (29/1) que o piso nacional do magistério, tal como foi
aprovado, “tensiona” as contas dos estados e municípios ao longo dos anos. Ele
defendeu uma solução conjunta entre governantes e professores para valorizar o
professor de forma compatível com as receitas estaduais e municipais.
Sancionada em 2008, a Lei 11.738, que estabelece o
piso nacional do magistério público da educação básica, determinou um valor
mínimo que deve ser pago pelos estados e municípios a professores da rede
pública com jornada de 40 horas semanais.
“A lei como está, ao longo dos próximos anos,
tensiona demais as finanças municipais e estaduais, e temos que ter crescimento
salarial dos professores que seja sustentável, progressivo e compatível com os
recursos orçamentários”, disse o ministro, ao participar do Encontro Nacional
de Novos Prefeitos e Prefeitas. Na avaliação de Mercadante, é importante que a
questão seja resolvida ainda este ano.
De acordo com Mercadante, entidades como a
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a União Nacional
dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) reconhecem que a lei que trata
do piso precisa de ajustes e apresentaram propostas de alteração que estão em
discussão no Congresso Nacional.
“Reconhecemos que tem problemas da forma como a lei
foi aprovada e há o compromisso da CNTE e Undime para se chegar a um
entendimento que ajuste a legislação para valorizar o professor de forma
compatível com a receita dos municípios e estados”, completou.
O ministro disse que a posição do Ministério da
Educação é que o piso nacional do magistério precisa continuar crescendo de
forma sustentável e progressiva, para atrair bons profissionais. Ele apontou
como alternativa de financiamento a destinação dos recursos dos royalties
do petróleo para a educação. “Se tivermos recursos dos royalties, vamos
resolver o problema de financiamento, inclusive salarial dos professores”.
No início deste mês, o MEC anunciou que o reajuste
do piso salarial nacional do magistério da educação básica para 2013 será
7,97%. Com o aumento, o piso passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 e já será pago por
estados e municípios em fevereiro.
_______________________//_____________________________
FN Café NEWS – quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Reforma da Educação no Brasil: diagnóstico do Ideb aponta para mudanças no sistema de ensino
MEC planeja mudanças no currículo do ensino médio
Mercadante diz que as 13 disciplinas obrigatórias
hoje são "sobrecarga"
Brasília*. O governo federal pretende mudar a grade
curricular do ensino médio público e diminuir o número de disciplinas na grade
das escolas. O plano de mudança foi desenhado pelo Ministério da Educação (MEC) após
a divulgação dos resultados do Índice Básico de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb), que mede o desempenho da educação básica nacional.
Segundo os dados referentes ao ano
passado divulgados anteontem, o ensino médio estagnou no país. A nota, que vai
de zero a dez, considera o desempenho em português e matemática e também a taxa
de aprovação dos estudantes (quantos passaram de ano).
Divulgado a cada dois anos, o índice
estagnou em 3,4 no ensino médio público, o mesmo indicador de 2009, dentro da
meta de 2011, mas muito abaixo dos dez pontos, a nota máxima.
Na rede privada, por exemplo, a nota
média nessa etapa de ensino foi de 5,7. A meta estipulada é de 5,8.
O Ideb mostra também que o desempenho de
estudantes do ensino médio público em português e matemática foi inferior ao
atingido por alunos do último ano do fundamental particular. Em matemática, a
nota foi 265 pontos na rede pública contra 298 na particular, por exemplo.
Durante a divulgação do Ideb, o ministro
da Educação, Aloizio Mercadante, reclamou que é grande o número de matérias
obrigatórias no ensino médio - atualmente são 13.
"É uma sobrecarga muito grande. Não
contribui para formar melhor o aluno", afirmou. A proposta de redução do
currículo nessa etapa do ensino público será apreciada pelo Conselho Nacional
de Educação (CNE).
"O ensino médio atingiu a meta, mas
não superou. Esse é o grande desafio do sistema educacional brasileiro. É um
problema que temos de enfrentar com prioridade", afirmou o ministro.
Docentes. Para Mercadante, além dos currículos, as
redes responsáveis pela oferta do ensino médio precisam avaliar as dificuldades
do ensino noturno (que possui muitos alunos dessa fase, segundo ele) e a falta
de investimento na formação continuada dos professores.
"Ainda temos muitos docentes que não
têm formação das disciplinas que lecionam. Temos de investir na educação
integral e no Pronatec (programa que dá cursos técnicos a jovens)",
ponderou.
Análise: Ideb revela crise do modelo atual
Brasília. O desempenho das escolas de ensino médio
no Ideb foi classificado pelo movimento Todos pela Educação como "uma
verdadeira crise do modelo de ensino atual". "Temos uma crise por
duas razões: primeiro, porque essa etapa acaba recebendo o acúmulo das
deficiências das etapas anteriores, ou seja, o aluno chega com muitas lacunas
de aprendizagem. Em segundo lugar, ocorre um problema de estrutura. Temos um
ensino médio com 13 disciplinas obrigatórias, não se consegue aprofundar em
tema nenhum, a fragmentação é enorme", afirmou a diretora-executiva do
Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Segundo ela, somam-se a esses fatores o
desinteresse de boa parte dos estudantes nessa etapa e a falta de professores
para todas as disciplinas. "Sabemos das dificuldades, mas termos um
retrocesso em nove Estados é simplesmente inadmissível", disse.
Publicado
no Jornal OTEMPO em 16/08/2012, com adaptações FN Café NEWS
FN Café NEWS – terça-feira, 14 de agosto de 2012
Resultados do Ideb 2011, divulgados pelo Ministério da Educação, mostram que escolas das etapas finais têm mais dificuldades em atingir meta de qualidade
Desempenho melhora na educação básica, mas ensino médio ainda tem
rendimento pífio na avaliação
Aloizio Mercadante, ministro da Educação, defende revisão curricular do ensino médio para melhorar qualidade |
BRASÍLIA* - A educação melhorou no Brasil entre 2009 e 2011,
segundo o desempenho das redes de ensino no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb). As médias divulgadas nesta terça-feira pelo Ministério
da Educação mostram que o País conseguiu atingir as metas de qualidade
definidas para o ano passado pelo próprio governo e, pelo menos no aspecto
global, tem razões para comemorar.
"Esses resultados são motivo de comemoração.
Eu gostaria de parabenizar os professores que permitiram, com seu trabalho
cotidiano, que alcançássemos esse resultado", afirmou o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante.
Além dos números nacionais, a maioria dos Estados e
municípios conseguiu atingir os objetivos propostos. Os números, no entanto,
revelam que o crescimento do índice é mais lento nas etapas mais avançadas e há
pontos frágeis que merecem atenção dos gestores educacionais.
Criado em 2005 para mensurar o desempenho do
sistema educacional do País, o Ideb varia de 1 a 10. Cada escola, município,
Estado e o Brasil tem metas próprias para serem atingidas de dois em dois anos.
A expectativa é de que, em 2021, as escolas das séries iniciais (até a 4ª
série) alcancem nota 6, desempenho considerado semelhante ao de sistemas
educacionais de países desenvolvidos.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, a média
nacional ficou em 5. A nota é 0,4 ponto maior do que a atingida pelo Brasil em
2009. Naquele ano, o País já havia garantido o cumprimento da meta prevista
para 2011, nota 4,6. Também nesta etapa, todos os Estados chegaram às suas
próprias metas. E, embora o Norte e Nordeste ainda não estejam dentro da média
nacional, conseguiram evoluir. Piauí e Ceará se destacaram, superando as
próprias metas em 0,8 e 0,9 ponto, respectivamente.
Para o ministro, o aumento da obrigatoriedade de
ensino, a partir dos seis anos, o aumento dos recursos para a educação nos
últimos anos, o investimento na formação dos professores e a cultura de
avaliação criada a partir do Ideb explicam os bons resultados dessa fase.
A façanha, no entanto, não se repete nas séries
seguintes avaliadas pelo Ideb. Nas séries finais do ensino fundamental (de 5ª a
8ª série), cujas metas já são menores, nem todos os Estados brasileiros
conseguiram alcançar seus objetivos. Sete ficaram com notas inferiores às
previstas: Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande
do Sul.
A média superou em 0,1 ponto a última nota (de
2009) e em 0,2 ponto a meta prevista pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A previsão era chegar a 3,9 e a
média nacional ficou em 4,1. O Estado que mais se destacou positivamente nesse
quesito foi o Mato Grosso, que superou a meta em 1 ponto e ficou com 4,5.
De acordo com relatório do Inep, a maioria dos
municípios (77,7%) obteve o desempenho esperado para 2011 nos anos iniciais do
ensino fundamental. Número que cai para 62,5% nas redes que atendem os finais
dessa etapa. Em Roraima, nenhum dos 14 municípios que tiveram nota calculada
nesta edição do Ideb tiveram a nota esperada.
A evolução
do Ideb
O crescimento dos índices das séries finais do
ensino fundamental e do ensino médio para o País não acompanham o aumento das
médias nacionais nas séries iniciais, apesar do cumprimento das metas
O nó
A etapa em que as médias das redes
ficaram mais baixas e alcançaram o menor crescimento é o ensino médio. Com
metas mais modestas – sair de 3,4 em 2005 para 3,7 em 2011 –, o Brasil
conseguiu cumprir exatamente o combinado na época da criação do Ideb, que faz
parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para o ano passado.
"Essa precisa ser uma prioridade
estratégica para o País. É um grande desafio, mas acredito que estamos em um
caminho promissor", ponderou o ministro.
As desigualdades entre os Estados, no
entanto, são mais evidentes nessa fase. Dos 27 Estados, 11 não alcançaram as
notas propostas para o ano passado. São eles: Acre, Roraima, Pará, Amapá, Rio
Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do
Sul e Distrito Federal. Alguns, ainda perderam notas em relação à última
avaliação, como Alagoas (que caiu de 3,1 para 2,9), o Espírito Santo (caiu de
3,8 para 3,6) e o Rio Grande do Sul, que caiu de 3,9 para 3,7.
Somente três Estados têm médias
superiores a 4: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. A rede privada, responsável
por 12% das matrículas dessa fase, chegou ao Ideb 5,7. A nota é inferior à meta
– 5,8 –, mas esse foi o primeiro aumento da rede privada desde a criação do
índice.
Na opinião de Reynaldo Fernandes,
ex-presidente do Inep e conselheiro nacional de Educação, um dos criadores do
indicador, os números revelam um fenômeno percebido já em outras edições: é
mais fácil crescer quando se tem uma nota muito baixa. “O crescimento das
cidades que estavam piores mostra que é mais difícil melhorar quando já se tem
boa qualidade”, diz.
Fernandes acredita que os dados do ensino
médio precisam ser melhor avaliados para compreender o que acontece com essa
etapa do ensino. “Talvez, quando as crianças que estão melhores nas séries
iniciais chegarem lá no ensino médio, a melhora será mais rápida”, diz.
O ex-ministro da Educação Fernando
Haddad, responsável pela criação do indicador, acredita que é “importante
valorizar o trabalho das redes de ensino que geraram esse resultado acima do
previsto para o Brasil”. Ele ressalta o cumprimento das metas nacionais para
explicar que o lento crescimento do ensino médio já era esperado. “A metade do
caminho foi cumprida”, diz.
Os dados divulgados pelo Inep também
revelam que a quantidade de estudantes brasileiros matriculada nas escolas
municipais com notas mais baixas diminuiu. Em 2005, 7,1 milhões de alunos
estudavam em colégios da 4ª série com notas até 3,7 no Ideb. Agora, são 1,9
milhão nessa faixa. A maioria está nas escolas com Idebs que variam de 3,8 a
4,9 (4,8 milhões de estudantes). Nas melhores (com média 6 ou mais), há 847,4
mil alunos.
Nos anos finais, a queda de matrículas
nas redes com pior desempenho também caiu. Em 2005, 7,6 milhões de estudantes
estavam em sistemas educacionais com índice de até 3,4. A maior parte está
concentrada na faixa de desempenho que varia de 3,4 a 4,4 (6,6 milhões). Nas
melhores (com Ideb superior a 5,5), o número é mínimo, 33,6 mil estudantes.
Redes estaduais
Para os especialistas, as greves nas
redes estaduais podem explicar grande parte das quedas nos desempenhos dos
Estados no ensino médio. Em Minas Gerais, que enfrentou uma greve de
professores com mais de 100 dias de duração em 2011, a nota baixou. Nos anos
iniciais, porém, a rede estadual alcançou o Ideb mais alto entre as escolas
estaduais. A rede mineira ficou com 6,0, índice que o Brasil tem como meta para
2021, seguida de Santa Catarina, com 5,7, e Distrito Federal e São Paulo
empatados em terceiro com índice 5,4.
Nos anos finais, a rede de Santa Catarina
figura com o Ideb mais alto entre as estaduais, 4,7, seguida por Minas Gerais,
4,4, e São Paulo e Mato Grosso empatados em terceiro, com 4,3. Em 2009, as
mesmas redes haviam alcançado os maiores Idebs. O maior crescimento foi
registrado por Santa Catarina, nos anos iniciais, de 5,0 para 5,7.
Na outra ponta da tabela, com Idebs 40%
menores, estão redes estaduais do Nordeste e Norte. Alagoas teve o menor
desempenho entre os Estados nos anos iniciais (3,4) e finais (2,5) e foi a
única rede a cair 0,2 pontos nos anos finais, pois teve Ideb 2,7 em 2009 – o
Paraná foi o outro Estado a regredir nesta etapa, de 4,1 para 4,0.
Nos anos iniciais, Rio Grande do Norte
(3,7), Bahia (3,8) e Amapá (3,9) também tiveram resultados baixos. Nos anos
finais, os Estados de Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte estão
empatados em penúltimo lugar, com índice 2,9. Em 2009, estes mesmos Estados
ocupavam as últimas posições, no entanto, todos registraram crescimento em
2011. O maior crescimento foi o da Bahia, nos anos iniciais, que deixou a
última posição em 2009 (3,2) e atingiu 3,8, o terceiro menor resultado.
Do Portal IG, com adaptações de FN Café NEWS
_________________///_______________________________
FN Café NEWS – terça-feira, 14 de agosto de 2012
Professores das Universidades Federais estão em greve há dois meses. |
BELO HORIZONTE* – Os professores da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram em assembleia realizada nessa
segunda-feira (13/8), por ampla maioria, manter a greve que já dura 55 dias na
instituição. Ao todo, 235 docentes votaram a favor da paralisação, 10 contra e
8 abstiveram-se. De acordo com o Sindicato dos Professores de Universidades
Federais de Belo Horizonte e Montes Claros (APUBH), o momento é de fortalecer o
movimento e intensificar as ações para que o governo reabra as negociações com
a categoria, encerradas no dia 1º de agosto após a Federação de Sindicatos de
Professores de Instituições Federais (Proifes) aceitar a proposta do Ministério
do Planejamento.
A
decisão dos docentes da UFMG acompanha os professores de 54 universidades que
também optaram por seguir com a paralisação. A categoria reivindica que o
governo reveja a sua proposta de reestruturação da carreira. A próxima
assembleia do APUBH será realizada no dia 21 de agosto, às 14h, no auditório da
reitoria no campus Pampulha.
Nessa terça-feira (14/7) será realizada uma Plenária Conjunta entre Professores, Técnico - Administrativos e Estudantes, intitulada ''Unidade pela Melhoria das Condições de Trabalho e Estudo na UFMG!'', na escadaria da reitoria da UFMG, a partir das 13h30. Antes da plenária haverá uma concentração silenciosa para recepcionar os membros do Conselho de Pesquisa que participarão de uma reunião no local.
Nessa terça-feira (14/7) será realizada uma Plenária Conjunta entre Professores, Técnico - Administrativos e Estudantes, intitulada ''Unidade pela Melhoria das Condições de Trabalho e Estudo na UFMG!'', na escadaria da reitoria da UFMG, a partir das 13h30. Antes da plenária haverá uma concentração silenciosa para recepcionar os membros do Conselho de Pesquisa que participarão de uma reunião no local.
Categoria realiza assembleias em
todo país até a próxima sexta-feira para definir se reajuste será aceito
Emerson Campos*
Os docentes da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG) recusaram o raejuste de até 45% apresentado pelo Ministério do
Planejamento. Em assembleia realizada nesta terça-feira, a categoria votou
quase que por unanimidade - foram apenas um voto favorável e uma abstenção -
contra a proposta e decidiu manter a greve que já dura 28 dias na instituição.
De acordo com o Prof. Armando Gil Magalhães Neves,
diretor do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo
Horizonte e Montes Claros (APUBH), o benefício oferecido atinge apenas uma
minoria que já está no auge da carreira. "O governo diz que está
oferecendo 45%, mas não é para todos, é um reajuste de 45% para os professores
titulares com dedicação exclusiva e doutorado que não é imediato, é em três
anos", lembrou.
Ainda segundo o sindicalista, a proposta apresenta
índices muito variáveis para os outros docentes. "Um número que eu gosto
de citar é o (aumento) oferecido para os professores iniciantes, que são
doutores e têm dedicação exclusiva. O futuro das universidades nos próximos
anos está nas mãos deles e eles terão um reajuste de apenas 10%, o que nesses
três anos, pode significar até uma redução no valor real", explicou.
Até
a próxima sexta-feira, todas as 56 universidades e 34 institutos federais de
educação tecnológica que estão parados - a greve nacional completou 60 dias
nesta terça-feira - realizarão suas assembleias para definir se a categoria
aceita ou não o aumento. Uma reunião está marcada entre o Sindicato Nacional
dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e o Ministério do
Planejamento para a próxima segunda-feira, dia 23. Na quarta-feira, 25, uma
assembleia da UFMG vai discutir o resultado do novo encontro.
Sindicato
pede que professores rejeitem aumento
"Manter
a greve, intensificar a mobilização, radicalizar as ações". Estas foram as
orientações divulgadas nessa segunda-feira pelo ANDES aos professores de
instituições federais em greve. No comunicado a entidade afirmou que rejeita a
proposta e que o momento é de 'desmascará-la', se referindo ao ganho de até 45%
até 2015.
No
entanto, segundo o Ministério da Educação, a proposta atende a demandas
históricas e não há nenhuma possibilidade de mudança nos valores apresentados.
"É uma proposta final quanto ao volume de recursos alocados", afirmou
Amaro Lins, secretário de Educação Superior do MEC. Segundo ele, o governo está
aberto para a discussão de questões pontuais, como a exigência de o docente
cumprir no mínimo 12 horas/aula semanais, mas não questões salariais. "É
momento de ter bom senso e pensar no atendimento à comunidade",
argumentou.
O
diretor da APUBH, Magalhães Neves, questionou a postura do secretário: "é
o papel dele falar que é o ponto final, o nosso papel é insistir em avançar nas
negociações por uma proposta melhor", finalizou.
Greve
nas universidades de Minas Gerais
Estão
paradas no estado, além da UFMG, o CEFET-MG, as universidades UFU, UFVJM, UFOP,
UFJF, UFV, UFTM, UFLA, UFSJ, UNIFAL e os institutos IFSMG, IFMG, IFNMG, IFSULMG
e IFTM.
*EM - Publicação: 17/07/2012 17:47 Atualização:
17/07/2012 18:05
Governo
apresenta proposta de reajuste de até 45% para os professores
Se a proposta for aceita, os aumentos passam a valer a partir de janeiro
de 2013 e serão dados ao longo de três anos
Professores das Universidades Federais reivindicam melhores salários e qualidade da educação pública. |
Vicente Nunes*
Em reunião realizada nesta sexta-feira (13/7) entre o Ministério do
Planejamento e os professores foi apresentada a proposta de reajuste de até 45%
para a categoria. Se a proposta for aceita, os aumentos passam a valer a partir
de janeiro de 2013 e serão dados ao longo de três anos.
Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, a presidente Dilma
Rousseff elegeu os professores como prioridade diante da necessidade do país de
melhorar o nível educacional, vital para o crescimento da economia.
A conta para o governo será de R$ 3,9 bilhões por ano. Os professores
estão avaliando a oferta e caso aceitem os reajustes, serão inseridos na
proposta orçamentária que será enviada ao Congresso até o fim de agosto.
Para
os demais servidores, a ministra garantiu que ainda estão sendo estudados os
reajustes, mas não há a menor possibilidade do governo acatar a fatura de R$
92,2 bilhões, apresentada pelo funcionalismo. Pelas contas da ministra, se essa
conta fosse aceita, a folha salarial aumentaria mais de 50%. Os R$ 92,2 bilhões
representam 2% do PIB e são mais do que o dobro daquilo que o governo gastará
esse ano com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Todas
as categorias tiveram ganho real nos últimos nove anos", disse a ministra.
"É claro que algumas partiram de um patamar alto, como a polícia federal.
Mas todas tiveram ganho real", acrescentou. Portanto, no entender de
Miriam Belchior os servidores devem ter a compreensão de que o momento
econômico não permite ao governo assumir gastos tão pesados, sobretudo diante
da piora da crise internacional de maio para cá.
*Correio Braziliense – Publicação: 13/07/2012 17:13
Atualização: 13/07/2012 17:17
Professores
das federais em greve são recebidos no Palácio do Planalto
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reuniu-se com o comando de greve no início de julho/2012. |
Correio
Braziliense*
Representantes do comando nacional de greve do Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) foram recebidos na
manhã desta quarta-feira ) pelo assessor de relações públicas da
Secretaria-Geral da Presidência, Wlamir Martinez. Eles organizaram uma
manifestação em frente ao Palácio do Planalto e pretendiam ser recebidos pela
presidente Dilma Roussef.
O assessor disse que a decisão sobre o plano de carreira dos professores
depende do Ministério do Planejamento, mas, mesmo assim, marcou para às 15h30
uma nova reunião com o secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência,
Rogério Sotilli, e com José Lopes Feijó, assessor do ministro Gilberto
Carvalho.
Participaram do encontro a presidente do Andes-SN, Marinalva Oliveira, e
os representantes do comando nacional de greve Mônica Cardoso, Almir Menezes e
Gicelme Chacarosqui, que entregaram uma carta com reivindicações a ser
encaminhada à presidente. Martinez afirmou que o ministro Gilberto Carvalho tem
compromissos nesta tarde, e não poderá receber o grupo na reunião de hoje.
Marinalva disse que a carta é direcionada para a presidente Dilma
Roussef, para que ela abra as negociações com os professores em greve. "O
governo não sinaliza com nada, estamos há quase dois meses em greve, queremos
negociar, porém, quem pode decidir algo é a presidência, por isso viemos aqui
hoje entregar a carta", diz a presidente do Andes-SN.
A concentração dos manifestantes iniciou por volta das 10h de hoje
(11/7). Mais de 100 pessoas estavam em frente ao Palácio do Planalto, que teve
a segurança reforçada pela manhã.
Além de representantes do Andes-SN, também se unem ao protesto
estudantes e servidores ligados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais
da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e à Federação dos
Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra).
Por volta das 11h30, os manifestantes saíram de frente ao Palácio do
Planalto. Para às 14h está marcado uma manifestação da Sinasefe em frente ao
Ministério da Educação, e concentração dos professores, servidores e estudantes
para às 15h em frente ao Palácio do Planalto em virtude da reuniã o dos
representantes da greve com o secretário-executivo do ministro Gilberto
Carvalho.
Os professores estão em greve há mais de 55 dias. Segundo o Andes-SN, 56
das 59 universidades estão em greve, além de 34 institutos federais, dois
Centros Federais de Educação Tecnológica e o Colégio Pedro II.
*Publicação:
11/07/2012 13:06 Atualização:
_________________________////_________________________
Proposta foi aprovada por unanimidade; esse era o
ponto mais polêmico do plano
26 de junho de 2012 | 20h 30*
BRASÍLIA-DF: Após 18 meses de tramitação,
a Câmara aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE). A proposta, aprovada por
unanimidade, inclui uma meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto
(PIB) em educação, a ser alcançado no prazo de dez anos.
Esse era o ponto mais polêmico do
projeto, após muitas negociações o relator apresentou um índice de 8% do PIB,
acordado com o governo. Mas parlamentares ligados à educação e movimentos
sociais pressionavam pelo patamar de 10%.
Deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR) foi o relator do PNE na Câmara dos Deputados. |
Procurado pelo Estadão.edu, o MEC
afirmou, em nota, que a proposta aprovada equivale a dobrar em termos reais os
recursos para a Educação nos orçamentos das prefeituras, dos governos estaduais
e do governo federal. “Em termos de governo federal equivale a colocar um MEC
dentro do MEC, ou seja, tirar R$ 85 bilhões de outros ministérios para a
Educação. É uma tarefa política difícil de ser executada”, explicou o ministro
Aloizio Mercadante.
O MEC diz que estudará as repercussões e
as implicações da decisão e aguardará ainda a tramitação do plano no Senado
Federal.
O PNE estabelece 20 metas educacionais
que o país deverá atingir no prazo de dez anos. Além do aumento no investimento
em educação pública, o plano prevê a ampliação das vagas em creches, a
equiparação da remuneração dos professores com a de outros profissionais com
formação superior, a erradicação do analfabetismo e a oferta do ensino em tempo
integral em pelo menos 50% das escolas públicas. Todos esses objetivos deverão
ser alcançados no prazo de dez anos a partir da sanção presidencial.
A conclusão da votação do PNE, adiada
diversas vezes, se deu em parte pela pressão dos estudantes que lotaram o
plenário da comissão. Uma caravana da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), com cerca de 200 alunos
dos ensinos médio e superior, permaneceram na comissão durante toda a reunião
pedindo a aprovação do projeto.
“Nós soubemos que havia uma tentativa de
adiar essa votação para depois das eleições, então nos entendemos que era
fundamental ocupar o plenário para constranger e impedir que isso fosse feito”,
explicou o presidente da UNE, Daniel Iliescu.
Vanhoni disse que foi uma negociação
difícil com o governo ao longo de toda a tramitação do plano, principalmente
com a área econômica. A primeira versão apresentada pelo Ministério da Educação
(MEC) previa um índice de investimento de 7% do PIB que posteriormente foi
revisto para 7,5% até ser elevado para 8% na semana passada.
“Quando recebi essa tarefa [de ser
relator do PNE] pensei que não estivesse a altura, mas procurei conhecer
profundamente todos os problemas da educação. Persegui construir um plano que
pensasse desde o nascimento da criança até a formação dos doutores. Um PNE que
não deixasse nenhuma criança fora da escola, mas que fosse uma escola diferente
que pudesse cumprir um papel social de transformar as pessoas. O governo mandou
um texto que não correspondia, na nossa visão, às necessidades do nosso país”,
disse o deputado.
A bandeira dos 10% do PIB para área é
causa antiga dos movimentos da área e foi comemorado por estudantes e outros
movimentos que acompanharam a votação. “Para nós os 10% [do PIB para a
educação] é o piso para que o Brasil tome a decisão de concentrar investimento
em educação. Vem uma década chave aí pela frente de oportunidades para o país
com Copa do Mundo, Olimpíadas, pré-sal”, disse o presidente da UNE.
A aprovação também foi comemorada pela
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entidade que congrega vários
movimentos da área e sempre defendeu que a proposta de 8% do PIB apresentada
pelo governo era insuficiente. “A diferença entre os 8% e os 10% está
basicamente no padrão de qualidade. É possível expandir as matrículas com 8% do
PIB, a diferença está na qualidade do ensino que será oferecida que não fica
garantida com o patamar defendido anteriormente”, comparou o coordenador-geral
da entidade, Daniel Cara.
PIB do Brasil
em 2011
Evolução do PIB brasileiro nos últimos 10 anos. Fonte: IBGE/2011. |
No ano de 2011 o
PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 2,7% sobre o ano anterior,
totalizando R$ 4,143 trilhões ou US$ 2,367 trilhões [dados divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 06 de março de 2012]. Este
crescimento, de acordo com o IBGE é resultado do crescimento de 4,3% nos
impostos e 2,5% no valor adicionado.
Evolução do PIB do Brasil nos
últimos anos: 2,7% (2002); 1,1% (2003); 5,7% (2004); 3,2% (2005); 4 % (2006);
6,1% (2007); 5,2% (2008); - 0,3% (2009); 7,5% (2010); 2,7% (2011).
Se a meta de 10% do PIB para Educação for alcançada, a área educacional terá então uma revolução do setor no País, por meio de vultosos recursos financeiros tanto na valorização do professor quanto no fomento da qualidade do ensino e da pesquisa na educação básica e no ensino superior, com o montante de investimentos chegando anualmente a cifra de R$ 4,14 bilhões .
* Estadão.edu, com Agência Brasil Atualizado às 21h20. Revisão e adaptações de texto ao box: FN Café News.
________________ ///________________
FAPEMIG reajusta bolsas de mestrado e doutorado em MG
Fundação acompanhou CAPES e CNPq e confirmou
aumento do benefício pago aos pesquisadores
Presidente da FAPEMIG, Mario Neto Borges. Foto: Agência Minas jun. 2012. |
Emerson Campos*
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) confirmou que reajustará a partir de julho os valores das bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado oferecidas nas instituições do estado. O anúncio acompanha o aumento nos benefícios nacionais, concedidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - no início de abril, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou, também para julho, o reajuste de 10% nos valores do incentivo da CAPES e do CNPq, que estavam congelados há quatro anos.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) confirmou que reajustará a partir de julho os valores das bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado oferecidas nas instituições do estado. O anúncio acompanha o aumento nos benefícios nacionais, concedidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - no início de abril, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou, também para julho, o reajuste de 10% nos valores do incentivo da CAPES e do CNPq, que estavam congelados há quatro anos.
Com o aumento, a bolsa oferecida aos mestrandos
passa de R$ 1.200 para R$ 1.350 e a de doutorado sobe de R$ 1.800 para R$
2.000. A bolsa de iniciação científica, por sua vez, passa de R$ 360 para R$
400. O reajuste representa um impacto anual de R$ 4,5 milhões na FAPEMIG.
O
presidente da fundação, Mario Neto Borges, destacou que um dos objetivos do
aumento é manter os pesquisadores em Minas Gerais. "O pilar básico do
desenvolvimento científico e tecnológico de qualquer sociedade está na formação
de pesquisadores. Por isso, a Fapemig tem trabalhado para ampliar as
oportunidades e para atrair e fixar pesquisadores no estado", destacou
Borges. No ano de 2011, entre outras modalidades, a FAPEMIG concedeu 4.815
bolsas, entre mestrado, doutorado e bolsas do programa institucional de
iniciação científica.
Em nota
no site da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), a presidente da
instituição, Luana Bonone, comentou os novos valores. "O reajuste
anunciado pela Capes e pelo CNPq, e agora acompanhado pela FAPEMIG é de suma
importância para a valorização da pesquisa nacional. Porém, o valor ainda não é
o reivindicado pela nossa campanha de bolsas. Exigimos 40% de reajuste, valor
calculado com base na inflação do período e nas metas do PNPG 2005-2010",
reivindicou Bonone.
No ano de
2011, entre outras modalidades, a FAPEMIG concedeu 4.815 bolsas,
entre mestrado, doutorado e bolsas do programa institucional de iniciação
científica (PIBIC), beneficiando diversas instituições mineiras. Confira o
quadro abaixo:
Ano de 2011
MESTRADO
|
544
|
Nº de Instituições
|
35
|
DOUTORADO
|
776
|
Nº de
Instituições
|
18
|
PIBIC
|
3495
|
Nº de
Instituições
|
76
|
TOTAL
|
4815
|
*Fonte: FAPEMIG e Publicação Jornal Estado de Minas em 20/06/2012 19:37 Atualização:
20/06/2012 19:42
____//____
MEC: recursos para educação
Governo
repassa R$ 71 milhões para quadras e escolas infantis
Segunda-feira, 18 de junho de 2012 - 18:52
BRASÍLIA-DF: O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) repassou R$ 71,7 milhões para a construção de creches e quadras
esportivas cobertas em estados e municípios das cinco regiões brasileiras.
Provenientes da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2),
os recursos estarão disponíveis nesta terça-feira, 19, na conta corrente dos
beneficiados.
Para a edificação de unidades de educação infantil,
foram transferidos R$ 46 milhões para 71 municípios, com destaque para a
Prefeitura de Manaus, que recebeu R$ 15,7 milhões do total repassado.
Com relação à construção de quadras cobertas ou à
edificação de coberturas em quadras já existentes nas escolas, o FNDE repassou
R$ 25,7 milhões em benefício de 112 municípios e sete estados.
Creches –
Responsável por analisar os pleitos dos municípios e repassar os recursos do
governo federal, o FNDE oferece às prefeituras dois projetos de escolas de
educação infantil. O tipo B tem capacidade para 240 crianças até cinco anos de
idade, em dois turnos. São oito salas pedagógicas, sala de informática,
cozinha, refeitório, pátio coberto, secretaria e sanitário para pessoas com
deficiência, entre outros ambientes.
O tipo C, que atende 120 crianças, também em dois
turnos, tem quatro salas pedagógicas e os mesmos espaços previstos no tipo B. O
FNDE também financia, em alguns casos, projetos de escolas de educação infantil
desenvolvidas pelo próprio município, desde que atendam os padrões de qualidade
exigidos pela autarquia.
Confira a relação das secretarias que
receberão recursos para quadras
Confira a relação das secretarias que
receberão recursos para creches
Assessoria de Comunicação Social do FNDE/Ministério da Educação (MEC)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se à vontade para postar seu comentário.
Espaço aberto à participação [opinião] e sujeito à moderação em eventuais comentários despretensiosos de um espírito de civilidade e de democracia.
Obrigado pela sua participação.
FN Café NEWS