FN Café NEWS - Sábado, 4 de janeiro de 2014: ARTIGO: De olho no dinheiro público...
Qual é o busílis da questão de transparência e superfaturamento com dinheiro público?
O comerciante Herbert Parente limpa, de
forma voluntária, a estátua de Drummond pichada na noite de Natal, no Rio. Foto:Maíra
Coelho / Agência O Dia.
Por França Neto |
FN Café NEWS - O que afinal é superfaturar com o
dinheiro público? Não se sabe bem ao certo qual é o teor dessa prática, ou
mesmo, qual o tamanho de cifras superfaturadas dos cofres públicos em obras,
por exemplo, de restauração do seu patrimônio dilapidado por atos de vandalismo.
Algum controle interno tem sido exercido na
administração pública, como é o caso da Controladoria-Geral da União (CGU) que
desenvolve o Programa Olho Vivo no Dinheiro Público para incentivar o controle
social. Seu objetivo, além combater à corrupção por meio da transparência na
gestão pública, é fazer com que os cidadãos, nos diversos municípios
brasileiros, atuem para a melhor aplicação dos recursos públicos. Além disso, o
Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) criou um sistema on-line (Big Brother) para vigiar municípios
mineiros, fiscalizando as ações de prefeitos numa espécie de ‘malha fina’ no
Estado, onde as compras feitas pelas suas 853 prefeituras e respectivas câmaras
municipais, além dos órgãos do governo do Estado, serão, em tempo real e
instantâneo, fiscalizadas suas licitações e contratos feitos com dinheiro
público.
Só que há
uma distância enorme entre o fato real de uma eventual transparência na
administração pública e sua perspectiva ideal/legal no cotidiano, uma vez que boa
parte de seus gestores públicos age, de forma nebulosa e escabrosa, no trato
com o dinheiro público.
Um
exemplo disso, foi a pichação à estátua de Carlos Drummond de Andrade, um dos principais atrativos
turísticos
do Rio de Janeiro (RJ), que fica na orla de Copacabana, zona sul carioca.
A imagem amanheceu
pichada com uma tinta branca, na noite de Natal (25/12/2013). De acordo com o que foi
noticiado nesse período, “a Prefeitura do Rio disse que custaria R$ 25
mil reais e 20 dias” para restaurar a estátua de Drummond, pichada pelo
jovem empresário Pablo Lucas Faria, da cidade de Uberaba (MG), que foi
identificado por meio de monitoramento de câmera da polícia militar.
Enquanto
a Prefeitura
do Rio levaria 20 dias para recuperar a estátua, com um custo elevadíssimo, o comerciante Herbert Parente, 64 anos, foi lá e restaurou de
graça, em menos de uma hora, o monumento drummondiano. Ao ouvir no rádio a notícia sobre a pichação da estátua de Drummond, Parente não pensou duas vezes. Pegou thinner
— espécie de solvente —, estopa, flanela e pincel e caminhou pelas ruas de
Copacabana em direção ao monumento, na zona Sul da cidade. O comerciante, que é dono de uma loja de material de
construção, limpou,
de maneira voluntária e eficiente, a estátua pichada do poeta.
Diante
desse episódio, cabe, enfim, uma reflexão por meio de algumas indagações:
quanto se superfatura com o dinheiro
público em obras? Por que tanta morosidade na restauração do patrimônio
público? Será se diante dessas questões não está o busílis da questão na
administração pública: a corrupção nua e crua, além da falta de transparência e da ineficiência com
o dinheiro público? O certo é que o eleitor deve ficar atento para essas eventuais
práticas na máquina estatal. Em
outras palavras, ‘de olho no dinheiro
público...’ .
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FN Café NEWS, quinta-feira, 18 de julho de 2013
Para a classe política acuada e sem legitimidade moral-representativa, a população propõe: Renúncia Já!
Por França Neto*
Com o recrudescimento dos atos de protestos de ruas, por meio de manifestações, de
forma violenta, com destruições, depredações, ocupações e invasões de prédios
público-privados, observados, na madrugada desta quinta (18) no Rio de Janeiro,
o poder político e toda mega-lógica da organização financeiro-capitalista [TV, repartições
públicas, bancos e shopping] estão novamente acuados, sob um dilema crucial,
proposto, de maneira geral, pela população: Renúncia Já!
A
repercussão da onda de protestos no País pode coloca em xeque a reeleição de diversos
governantes no Brasil, inclusive acenando para um possível impeachment de alguns
deles, além de ‘melar’ a realização de dois eventos importantes no País: ‘Copa
do Mundo e Olimpíadas’.
Assim,
o sistema político-capilista vigente no País, configurando-se atualmente como
uma ‘rede de ruínas’, não atende mais ao interesse da esmagadora maioria da
população brasileira, pois há literamente uma falência múltipla de seus órgãos e
de suas instituições que permanecem insensíveis, uma espécie de coma profundo,
ante aos anseios dos cidadãos por mais escola e saúde de qualidade, mobilidade urbana/transporte, segurança, emprego e
habitação.
No
caso do sistema político-representativo brasileiro, este faliu completamente
num prospecto de legitimação e/ou legitimidade da nossa recente democracia, com
122 anos de proclamação/instituição da República, bem como 21 anos após
eleições diretas para cargos eletivos majoritários no País: presidente.
Robert
Dahl (cientista-político) assinala um governo como legítimo quando “o povo
acredita que seus atos, procedimentos, decisões, políticas, estruturas,
autoridades ou líderes são apropriados, moralmente justos (...)”.
Destarte ao pensamento dahliano, percebe-se que o sistema político-partidário não
tem mais legitimidade, pois a visão da ampla maioria da população brasileira não
acredita mais nos seus atos e procedimentos, ou mesmo, nas suas ações e decisões políticas. Talvez fosse
melhor, neste momento, para todos ocupantes de cargos eletivos (presidente da
República/vice, governadores/vice, deputados (federal e estadual), vereadores e
prefeitos/vice) que tivessem a grandeza na alma de renunciar de suas funções e
convocar novas eleições, sem a participação deles, como atuais mandatários
políticos (sem legitimidade e em descrédito na aprovação popular).
Enfim, não é vandalismo nenhum, para
qualquer cidadão de bem no País, propugnar hoje no Brasil a seguinte proposta radical e justa aos
políticos vigentes: RENUNCIEM JÁ!
*Jornalista e Editor do FN Café NEWS
*Jornalista e Editor do FN Café NEWS
SEU
LELÉ – Um dos expoentes da política manguense deixa um legado imaterial para
Administração Pública local e regional: a respública
Por FRANÇA NETO*
O
jovem Lelé, nos arroubos de sua juventude política, em Manga (MG.). Foto:
Arquivo FN Café NEWS
|
Um dos expoentes da política manguense, José Lino Diamantino França, mais conhecido como Seu Lelé, deixou um legado imaterial para futuras gerações de líderes e gestores no norte de Minas. O legado de Seu Lelé tem uma forte ressignificação, hoje e sempre, para Administração Pública regional e local de se desenvolver, por meio de seus atos, pensamentos e gestos, de forma coerente, uma conduta balizada no princípio republicano brasileiro: ‘de se ter responsabilidade com a coisa pública’, ou seja, da ideia da respública, levando-se em conta princípios morais e éticos na sua competência prático-administrativa.
Nesse propósito republicano, José Lino Diamantino França foi um verdadeiro exemplo de dignidade e honestidade como homem público, o qual se tornou uma referência expressiva para gestores públicos, através da sua dedicação devota ao interesse público manguense e regional.
Seu Lelé, alcunha lhe dado, durante a pureza dos tempos
idos de infância-adolescência, dignificou
sua vida pela competência necessária e ímpar, como verdadeiro exemplo de homem
público, em diversos espaços de instituições públicas que ele atuou no Norte
Minas.
Em
1962, Diamantino França, como funcionário público, ajudou Antônio Lopo
Montalvão na criação do município de Montalvânia.
Em
meados de 1970, José Lino Diamantino França foi eleito o vereador mais votado
da história de Manga, superando o mais dois mil votos (recorde nesse município),
em cédulas onde se registrava o voto, de forma manuscrita, assinalando então
nome por extenso do candidato. Guardadas as proporções dessa votação nesse
período, Diamantino França teria, hoje, vaga assegurada no Legislativo
montes-clarense, como foi na eleição de 2012 de alguns de seus membros que
obtiveram pouco mais de mil votos, conforme registrou o TRE-MG.
Como
vereador e presidente da Câmara manguense, Seu Lelé fez solicitações junto ao
então governador do Estado de MG, Francelino Pereira, e ao governo federal, à
época, para que a cidade Manga fosse, por exemplo, contemplada com as agências
da Caixa Econômica Federal (que funcionou na cidade durante a década de
1980-90) e do Banco do Brasil, que funciona atualmente na Praça P. Costa e
Silva daquela cidade.
No
seu senso altruísta de empatia pelo desenvolvimento socioeconômico manguense, o
vereador José Lino Diamantino França fez, no final do ano de 1970, a doação
pública de um terreno (lote) de sua propriedade, situado na região central de
Manga (MG), para empresa ex-TELEMIG
- Telecomunicações de Minas Gerais S/A,
uma antiga holding estatal desse setor, hoje Telemar/Oi. Durante esse
período, Lelé atuou ainda como Secretário Municipal de Administração da
Prefeitura de Manga, nos governos de Oswaldo Lopes Bandeira, Silvino Pereira
Gonçalves e Elzio Mota Dourado.
Em
1982, ele se elegeu, com pouco mais de três mil votos, segundo TRE-MG,
vice-prefeito municipal de Manga. Nessa época, Diamantino França presidiu também
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Manga e, além disso,
ajudou, como presidente da Federação de Associações Comunitárias da
microrregião de Manga/Jaíba/Matias Cardoso, na organização dessas entidades para
o associativismo comunitário, demandando, por exemplo, projetos de irrigação
para pequenos produtores, por meio de articulação com órgãos públicos como a
Emater/Sec. Est. Trabalho/Min da Agricultura, em Brasília-DF.
Na
década de 1990, ao se eleger como presidente da Associação dos Amigos de Matias
Cardoso (ainda distrito de Manga/MG), José Lino Diamantino França foi um dos
responsáveis direto pela articulação e emancipação desse município. Com a
emancipação de Matias, Lelé foi, ainda, funcionário dos quadros de servidores
públicos dessa municipalidade, na qual ajudou estruturar a organização
administrativa dessa Prefeitura. Lelé, durante esse período, foi ainda
presidente da Liga Manguense de Futebol e Desportos, organizando o campeonato
municipal manguense nos idos de 1985-86.
O
jovem Lelé, nos arroubos de sua maturidade de vida e política, em Montes Claros
(MG). Foto: Arquivo FN Café NEWS.
|
Na
transição do final da década de 1990 para 2000, Diamantino França mudou-se para
Montes Claros (MG), maior cidade da mesorregião do Norte de Minas, com pouco
mais de 360 mil habitantes, onde lá tentou educar seus filhos, por meio de uma
formação mais densa em nível superior de ensino. Alguns de seus filhos se
destacaram para o exercício do magistério superior, como os professores da
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Silvana Diamantino França
(Pedagoga/Doutoranda em Educação Portugal) e José França Neto (Jornalista e
Pedagogo/Doutorando em Educação pela UnB Brasília-DF). Além deles, Viviana, que
se formou em Letras/Português; Gleysiana, em Letras; Remington, que seguiu os
passos do pai e foi assessor em diversos do Legislativo da região, como
Miravânia e Manga, e é formado em Contabilidade e Normal Superior, cursando
Engenharia Civil em Montes Claros; Ricardo Antônio foi funcionário da Cemig, e
atualmente é empresário no ramo de empreendimentos do setor energia elétrica.
Ainda, Seu Lelé deixou ainda os seguintes filhos: Nathan, que é funcionário
público; Emerson (eletricista) e Morgana (Pastora Evangélica).
Em Montes Claros (MG), Sr. Lelé não se cansou da
política, intitulada com ‘P’
maiúsculo, e, nesse sentido, foi presidente da Associação do Bairro Jardim
Liberdade, cuja localização situa-se na região sul da cidade, entre os parques
Municipal e Sapucaia. Ele presidiu essa Associação de 22 de janeiro de 2010 a
23 janeiro de 2013 (data de sua morte). A Associação do Bairro J. Liberdade teve o seu
reconhecimento como entidade, graças aos seus constantes expedientes formais-legais
e às suas intervenções junto à Câmara e ao Executivo de Montes Claros. Em 2012,
a Associação, presidida por Diamantino França, foi reconhecida com o título de utilidade pública, por meio de Lei
Municipal do Executivo Montes Claros. Nesse aspecto, Seu Lelé também prestou
relevantes serviços à comunidade montes-clarense.
Ele faleceu em 23/01/13 (4ª feira), no hospital Santa Casa, em
Montes Claros (MG), por volta das 19h30, vítima inicial de uma pneumonia que
agravou o quadro clínico para edema pulmonar e evoluindo para complicações nos
rins, com parada cardiorrespiratória, logo em seguida.
Filho de José Januário Luiz de França e Izabel
Diamantino França. Casado com Dona Dolores Maria de Jesus França, com quem teve
nove filhos. Seu Lelé nasceu em São João das Missões (MG), em 09 de março de
1936.
Destarte ao legado de Seu Lelé,
cabe uma reflexão aos futuros gestores de se levar, de forma efetiva, na
administração pública o grau de politicidade no qual se desenvolva a
consciência da respública, por meio
da transparência, legalidade e
efetividade, comportamentos que devem prevalecer no âmbito do
neoinstitucionalismo no setor público.
* Artigo Publicado no FN Café News em 18/06/2013. FRANÇA NETO é jornalista e editor do FN Café NEWS; doutorando em Educação pela UnB/Brasília-DF - Linha de
Pesquisa: Educação, Comunicação e Tecnologias e eixo temático: Mídias
e mediações pedagógicasmestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro
(FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho),
em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em
B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M.
Claros –MG, nas décadas
de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como
redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social
em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
_________________________(()))__________________________
José Lino Diamantino França foi um exemplo de homem público, com retidão, dignidade, honestidade e hombridade na Administração Pública
Seu Lelé: Foi... Foi bom e pra sempre será
José Lino Diamantino França: um exemplo que fica para os futuros gestores |
Por França Neto (De Luto)
Sem
palavras,
chorando copiosamente pelas conexões de aeroportos
(Ilhéus-BA/Campinas-SP
e BH-MoC), fiquei tácito diante da vida digna que se foi ontem (23/01 -
4ª feira), no hospital
Santa Casa, em Montes Claros (MG), por volta das 19h30, vítima inicial
de uma pneumonia
que agravou o quadro clínico para edema pulmonar e evoluindo para
complicações
nos rins, com parada cardiorrespiratória, logo em seguida. Essa vida
cheia de
dignidade, ou melhor, para ser mais preciso, repleta de hombridade na
vida
político-administrativa, era então o meu pai José Lino Diamantino
França, o Seu Lelé. Com ele, aprendi que 'não se leva um centavo' da
administração pública, pelo contrário, se combate à sua corrupção, ao
seu nepotismo e favorecimento de grupos que têm como meta o casuísmo na
vida pública.
Cheguei
até a esboçar algumas palavras sobre essa hombridade de Seu Lelé, tanto no velório
quanto no sepultamento, mas tive a nítida sensação de que meu coração está cheio
pelo 'grito de alerta', como Gonzaguinha [não um ‘copo cheio’, mas um copo vazio]
Quis escrever... No entanto, ‘gastei horas e
mais horas pensando’, mas não sei o que dizer nessas horas.
Portanto,
é uma vida que vai... Mas a qual não se
esvai, pois ficaram marcas registradas. Não apenas das pegadas de
identidades de seus
filhos, mas, sobretudo, daqueles que souberam, com hombridade, seguir
seus passos, por meio de uma personalidade ímpar e íntegra na
administração pública.
A família agradece os sinceros votos de carinho recebidos
pela passagem de José Lino Diamantino França.
Vale que vale ser digno nesta vida.
Valeu Seu Lelé!
REPERCUSSÃO DA MORTE DE 'SEU LELÉ' NA IMPRENSA ALTERNATIVA DA REGIÃO E EM MANGA (MG)
Em Tempo Real Luís Cláudio Guedes
Morre
José Lino Diamantino França, o Lelé, ex-vice-prefeito de Manga
Morreu na
madrugada desta quinta-feira (24), em Montes Claros, aos 76 anos, o
ex-vice-prefeito de Manga José Lino Diamantino França, ou Lelé, como ele era
mais conhecido. Lelé ficou internado por 12 dias na Unidade de Terapia
Intensiva do hospital da Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu ao coma e
ao tratamento de hemodiálise a que se submetia. Não foi informada a causa da
morte. O corpo está sendo velado na Igreja Batista Liberdade e o sepultamento
acontece na tarde de hoje, às 16h00, em Montes Claros.
Lelé dedicou boa
parte da sua vida à carreira de servidor da Prefeitura de Manga, onde exerceu
vários cargos desde a década de 1960, quando ingressou no serviço público ainda
durante a gestão do ex-prefeito Antonio Montalvão. Na década de 1980, ele foi
eleito vice-prefeito do município na chapa encabeçada por Élzio Mota Dourado
(1983/1988).
Também consta do
currículo de José Lino Diamantino França a maior votação para o cargo de
vereador da história do município, com mais de dois mil sufrágios -- marca não
mais repetida com a redução populacional em razão das emancipações e formação
de novos municípios. Durante o segundo mandato do ex-prefeito Owsaldo Lopes
Bandeira, Lelé era o funcionário responsável pelos avisos e nota de interesse
público, que eram emitidos por dois alto-falantes instalados em cada extremo do
então recém-inaugurado prédio da Prefeitura de Manga.
Exemplo de servidor público devotado e fiel à causa, Lelé não chegou a receber, em vida, o reconhecimento pelo exemplo de honestidade e seriedade no trato com a coisa pública com que sempre pautou sua trajetória de vida. Após aposentar-se, ele fixou residência em Montes Claros, para facilitar os estudos dos filhos. Entre eles, o jornalista José França Neto, hoje professor da Universidade Estadual de Montes Claros, e o empresário Ricardo Antônio Diamantino França. O ex-secretário da Câmara de Manga, Remington Diamantino França, optou por permanecer em Manga, onde segue os passos do pai em diversas passagens por legislativos região. Destaca-se ainda a professora da Unimontes, Silvana Diamantino França que é coordenadora do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Seu Lelé deixou ainda os filhos: Morgana, Emerson, Nathan, Viviana e Gleysiana, além de netos e bisnetos. Era casado com Dª Dolores Maria de Jesus França.
Morre Lelé, o vereador mais votado na história de Manga
Do
Blog Sou Daqui de Manga/Professor Robério
Faleceu
hoje (24) de madrugada em Montes Claros, José Lino Diamantino França, conhecido
carinhosamente por Lelé. Conforme informações da família, Lelé não teria
resistido ao tratamento de hemodiálise em que se submeteu nos últimos 12 dias
em um hospital de Montes Claros. O corpo esta sendo velado na Igreja Batista
Liberdade e o sepultamento está previsto para as 16:00h de hoje em Montes
Claros.
Além
de homem dedicado à família e um pai exemplar, Lelé viveu envolto das coisas
públicas. Fez carreira política em Manga: foi o vereador mais votado da
história do município e vice-prefeito entre 1983 e 1988, quando da
administração de Élzio Mota Dourado. Exerceu outros cargos importantes na
administração municipal, e mesmo depois de ter fixado residência em Montes
Claros não deixou de se envolver com os interesses da coletividade. Ainda
conforme informações da família, nos últimos anos Lelé liderava uma associação
comunitária e era o membro mais empolgado em busca de soluções para os
problemas do bairro em que vivia.
Manga perde, sem dúvida, um dos ícones da história política do município. Sua obra, que ainda esta para ser contada, revelará a luta que empreendeu para que o município finalmente encontrasse os caminhos da democracia e da cidadania.
Celma 26 de janeiro de 2013 21:40
Comentário do Soudaquidemanga:
Geovany Pimenta24 de janeiro de 2013 16:13
Luto!! Hoje faleceu um grande amigo, Lelé!! grande homem.
Homem digno, honesto e que ajudou a construir a cidade de Manga, trouxe moralidade e humildade para a politica manguense, ajudou muita gente hionesta a iniciar vida publica, como exemplo: Meu pai Israel Pimenta; em fim!! é uma grande perca pra Manga. Abraço a toda familia.
Manga perde, sem dúvida, um dos ícones da história política do município. Sua obra, que ainda esta para ser contada, revelará a luta que empreendeu para que o município finalmente encontrasse os caminhos da democracia e da cidadania.
MENSAGENS
Mensagens enviadas por
telegrama e, via Gmail, ao FN Café NEWS em 24/01/2012
Aos professores Silvana Diamantino França e José
França
Em nosso nome e no de toda a comunidade acadêmica da UNIMONTES,
expressamos os nossos sinceros e profundos sentimentos pela irreparável perda
do seu querido pai, José Lino Diamantino França. Desejamos que Deus, em sua
infinita sabedoria e misericórdia, possa abrandar a dor que junto aos seus
familiares sente neste momento.
Com nosso fraternal abraço,
Professor João dos Reis Canela – Reitor da Universidade Estadual de
Montes Claros – Unimontes.
Professores Silvana Diamantino França e José França Neto
Expressamos os nossos sinceros e profundos sentimentos pela perda do
vosso pai, JOSÉ LINO DIAMANTINO FRANÇA. Desejando que Deus possa atenuar a dor
que vossas senhorias, familiares e amigos sentem neste momento,
solidarizamo-nos e colocamo-nos a dispor para o que for necessário
Professora Maria Soares de Almeida - Vice-reitora da Unimontes.
Prezados
Professores, Silvana Diamantino França e José França Neto:
Com imenso pesar,
manifestamos nossos sentimentos pela passagem de seu querido pai, José Lino
Diamantino França.
Montes Claros,
24.01. 2013
DIREÇÃO CCH –
Centro de Ciências Humanas /Unimontes– Professor Antônio Wagner Veloso Rocha: "Triste notícia. Força,
meu irmão... Abraço, Wagner Rocha".
França, meu irmão,
Manifesto, mais
uma vez, a minha solidariedade a você e à Silvana pela triste passagem do seu
pai José Lino Diamantino França. As palavras dolorosamente proferidas por você
no momento da despedida, sem dúvida, expressaram traços significativos e
marcantes da trajetória desse que soube valorizar o ser humano e acolhê-lo,
desse que deixou um legado de honestidade e humildade, uma lição para os seus
filhos, netos e demais familiares, "uma vida que se vai, mas não se
esvai", conforme você mesmo salientou com o coração angustiado e sofrido.
Num belo poema, intitulado "Resíduo", o nosso poeta Drummond afirma
que "de tudo fica um pouco", mas acredito que do Sr. José Lino ficou
um muito para aqueles que caminharam com ele durante o tempo em que aqui
esteve e semeou boas sementes.
A você e Silvana,
sua sábia mãe Dona Dolores, seus irmãos, sobrinhos e toda a família, desejo o
conforto desta hora, a luz da esperança...
Abraço e
paz!
Wagner Rocha.
Oi França,
Receba nosso
abraço! Só agora soube da passagem do seu pai. Fiquem em paz! "As pessoas
não morrem, ficam encantadas." (Guimarães Rosa)
Profª. Ros'elles –
Coordenadora Campus de Januária/Unimontes
Querido José
França,
Que Deus
conforte e console seu coração e de toda sua família e amigos neste momento de
pesar, a oração nos dá sustento nestes momentos, esteja em paz e conte comigo
para o que precisar. Um abraço bem carinhoso.
"A semente no
solo Mostra a ressurreição.
Todos estamos
vivos Na presença de Deus."
Campus de Pirapora/Unimontes
ESTIMADOS AMIGOS JOSÉ FRANÇA E SILVANA,
QUE DEUS LHES DÊ MUITA FORÇA NESTE MOMENTO. É UMA
PERDA IRREPARÁVEL PARA VOCÊS E TODA A FAMÍLIA. ESTA DOR É COMPARTILHADA PELOS
AMIGOS... EU COMPARTILHO DESTE TRISTE MOMENTO... MAS SEI QUE É UMA DOR ÚNICA E
SOLITÁRIA, FICA UM VAZIO PROFUNDO NA VIDA DA GENTE... EXPERIMENTEI MOMENTO
SEMELHANTE AOS 12 ANOS DE IDADE E DIGO QUE HOMENS COMO O MEU PAI E O DE VOCÊS
SÃO RAROS NOS DIAS DE HOJE.
MUITA PAZ E MUITA LUZ!!!ABRAÇOS DO AMIGO,
PROFESSOR JOÃO ROBERTO
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA/COORDENADOR DO CAMPUS DA
UNIMONTES EM BOCAIUVA
Professor José França Neto: A Diretoria da
Adunimontes lamenta o falecimento do Sr. JOSÉ LINO DIAMANTINO FRANÇA. As nossas
sinceras condolências pela enorme perda que sofreram.
Associação dos Docentes da Unimontes - ADUNIMONTES
França,
Soube agora, via Face, da morte do amigo Lelé. Meus
sentimentos, extensivos à toda família
Luís Cláudio Guedes – Jornalista e Editor do Em Tempo Real
Meus queridos
amigos, Sil e França,
Neste momento de
extrema dor que estão passando, gostaria de humildemente oferecer essa linda
mensagem que retrata o amor de nosso senhor Jesus Cristo para conosco. Quero
dizer-lhes que apesar da dor imensa da perda de um ente querido, é nossa
obrigação CONFIAR NA MISERICÓRDIA DO NOSSO PAI CELESTIAL.
Que ele os
conforte hoje e sempre.
Com carinho,
Profª Rita Tavares
Unimontes
França, que Deus
te dê o conforto necessário neste momento difícil. Um grande abraço, Márcia] -
Profa Drª Márcia Ambrósio - Belo Horizonte/Universidade Federal de Ouro Preto -
MG
França, querido
amigo. Infelizmente não pude estar presente neste momento tão doloroso. Qdo
Wagner me avisou, eu já estava em viagem. Que Deus o conforte e dê forças para
vc e sua família. Grande abraço meu e da minha mãe. Um abraça tb para Zô.
Profª Ana Claudia
Archanjo/Unimontes – Montes Claros (MG)
Meus sentimentos, amigo
França
Jefferson James
James – Belo Horizonte - MG
França, força e fé
nesse momento difícil. Meus sentimentos. Um abraço
Gloria Morato –
São José dos Campos - SP
Faleceu no dia 23
jan, o irmão José Lino Diamantino França (Seu Lelé), o irmão José Lino, foi um
homem que contrinbui muito para o desenvolvimento da cidade de Manga e região,
sendo Vice-prefeito, Presidente da Câmara Municipal e Secretário. Na Igreja
Batista da Liberdade foi uma homem muito solícito e voluntarioso, demonstrando
muito respeito e consideração para com o próximo. À família nossos sentimentos,
e que o Espírito Santo, esteja confortando o coração de cada um, nesse momento
de dor e saudades. Em Cristo Pr reivison terence
Reivison Dias – Pastor da
Igreja Batista do Bairro Jardim Liberdade
25 de janeiro 2003 – via
Facebook
Querida Vivi, França, Silvana
e Família
Estar com muito peso respondo
suas noticias do seu querido pai o Sr Lele. Vivi sinto muito por todos de voces
,meu coracao doi por voces Sempre tive muito respeito ao seu pai. Na
minha visita ao Brasil tres anos atras foi completa com a visita a sua familia
e a conversacao com Sr Lele. Ate hoje me recordo aquele tempo com ele e o
achei muito genteel. Minha querida Dolores, gostaria de estar com voce neste
momento e te dar um abracao e ate chorar contigo. Gracas a Deus pela esperanca
nos temos em Jesus. Jesus cuidara voce. Que a paz do Senhor encha
seu coracao. Estou orando por voce,Aceite um abracao da sua amiga,
Missionária Pamela, em Nova
Zelândia – Oceania
Realmente França, seu pai foi
um exemplo de político e de funcionário público, nós, vereadores da Câmara
Municipal de Manga iremos em um futuro prestar uma homenagem póstula p/ José
Lino Diamantino França.
Leonardo Pinheiro – Presidente
da Câmara Municipal de Manga (MG) / 8 de fevereiro de 2013 11:35
COMENTÁRIOS
Comentário
No FN Café NEWS, via blog - face e e-mail:
Cara Silvana e José França,
Sabemos que estes são momentos difíceis, tristes e nos desafiam a continuar nossa caminhada com fé e mais fortes.Fiquem com Deus e se precisarem, estamos à disposição.Abraço fraterno em cada um de voces.
Por sermos seres inacabados, navegar é preciso... (Paulo Freire; Fernando Pessoa)
Profa Ms Magda Martins Macêdo
DMTE/ Unimontes
Prezado Colega José França e Silvana,
Lamentamos profundamente a sua perda.Pedimos a Deus que os fortaleça em seu amor infinito e os conforte. Receba nosso abraço.
Professora Guiomar Damasio/Unimontes.
Oi França,
que Jesus conforte a vocês e a toda a sua família nesse momento.
Palavras não ajudam muito, mas o que precisarem estou por aqui.
O que posso fazer para ajudar é colocá-los em minhas orações.
Abraços, ProfªEliana Soares Eliana/Unimontes.
Caros colegas, França e Silvana, que a paz de Deus os conforte nessa
hora e conduza o pai de vocês a uma nova jornada de luz e amor.
Recebam nossos sentimentos e nosso abraço
Professora Ediléia Mendes/Unimontes.
Sil e França,
Recebam nossos sentimentos pelo falecimento de seu pai.
Oramos por vocês e pelos seus. Grande abraço,
Ronilson e Profa Shirley Patrícia Nogueira de Castro e Almeida/Unimontes
Silvana e França,
Meus sentimentos pelo falecimento do pai de vocês.
Que a fê em Deus dê a vocês e a todos os seus familiares muita força para enfrentar esta perda.
Um grande abraço.
Profa. Cleonice Proença – Cléo/Unimontes.
Cara Silvana e José França,
Sabemos que estes são momentos difíceis, tristes e nos desafiam a continuar nossa caminhada com fé e mais fortes.Fiquem com Deus e se precisarem, estamos à disposição.Abraço fraterno em cada um de voces.
Por sermos seres inacabados, navegar é preciso... (Paulo Freire; Fernando Pessoa)
Profa Ms Magda Martins Macêdo
DMTE/ Unimontes
Prezado Colega José França e Silvana,
Lamentamos profundamente a sua perda.Pedimos a Deus que os fortaleça em seu amor infinito e os conforte. Receba nosso abraço.
Professora Guiomar Damasio/Unimontes.
Oi França,
que Jesus conforte a vocês e a toda a sua família nesse momento.
Palavras não ajudam muito, mas o que precisarem estou por aqui.
O que posso fazer para ajudar é colocá-los em minhas orações.
Abraços, ProfªEliana Soares Eliana/Unimontes.
Caros colegas, França e Silvana, que a paz de Deus os conforte nessa
hora e conduza o pai de vocês a uma nova jornada de luz e amor.
Recebam nossos sentimentos e nosso abraço
Professora Ediléia Mendes/Unimontes.
Sil e França,
Recebam nossos sentimentos pelo falecimento de seu pai.
Oramos por vocês e pelos seus. Grande abraço,
Ronilson e Profa Shirley Patrícia Nogueira de Castro e Almeida/Unimontes
Silvana e França,
Meus sentimentos pelo falecimento do pai de vocês.
Que a fê em Deus dê a vocês e a todos os seus familiares muita força para enfrentar esta perda.
Um grande abraço.
Profa. Cleonice Proença – Cléo/Unimontes.
Celma 26 de janeiro de 2013 21:40
Gente eu não sabia que o irmao Lele morreu, meus sentimentos meus
amigos. Qeu Deus conforte os seus corações mesmo estando longe , voces permanecem
em meu coração , temos uma historia juntos não da pra esquecer. Estou do outro
lado do mundo mas posso orar por vocês. Um abraço Celminha
Gabriela Braga comentou facebook.
Gabriela escreveu: "Que pena, perder o pai ou mãe é sempre perder uma referência. Não importa a idade q se tenha imagino que seja como se nos sentíssemos sós no mundo, o que nos conforta são os ensinamentos e a educação que nos foi ensinada. Isso sim é para sempre! Meus sentimentos, professor França."
Comentários do Em Tempo Real
RICARDO DIAMANTINO 26/01/2013 00:00
MAIS HISTÓRIA - LELÉ FOI PREFEITO INTERINO DE MANGA- Na Ocasião da Construção do prédio Atual da Prefeitura ...Era tempos de domínio de poderosos Coronéis que perseguiam e ameaçavam o prefeito Oswaldo Bandeira à ponto de se ausentar com medo de represália,imag ine vc`s que tamparam os alicerces da construção.LELÉ era quem abria e fechava a prefeitura e delegava o que seria feito ...O terror era tamanho,que as vezes, disfarçava com uma caçamba a buscar areia e conseguia chegar à Janauba onde encontrava-se com Prefeito Oswaldo Bandeira pra receber as determinações.Por ser fiel ao chefe nâo temeu os coronéis,refez os serviços...montou plantão no local com a policia e tocou a obra,carregou diesel nas costas pra o Sr.Fortuoso não desligar o gerador de energia(que parava as 21h)para que os jagunços não destruissem o serviço do dia ,pelo menos na época da construção da Prefeitura,Mang a tinha noites clareadas até chegar o sol,Atitudes como esta pode explicar o carisma do povo para com ele.
RICARDO DIAMANTINO 25/01/2013 23:06
VEREADOR ELEITO C/4300 VOTOS, NÃO ESTAR NO GUINNESS,CONSTA NO LIVRO FORÇAS VIVAS DA NAÇÃO(anos 80)isso mesmo Seu LELÉ na Década de 70 era quem DESFRUTAVA MAIOR PRESTIGIO POLITICO em Manga, e SE LANÇOU CANDIDATO A PREFEITO,POREM FOI TRAVADO na Convenção do PARTIDO do Prefeito Oswaldo Bandeira(20 anos vencendo)Optara m por Apoiar o Sr.JARBAS, LELÉ Mudou de Legenda, e decepcionado disse“ VOCÊS VÃO CAIR NAS MÃOS DOS seus ADVERSÁRIOS, SABERÃO NESTE MOMENTO QUAL É A VONTADE DO POVO,travaram minha Candidatura ..APOIAREI SILVINO PEREIRA GONÇALVES “ e assim o fez e Percorrendo O GIGANTESCO MUNICÍPIO DE MANGA(Fazia parte :Matias,Jaíba)A presentando ao povo como seu candidato SILVINO PEREIRA(OSCAR FOTÓGRAFO Assim narrou) resultado: Silvino Pereira Eleito PREFEITO,LELÉ Eleito vereador c/mais de 90% dos votos que elegeram o prefeito, e Isso porque dias antes pedia aos seus eleitores que votassem em seus companheiros de Partido, porque já se considerava eleito.Faz parte da história de Manga.
Gabriela escreveu: "Que pena, perder o pai ou mãe é sempre perder uma referência. Não importa a idade q se tenha imagino que seja como se nos sentíssemos sós no mundo, o que nos conforta são os ensinamentos e a educação que nos foi ensinada. Isso sim é para sempre! Meus sentimentos, professor França."
Comentários do Em Tempo Real
RICARDO DIAMANTINO 26/01/2013 00:00
MAIS HISTÓRIA - LELÉ FOI PREFEITO INTERINO DE MANGA- Na Ocasião da Construção do prédio Atual da Prefeitura ...Era tempos de domínio de poderosos Coronéis que perseguiam e ameaçavam o prefeito Oswaldo Bandeira à ponto de se ausentar com medo de represália,imag ine vc`s que tamparam os alicerces da construção.LELÉ era quem abria e fechava a prefeitura e delegava o que seria feito ...O terror era tamanho,que as vezes, disfarçava com uma caçamba a buscar areia e conseguia chegar à Janauba onde encontrava-se com Prefeito Oswaldo Bandeira pra receber as determinações.Por ser fiel ao chefe nâo temeu os coronéis,refez os serviços...montou plantão no local com a policia e tocou a obra,carregou diesel nas costas pra o Sr.Fortuoso não desligar o gerador de energia(que parava as 21h)para que os jagunços não destruissem o serviço do dia ,pelo menos na época da construção da Prefeitura,Mang a tinha noites clareadas até chegar o sol,Atitudes como esta pode explicar o carisma do povo para com ele.
RICARDO DIAMANTINO 25/01/2013 23:06
VEREADOR ELEITO C/4300 VOTOS, NÃO ESTAR NO GUINNESS,CONSTA NO LIVRO FORÇAS VIVAS DA NAÇÃO(anos 80)isso mesmo Seu LELÉ na Década de 70 era quem DESFRUTAVA MAIOR PRESTIGIO POLITICO em Manga, e SE LANÇOU CANDIDATO A PREFEITO,POREM FOI TRAVADO na Convenção do PARTIDO do Prefeito Oswaldo Bandeira(20 anos vencendo)Optara m por Apoiar o Sr.JARBAS, LELÉ Mudou de Legenda, e decepcionado disse“ VOCÊS VÃO CAIR NAS MÃOS DOS seus ADVERSÁRIOS, SABERÃO NESTE MOMENTO QUAL É A VONTADE DO POVO,travaram minha Candidatura ..APOIAREI SILVINO PEREIRA GONÇALVES “ e assim o fez e Percorrendo O GIGANTESCO MUNICÍPIO DE MANGA(Fazia parte :Matias,Jaíba)A presentando ao povo como seu candidato SILVINO PEREIRA(OSCAR FOTÓGRAFO Assim narrou) resultado: Silvino Pereira Eleito PREFEITO,LELÉ Eleito vereador c/mais de 90% dos votos que elegeram o prefeito, e Isso porque dias antes pedia aos seus eleitores que votassem em seus companheiros de Partido, porque já se considerava eleito.Faz parte da história de Manga.
Rosimeyre Alves Mota 25/01/2013 10:46
A todos os familiares de Seu José Lino, os meus sentimentos. Uma perda irreparável. Valeu a pena ter conhecido seu Lelé, um homem sábio,íntegro e alegre. Que Deus os conforte.
Isaias R. Nascimento 25/01/2013 10:01
Morre um verdadeiro cidadão Manguence,mas deixou o seu legado.Que Deus seja o conforto para toda a familia.VIA FACEBOOK
Nelson 25/01/2013 05:31
meus pêsames e condolências para a familia do josé lino só nos restam agora é orar.(melhor é o fim das coisas do que o principio. (bíblico)).
RICARDO DIAMANTINO 24/01/2013 22:12
Queria aqui agradecer em nome da família a todos que mandaram suas mensagens de apóio e solidariedade : via celular,Web e atraves do envio de flores ...Agradeço a todos as palavras de conforto ....fiquei feliz por tantos que nos recordam e consideram ." Meu pai foi um exemplo de DIGNIDADE - Palavra que define uma linha de honestidade e ações corretas baseadas na justiça e nos direitos humanos, construída através dos anos criando uma reputação moral favorável ao indivíduo. Respeitando todos os códigos de ética e cidadania e nunca transgredindo-os, ferindo a moral e os direitos de outras pessoas.
Obrigado !
Célia Sorly De Souza 24/01/2013 21:37
Fomos comunicados hoje! Que Deus console essa família, irmãos e amigos nossos Por esta perca!VIA FACEBOOK
Xica 24/01/2013 21:07
Meus Sentimentos a Família, que Deus esteja com voces hoje e sempre.
Sebastiao Sales 24/01/2013 17:05
Meus sentimentos a todos da familia,que Deus os conforte.Tiao cover
Antonio Araujo 24/01/2013 13:13
No momento em que postava o comentário anterior, chegou a minha residência um grande companheiro do Senhor Lelé. O também ex-vereador Israel De Araujo Pimenta, que ao ser informado do óbito, lembrou do aprendizado que teve com ele sobre política, assim como dos vários projetos que ele ajudou a implantar no município de Manga. Momento em levo a toda a família os meus sentimentos.
Israel Pimenta
Alda Dourado 24/01/2013 13:08
Meus sentimentos a toda a familia, que Deus possa confortar a dor de cada um.abraços. Alda e familia
Antonio Araujo 24/01/2013 12:51
Um grande homem, um exemplo a ser seguido. Com relação a expressiva votação, há de ser lembrado que vereador nem remuneração recebia naquela época, foi fruto do puro respeito e carisma que o povo teve por ele. À família os meus sentimentos, que Deus conforte a todos.
Policarpo Pelé 24/01/2013 11:36
A meus colegas de infância Som, Natan, Ricardo, Remington e França meus sinceros sentimentos, força amigos, neste momento é união e força, eu já perdi meu pai e recentemente perdi meu sogro, realmente não á fácil, desejo-lhes toda força do mundo, que Deus abençoe a todos. Vcs sabem muito bem quem foi seu pai e valor que merece. Abraços a todos!
Policarpo Pelé 24/01/2013 11:33
Uma pessoa de grande dignidade e responsabilidad e, tive o privilégio de conhecê-lo, e também de prosear, alí na CAMIG, todos os dias ele passava lá conversava com o meu pai e eu. Meus sentimentos a toda família. Pena os políticos e ou sociedade manguense não dão valor ao homens de bens que deram suas vidas por esta cidade. É lamentável.
Oliveira Júnior 24/01/2013 11:18
"Seu" Lelé morava na beira do rio São Francisco, perto do Fórum de Manga. Meus sentimentos à família, principalmente ao amigo e colega Remington (do tempo da escola Olegário Maciel) e ao colega jornalista França.
A todos os familiares de Seu José Lino, os meus sentimentos. Uma perda irreparável. Valeu a pena ter conhecido seu Lelé, um homem sábio,íntegro e alegre. Que Deus os conforte.
Isaias R. Nascimento 25/01/2013 10:01
Morre um verdadeiro cidadão Manguence,mas deixou o seu legado.Que Deus seja o conforto para toda a familia.VIA FACEBOOK
Nelson 25/01/2013 05:31
meus pêsames e condolências para a familia do josé lino só nos restam agora é orar.(melhor é o fim das coisas do que o principio. (bíblico)).
RICARDO DIAMANTINO 24/01/2013 22:12
Queria aqui agradecer em nome da família a todos que mandaram suas mensagens de apóio e solidariedade : via celular,Web e atraves do envio de flores ...Agradeço a todos as palavras de conforto ....fiquei feliz por tantos que nos recordam e consideram ." Meu pai foi um exemplo de DIGNIDADE - Palavra que define uma linha de honestidade e ações corretas baseadas na justiça e nos direitos humanos, construída através dos anos criando uma reputação moral favorável ao indivíduo. Respeitando todos os códigos de ética e cidadania e nunca transgredindo-os, ferindo a moral e os direitos de outras pessoas.
Obrigado !
Célia Sorly De Souza 24/01/2013 21:37
Fomos comunicados hoje! Que Deus console essa família, irmãos e amigos nossos Por esta perca!VIA FACEBOOK
Xica 24/01/2013 21:07
Meus Sentimentos a Família, que Deus esteja com voces hoje e sempre.
Sebastiao Sales 24/01/2013 17:05
Meus sentimentos a todos da familia,que Deus os conforte.Tiao cover
Antonio Araujo 24/01/2013 13:13
No momento em que postava o comentário anterior, chegou a minha residência um grande companheiro do Senhor Lelé. O também ex-vereador Israel De Araujo Pimenta, que ao ser informado do óbito, lembrou do aprendizado que teve com ele sobre política, assim como dos vários projetos que ele ajudou a implantar no município de Manga. Momento em levo a toda a família os meus sentimentos.
Israel Pimenta
Alda Dourado 24/01/2013 13:08
Meus sentimentos a toda a familia, que Deus possa confortar a dor de cada um.abraços. Alda e familia
Antonio Araujo 24/01/2013 12:51
Um grande homem, um exemplo a ser seguido. Com relação a expressiva votação, há de ser lembrado que vereador nem remuneração recebia naquela época, foi fruto do puro respeito e carisma que o povo teve por ele. À família os meus sentimentos, que Deus conforte a todos.
Policarpo Pelé 24/01/2013 11:36
A meus colegas de infância Som, Natan, Ricardo, Remington e França meus sinceros sentimentos, força amigos, neste momento é união e força, eu já perdi meu pai e recentemente perdi meu sogro, realmente não á fácil, desejo-lhes toda força do mundo, que Deus abençoe a todos. Vcs sabem muito bem quem foi seu pai e valor que merece. Abraços a todos!
Policarpo Pelé 24/01/2013 11:33
Uma pessoa de grande dignidade e responsabilidad e, tive o privilégio de conhecê-lo, e também de prosear, alí na CAMIG, todos os dias ele passava lá conversava com o meu pai e eu. Meus sentimentos a toda família. Pena os políticos e ou sociedade manguense não dão valor ao homens de bens que deram suas vidas por esta cidade. É lamentável.
Oliveira Júnior 24/01/2013 11:18
"Seu" Lelé morava na beira do rio São Francisco, perto do Fórum de Manga. Meus sentimentos à família, principalmente ao amigo e colega Remington (do tempo da escola Olegário Maciel) e ao colega jornalista França.
Lucas 26/01/2013 14:01
Grande Homem, grandes LEMBRANÇAS, deixará saudades LELÈ com certeza para aqueles que se julgam homens publicos que na verdade são publicos mesmo pq não aparecem.
Grande Homem, grandes LEMBRANÇAS, deixará saudades LELÈ com certeza para aqueles que se julgam homens publicos que na verdade são publicos mesmo pq não aparecem.
Comentário do Soudaquidemanga:
Geovany Pimenta24 de janeiro de 2013 16:13
Luto!! Hoje faleceu um grande amigo, Lelé!! grande homem.
Homem digno, honesto e que ajudou a construir a cidade de Manga, trouxe moralidade e humildade para a politica manguense, ajudou muita gente hionesta a iniciar vida publica, como exemplo: Meu pai Israel Pimenta; em fim!! é uma grande perca pra Manga. Abraço a toda familia.
________________________///____________________________
FN Café NEWS - sábado, 20 de outubro de 2012
Algumas palavras na sucessão municipal em Montes Claros
Apartheid ou bairrismo contra o estrangeiro/forasteiro na eleição municipal para prefeito em Montes Claros?
Por França Neto
Guernica, de Pablo Picasso - 1937 |
Durante
sucessivos governos do Partido Nacional, a África do Sul foi ensandecida pelo apartheid,
que era um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994, no qual os
direitos sociais, humanos e políticos da grande maioria dos habitantes – ‘a
população negra’ – foram restringidos pelo governo formado pela minoria da
população branca.
A política
oficial de segregação racial dividia a África do Sul entre negros e brancos. Os
negros, por exemplo, eram segregados pela minoria branca a áreas residenciais,
muitas vezes através de remoções forçadas do convívio social, oferecendo-lhes
serviços de qualidade inferiores, em condições subumanas.
O
chamado bairrismo, de acordo com conceituações clássicas, significa
a qualidade ou ação de quem frequenta ou habita um bairro. No entanto, o termo
bairrismo evoluiu para uma conotação negativa e hoje está, geralmente,
vinculado a uma visão estreita de mundo que ‘menospreza tudo aquilo
que vem de fora’, considerando, portanto, sua terra natal como um
local sagrado e intocável para os forasteiros ou estrangeiros.
Diante dessa
revisão de termos, será que o apartheid e o bairrismo contra o
estrangeiro ou forasteiro são fatores determinantes e legítimos para um grupo
político querer governar Montes Claros por quatro anos?
Pois bem,
indago isso porque fiquei muito apreensivo com fatos e versões surgidos na
eleição deste ano para prefeito na cidade, quando se veiculou, na semana passada, em pleno horário
eleitoral um spot publicitário divulgado no rádio, de uma
coligação partidária, que trazia o menosprezo a um moto-taxista forasteiro.
Durante a encenação no spot, um passageiro perguntava ao
moto-taxista onde fica tal bairro da cidade. De imediato, o moto-taxista
respondeu que ‘não sabia’. O diálogo entre os dois prossegue, passando a ser
assim: o passageiro então pergunta: “– ué, você não é daqui, não”. O motoqueiro
responde: “ – não. Sou de Manga (cidade)”. O passageiro, com deboche: “– ah,
você é de Manga! Então, você não conhece a cidade”, numa alusão à candidatura
adversária, que tem como cabeça de chapa um deputado estadual que foi vereador
em Manga (MG).
Além disso,
há notícias anônimas, sem confirmação, de que a coligação responsável
pelo spot tenha centrado fogo contra esses forasteiros e
estrangeiros que moram na cidade. Ou seja: em hipótese nenhuma, seus membros
aceitam/toleram a eleição de um forasteiro ou estrangeiro em Montes Claros.
Na minha
visão cosmopolita, senti-me ofendido e preocupado, pois sou, antes tudo,
cidadão do mundo. Além do mais, moro e atuo como professor nesta cidade há 10
anos. Sou, portanto, cidadão forasteiro, nascido em Manga (com muito orgulho) e
adotado por mais de 20 anos em Belo Horizonte (MG), onde tive uma plena
formação crítico-acadêmica. Nas horas vagas, reservo-me na tentativa de exercer
o jornalismo ético neste ciberespaço, que tem o compromisso com o
desenvolvimento humano.
Creio que
esse comportamento de intolerância aos estrangeiros não só ofendeu a mim
enquanto cidadão, mas agrediu e desrespeitou a todos aqueles que aqui vieram
viver, sobreviver e sonhar.
Não quero
aqui atingir, com uma visão mesquinha e reducionista, nem o candidato
da coligação A nem o candidato da coligação B. Mas, falo,
neste humilde espaço, de convicções críticas e éticas que me fizeram refletir
sobre essas ideologias conservadoras, preconceituosas e xenófobas contra o
estrangeiro, as quais prevalecem, ainda, na eleição 2012 para prefeito em
Montes Claros, caracterizando como atraso para o desenvolvimento
socioeconômico, educacional e cultural na cidade.
Nessas
reflexões, pude compartilhar com colegas de profissão, alguns deles:
corjesuense, navarrense, eneapolitano bocaiuvense, januarense, belo-horizontino
e montesclarense, o quão prevalece ainda na cultura da política local o ranço
contra aqueles que vêm de fora. Numa análise superficial,
constata-se o bairrismo que impede qualquer proposta de renovação,
formulada por alguém que seja de fora, assegurando, assim, o status
quo de velhas elites que tentam perpetuar o poder político na cidade.
Nesse embate entre tradição e modernidade, percebe-se, também, por meio da
análise dos discursos, os que querem iludir e os querem iluminar em
suas propostas para se chegar à Administração Pública local.
Destarte,
Montes Claros, cidade com pouco mais de 370 mil habitantes (246.711 eleitores),
o sexto maior município em população no Estado e a maior cidade do Norte Minas,
não pode ficar refém dessas ideologias conservadoras, tão enclausuradas em suas
redomas, promovendo o bairrismo, ou pior, o apartheid sociocultural
e político que, longe de ser uma perspectiva concreta/efetiva na nossa
sociedade, suscita, às vezes, em pequenos grupos sociais na cidade, de forma
furtiva.
Além do
mais, Montes Claros, como qualquer adensamento demográfico (BH, Rio e SP), é
constituída em sua esmagadora maioria populacional de estrangeiros ou
forasteiros. Estima-se, por exemplo, que pouco mais de 70% dessas populações
seja formada pelos habitantes que advêm do fluxo migratório de outras regiões e
cidades ou outros estados e países. São cidades que, pelo seu desenvolvimento,
vão tomando a feição de cosmopolita.
Diante disso,
será que vamos permanecer, em pleno século XXI, com atitudes pífias em nossas
relações de intolerância para com o outro: estrangeiro, forasteiro, pobres,
minorias, etnias, etc., ignorando, assim, a sua diversidade cultural e suas
colaborações, do ponto de vista socioeconômico, na construção de uma cidade
mais justa e digna para se viver? Será que tais atitudes evidenciam ainda mais
o apartheid ou o bairrismo contra o
estrangeiro/forasteiro na cidade? Em quais dimensões e proporções ocorrem essas
atitudes nas relações sociais? São questões que devemos refletir sempre...
França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
_____________________ 00000000__________________________
França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
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FN Café NEWS - sábado, 6 de outubro de 2012
Indecisão e indefinição marcam a eleição para prefeito em Montes Claros
Quem vai para o segundo turno da eleição para prefeito de Montes Claros?
30% de eleitores indecisos podem definir o rumo dos candidatos à prefeitura de MoC
Por França Neto
MONTES CLAROS – Ao analisar as últimas pesquisas de
intenções de voto, a eleição para prefeito chega à reta final marcada pela
indecisão do eleitor montesclarense e pela indefinição dos candidatos a
prefeito que vão para o segundo turno na cidade.
Intenções de Voto: MDA/Estado de Minas e DataTempo CP2. |
Pelo altíssimo índice de indecisos, significa, por exemplo, que quase todos os candidatos a prefeito na cidade têm potenciais chances
de se chegar ao segundo turno. Humberto Souto (PPS), que oscila entre 14% e 12%
nas pesquisas, tem amplas chances de disputar outro turno da eleição. Outro
exemplo, se o candidato Mineirinho (PSOL), que tem apenas 1% das intenções de voto para prefeito, conquistar
a preferência dos 29,4% de eleitores indecisos (MDA/EM), ou, dos 25,6%, ele teria então a vaga assegurada na próxima fase da disputa eleitoral em
Montes Claros.
Em relação aos candidatos majoritários/líderes nas
pesquisas, Jairo Ataíde (DEM), Paulo Guedes (PT) e Ruy Muniz (PRB) podem
ampliar suas vantagens nas intenções de voto para prefeito. Por exemplo, se um
desses candidatos conquistar os totais de indecisos, ele poderá liquidar a
fatura já no primeiro turno da eleição, com 50% mais um dos votos válidos, evitando,
assim, um eventual segundo turno. Sendo assim, 30% de eleitores que estão indecisos podem definir o rumo
dos candidatos à prefeitura de Montes Claros.
Portanto, após encerrar na quarta-feira (4/10) o
horário de propaganda eleitoral na TV e no Rádio, os candidatos a prefeito de
Montes Claros têm intensificado suas campanhas para atrair os votos dos
indecisos. Além do mais, eles tentam, neste sábado (6/10), por meio de
carreatas e propagandas nas ruas, colocar um ponto final na principal dúvida
que ainda paira na cidade: quem vai para o segundo turno (se houver...) da eleição para prefeito de Montes Claros?
Enfim, talvez essa dúvida seja provocada pela ‘guerra
de pesquisas’ em Montes Claros, onde cada candidato apresenta a sua pesquisa ‘encomendada/
paga’, como se ele tivesse liderando as intenções de voto a prefeito na cidade.
----------------------------------------------------///--------------------------------------------------- FN Café NEWS - sábado, 29 de setembro de 2012
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20 anos do impeachment de Collor: onde andará ‘o poder da alegria’?
Por França Neto*
Passeata do "Fora Collor", na 'Praça Sete' em Belo Horizonte (MG). Fotos: Ricardo Medeiros 29 set. 1992. |
Com
‘25 anos de sonho e de sangue’, eu me lembro, nos idos de 1990, do dia em que
retornei a Belo Horizonte (BH) para estudar o ensino superior. Como ‘rapaz
latino-americano: sem dinheiro no Banco, sem parentes importantes, vindo do
interior’ (Belchior), meus dilemas pessoais, nesse prospecto subjetivo, eram
cada vez mais intensos e imensos, ao mesmo tempo. Desafios eram postos a todo
instante: estudos, desemprego, atropelamento no trânsito e intervenções médico-cirúrgicas
[CTI...].
Na
Capital mineira, descobri, naquele momento, que, ao vivenciar a ‘dor’, era
possível a alegria. Não uma alegria qualquer, tola. E descobri não só a alegria
de viver, mas ‘o poder da alegria’. Descobri então ‘o poder da alegria em
jovens’, como eu, que sonhavam e queriam, com toda a verve da indignação na
alma, mudar o Mundo, mudar o País.
Em
BH, mesmo com saúde debilitada, desloquei-me, no dia 29 de setembro de 1992,
terça-feira, da minha
residência até à Praça Sete (‘do Pirulito’), coração e centro nervoso da
Capital. Ali, quase 100 mil pessoas, entre estudantes, jovens,
aposentados, servidores públicos e trabalhadores, de maneira em geral,
faziam passeatas marchando pelas avenidas e ruas
envolta da Praça,
com faixas, cartazes, e apitos, gritando, com mãos para o alto, de maneira
sonhadora e alegre: ‘Fora
Collor! Impeachment já!’.
No
‘poder da alegria’, juntei-me as essas manifestações pelas quais se pedia o
impedimento ou a
destituição de Fernando
Affonso Collor de Mello (ex-PRN) do cargo de presidente da República do Brasil [motivo: esquema de
corrupção que envolvia o ex-tesoureiro da campanha Paulo César Farias – corrupção ativa e passiva e tráfico de influências nos órgãos da
Administração Pública federal].
Ao
ser impulsionado pela maciça presença do povo nas ruas e praças das capitais e
principais cidades brasileiras, a Câmara dos Deputados votou, por 441 a 38
votos, pelo impeachment
do
presidente, através de sessão no plenário, em Brasília-DF, na qual se julgava a
cassação do mandato de Collor de Mello. Essa sessão foi transmitida ao vivo
pela TV brasileira, inclusive com telões montados na Praça Sete.
Éramos
então contagiados nos quatro cantos do País pelo ‘poder da alegria’. Ou melhor,
saímos com o sentimento, naquele período, de que ‘a nossa indignação não era
uma mosca sem asas’ e que, com mobilização, ‘ela (indignação) ultrapassa as
janelas de nossas casas’, contra-parafraseando a letra do Skank.
Hoje, sábado (29/9), ao se completar os 20 anos do
impeachment de Collor de Mello, indaga-se, por meio da transversalidade desses aspectos
políticos nos dias atuais: cadê ‘o poder da alegria’ capaz de suscitar a indignação
diante dos atuais esquemas de corrupção passiva e ativa na Administração
Pública brasileira? Será que nossa indignação se cristalizou na profecia do Skank? Ou mesmo, será que perdemos a nossa capacidade de
indignação, ou, de mobilização e participação social contra os escândalos e
abusos do sistema político representativo vigente? Enfim, onde andará ‘o poder da alegria’?
*Editor do FN Café NEWS - Publicação: 29/09/2012. Professor e Jornalista.
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*Editor do FN Café NEWS - Publicação: 29/09/2012. Professor e Jornalista.
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FN Café NEWS - sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Eleições em Montes Claros são marcadas por fortes especulações em intenção de voto para prefeito
Por França Neto*
MONTES
CLAROS (MG) - Sem muita empolgação, por parte do eleitor montes-clarense que
demonstra sua apatia e indiferença pelas ruas, avenidas e pelos bairros da
cidade nas eleições deste ano, o embate político entre as campanhas dos
candidatos à prefeitura da cidade é marcado por fortes especulações em
pesquisas eleitorais, as quais devem ser divulgadas no meio desta semana.
Desde o
início da propaganda eleitoral gratuita na TV e no Rádio, não houve nenhuma sondagem
de intenção de votos para prefeito de Montes Claros. Com isso, gera-se muita
especulação em torno de pesquisas eleitorais entre os candidatos, cada qual
produzindo sua survey, tanto quantitativa como qualitativa, e
julgando que sua candidatura aparece como líder nas sondagens, tendo,
segundo candidatos, sua 'presença garantida no segundo turno das eleições'. Trata-se,
aqui, de mera especulação eleitoral.
Pela frequência
de divulgação de pesquisas eleitorais nas capitais e cidades de porte médio no
Brasil, o Ibope (Instituto Brasileiro de
Opinião Pública e Estatística) disponibilizou, desde julho, o nome de Montes Claros, em seu
portal de pesquisas eleitorais, para eventuais sondagens de intenção de voto
para prefeito. Resta saber: quando o Ibope vai divulgar essa pesquisa em Montes
Claros? O instituto Datafolha parece que tem apenas intenção de fazer as
sondagens nas capitais e principais cidades brasileiras. Se, porventura, for
contratado por campanhas nas eleições majoritárias de cidades médias, como
Montes Claros, o Instituto deve então realizar ali uma sondagem local.
Entretanto, o Datafolha não confirma ainda qualquer sondagem de intenção de
voto para prefeito na cidade.
Já o DataTempo/CP2,
que vem frequentemente fazendo sondagens na cidade, divulgou, no dia 18/6, a
última pesquisa de intenção de votos para prefeito, conforme publicada pelo FN Café NEWS, a
qual trouxe empate técnico entre os candidatos Jairo Ataíde (DEM) [23,3%] e [22,1%] Athos Avelino (PSB), cuja disputa, à
época, era,
de forma acirrada, pela liderança da intenção de voto do eleitor. Em
Belo Horizonte, conta-se ainda com dois institutos de renome: o Vox
Populi e o MDA/Estado Minas, que, também, não têm previsão de sondagens
para a cidade.
Com pouco mais de 370 mil habitantes (246.711 eleitores),
o sexto maior município em população no Estado e a maior cidade do
Norte Minas, Montes Claros ainda não se destaca regional e nacionalmente
com um grande instituto de pesquisa de opinião pública e estatística.
Com saída oficial de Athos Avelino (PSB) do
páreo, na última segunda-feira (10/9), especula-se, por exemplo, na cidade de que a intenção
de votos talvez tenha um efeito migratório pulverizador entre os candidatos
Humberto Souto (PPS), que substituiu Athos, Paulo Guedes (PT), Ruy Muniz (PRB)
e o próprio líder nas pesquisas, Jairo Ataíde (DEM), ainda que em proporções menores
nessa migração de votos, pois o ‘democrata’ dificilmente teria uma majoração
de votos entre os eleitores de Athos.
Do ‘Quarteirão
do Povo’ (Centro da cidade) ao ‘Grande Maracanã’ (um dos bairros mais populosos),
nenhum eleitor, na verdade, não se arrisca a nada, nem ao menos um pitaco qualquer,
sobre quais candidatos que vão para um eventual segundo turno nas eleições
municipais em Montes Claros.
Dessa
maneira, sem sondagens dos principais institutos de pesquisas eleitorais, com rigor
científico na apuração, vira-se, portanto, mera especulação nesse contingencial
de intenções de votos para prefeito na cidade. Por enquanto, o que vale até
agora é que todos os candidatos, inclusive Filipe (PSOL) e Mineirinho (PSTU),
têm ‘zero voto’ na urna eleitoral do TRE-MG. Cabe ao escrutínio do Tribunal
Eleitoral apurar “quem vai encher o balaio” no dia sete de outubro próximo.
*Editor do FN Café NEWS - Publicação: 16/09/2012
Montes Claros 155 anos: reflexões
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Por França Neto*
Cidade de Montes Claros (MG) faz 155 anos nesta terça-feira (3/7) |
Refletir
neste sesquicentenário quinto aniversário é muito mais salutar e prudente, para
saber: que escolhas faremos nas eleições de 2012? Qual cidade que “queremos ou
teremos” nas próximas décadas? Refletir: se esta cidade será pautada pela
inclusão, na educação, por meio do pleno desenvolvimento da ciência e
tecnologia na idade mídia, ou, pela exclusão a qual se evidencia, cada vez
mais, em seus espaços urbanos a vala e o fosso da desigualdade social,
observada pela distância marcante entre ricos e pobres?
Por
isso, refletir diante das diversas crises que nos assolam evoca para um grau de
politicidade e nível de politização de nossa consciência crítica e cidadã, por
meio de nossa efetiva participação social. Refletir, por exemplo, sobre a atual
crise político-administrativa e educacional, instaurada, a partir do escândalo de
corrupção na Administração Publica da cidade, por meio de fraudes na merenda
escolar e esquemas de favorecimento de atores políticos e empresas em
licitações para obras públicas, através de superfaturamento de preços e
irregularidades da qualidade dos serviços prestados, conforme demonstrou duas
operações realizadas pela Policia Federal (PF) e Ministério Publico Estadual
(MPE), intituladas “Máscaras da Sanidade” e “Laranja com Pequi”.
Ao
refletir sobre essas operações conjuntas da PF e do MPE, poderíamos atribuir
com todas as letras críticas de nossa consciência dialética e humana de que
esses escândalos na máquina pública tratam-se, na verdade, de “máscaras da
insanidade”, pois, de forma covarde e demente, tiram o leite, o pão e a alimentação
sagrada de crianças indefesas e inocentes matriculadas nos anos iniciais da
educação básica.
Reflexões
nos trazem luz diante de trevas na Administração Pública e esclarecimentos para
futuras e sábias decisões de vida, ou mesmo, de rumo de civilizações que
queremos ou teremos na nossa organização social.
Enfim,
parabéns Montes Claros! Que essas reflexões sejam sempre dialógicas e
internalizadas nas suas ruas, avenidas, praças e esquinas entre seus cidadãos,
sujeitos, atores socioeducacionais e políticos, para a realização da vocação de
uma cidade onde se respira e se desenvolve o verdadeiro espírito de uma
consciência libertária e transformadora, por meio da autodeterminação do povo montesclarense
rumo ao desenvolvimento sustentável de seus espaços públicos, de forma ética, equilibrada
e transparente, com qualidade de vida. Em outras palavras, um lugar melhor para
se viver, conviver, educar e morar, de forma mais justa e humana.
*Artigo Publicado no FN Café News em 03/07/2012. França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro
(FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho),
em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em
B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M.
Claros –MG, nas décadas
de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como
redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social
em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
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*Por França Neto - francaneto@gmail.com/ francaneto@estadao.com.br
A interação efetiva, na
relação Estado/sociedade, pode ser melhor compreendida, hoje, pela capacidade
do Governo Eletrônico (E-Governo) em
articular políticas e atores sociais para um conjunto de ações e serviços, cada
vez mais integrados e participativos. Este pensamento talvez venha a emergir da
compreensão de que o E-Governo é um
importante meio de comunicação entre o Poder Público e as comunidade locais. Em
outras palavras, Governo Eletrônico pode um ser instrumento valioso na
criação de uma interface a ser desenvolvida entre governos e cidadãos.
Entretanto, o que significa Governo Eletrônico? Ou qual é a sua definição? Para alguns estudiosos em Ciência da Informação (CI), o E-Governo é muito mais do que uma simples visão de um site ou mesmo um portal hospedado e com endereço na Internet. Trata-se, segundo José Maria Jardim (Doutor em CI), de uma estratégia pela qual o aparelho do Estado faz uso das novas tecnologias para oferecer à sociedade melhores condições de acesso à informação e serviços governamentais, garantindo, assim, maiores oportunidades de participação social no processo democrático. Nessa mesma área do conhecimento, Martin Ferguson, ao falar da ‘Internet e Política’, diz que governo eletrônico representa uma nova maneira de gerenciar e ofertar o serviço público para o cidadão. Ou seja, representa uma transformação como um instrumento capaz de dar capacidade de governo e de ofertar benefícios, políticas e serviços mais eficazes para população.
Entretanto, o que significa Governo Eletrônico? Ou qual é a sua definição? Para alguns estudiosos em Ciência da Informação (CI), o E-Governo é muito mais do que uma simples visão de um site ou mesmo um portal hospedado e com endereço na Internet. Trata-se, segundo José Maria Jardim (Doutor em CI), de uma estratégia pela qual o aparelho do Estado faz uso das novas tecnologias para oferecer à sociedade melhores condições de acesso à informação e serviços governamentais, garantindo, assim, maiores oportunidades de participação social no processo democrático. Nessa mesma área do conhecimento, Martin Ferguson, ao falar da ‘Internet e Política’, diz que governo eletrônico representa uma nova maneira de gerenciar e ofertar o serviço público para o cidadão. Ou seja, representa uma transformação como um instrumento capaz de dar capacidade de governo e de ofertar benefícios, políticas e serviços mais eficazes para população.
Diante disso, pode-se dizer
que fica, hoje em dia, praticamente inviável para qualquer prefeitura no País,
ou mesmo qualquer governo no Brasil, sobreviver sem a idéia de levar a sério
uma política de Governo Eletrônico.
Todavia, tendo em vista dados levantados pelas pesquisadoras da Universidade de
Brasília (UnB), Elza M. Barboza, Eny M. A. Nunes e Nathália K. Sena, em 2000,
demostra-se que dos 5.507 municípios brasileiros, apenas 350 dispõem do serviço
de acesso à rede mundial de computadores (Internet). Ou seja, para 5.157
municípios a realidade da Internet é ainda desconhecida. É claro que cabe aqui
uma ressalva quanto à atualização desses dados para realidade de hoje. No
entanto, essa realidade não deve ficar distante da trabalhada pelas
pesquisadoras da UnB, quando se observa, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), que, em
2001, seus dados revelaram que apenas 12,6% dos domicílios brasileiros possuem
computador.
Para além dessa realidade
contraproducente, deve-se lançar um olhar para o desenvolvimento de políticas
de inclusão social e digital, cujas estratégias de Governo Eletrônico sejam um efetivo instrumento de capilaridade na
relação entre Estado e sociedade. Ou melhor, uma interface na relação
construída entre esses dois atores.
Nesse sentido, compete-se
aos governos, no Brasil, desenvolver políticas de Governo Eletrônico fazendo com que essas iniciativas e ações sejam
cada vez mais fortalecidas pela participação social e cidadã junto às diversas
instâncias da sociedade. Tais iniciativas envolvem um maior comprometimento dos
governos locais e da sociedade na formulação de formulação de políticas
públicas de E-Governo, tais como: -
desenvolver pontos de acesso público à
Internet para o cidadão ou estimular o desenvolvimento de computadores
de baixo custo; - campanhas de educação em linguagem digital e em outros
idiomas; - serviços públicos na Internet; - criação de comunidades virtuais
locais ; e, alocação das TICs (tecnologias
de informação e comunicação) aos bairros, comunidades e povoados , por meio
do treinamento, auxílio e do acesso à oferta de emprego para sua população.
À luz dessas considerações,
permite-nos dizer que uma política Governo
Eletrônico é muito mais salutar e rentável para qualquer governo do que
seus investimentos vultosos em ‘recheios’ publicitários em horário nobre de
televisão. Tudo isso, porque o E-Governo
é uma estratégia de recurso mais barato para o Estado estabelecer uma ‘ponte’ –
uma interface – na relação que se constrói com a sociedade.
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** Artigo Publicado pela Revista Tempo Montes Claros (MG), nº
22, fev-mar 2006.
França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro
(FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho),
em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em
B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M.
Claros –MG, nas décadas
de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como
redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social
em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
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*Por França Neto - francaneto@gmail.com/
francaneto@estadao.com.br
francaneto@estadao.com.br
Uma política pública para o acesso universal à informação e aplicações das tecnologias de informação e comunicação (TICs) parece-me uma alternativa justa e viável para as tentativas governamentais de erradicação do analfabetismo e de desenvolvimento socioeconômico do Norte de Minas e dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha. Esta é uma vertente com o bojo no desenvolvimento humano e que também passa pela uma visão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por meio de acordos de cooperação técnica com o governo (federal e estadual), em parceria com organizações não governamentais e diretamente, por meio de apoio a projetos-piloto de educação a distância e de promoção à leitura, através de novas mídias de inclusão digital, como a Internet.
A visão da Unesco na temática de Comunicação e Informação é direcionada por três objetivos básicos: promover o
livre fluxo de idéias e o acesso universal à informação; promover a expressão
do pluralismo e da diversidade cultural na mídia e nas redes mundiais de
informação; e, promover o acesso universal às tecnologias de informação e
comunicação (TICs). Dentro desse contexto, para alguns consultores da Unesco, educação e conhecimento devem
ser considerados como “bens públicos globais” capazes de fortalecer ações de
cidadania e de aplicar um aprendizado voltado para o multilingüismo e o
multiculturalismo entre povos, bem como para capacitação de jovens e adultos
para o mercado de trabalho.
Assim sendo, percebe-se o
quanto uma política das TICs urge como uma necessidade para 151 prefeituras
municipais das macrorregiões do semi-árido mineiro, sendo 85 delas localizadas
no Norte de Minas e 66 restantes nos Vales do Jequitinhonha/Mucuri. A
necessidade de uma política dessa natureza se faz presente para esses
municípios dado a média de seus índices de desenvolvimento humano (educação,
renda e saúde/longevidade), como qualidade de vida, na qual se verifica padrões
baixíssimos em relação aos parâmetros de crescimento verificados em países
desenvolvidos ou mesmo em regiões mineiras ou brasileiras consideradas próspera
ao desenvolvimento humano. Segundo levantamento da Fundação João Pinheiro
(FJP), em Belo Horizonte, dados, com base de cálculo no censo demográfico de
2000, revelam que a média do Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) nessas duas macrorregiões de Minas
Gerais atinge aproximadamente a 0,630 IDH-M
e a renda média per capita atinge a pouco mais de R$ 100,00, correspondendo 33,33% do novo salário mínimo no Brasil,
que foi fixado, no mês passado, pelo
governo federal em R$ 300,00.
Por esta forma, uma política
das TICs, por parte dos governos federal e estadual, para esses municípios de
baixo IDH-M desvela-se como uma fonte
de autodeterminação socioeconômica e de desenvolvimento local e sustentável de
suas comunidades, que teriam seu crescimento condicionado tanto pelo viés da
inclusão social quanto pelo da inclusão digital. Sendo assim, uma política das
TICs para as macrorregiões do Norte de Minas e dos Vales do
Jequitinhonha/Mucuri iria compreender-se em um estímulo, de acordo com a visão
da Unesco, às políticas públicas de
acesso à informação, por meio de uma rede e pontos locais de acesso a serviços
e informações aos cidadãos, que são conhecidos como Telecentros Comunitários de
Multipropósitos.
O recurso desses pontos de
acesso permitiria então uma maior interação e integração entre o Poder Público
(executivo, legislativo e judiciário) e as comunidades locais, elevando-se,
para isso, o grau de campanhas de alfabetização (educação básica) e de
capacitação educacional e, por conseguinte, aumentando a participação e
fiscalização da população nos programas e ações governamentais, por meio de
estratégias desenvolvidas em portais e sites de governo eletrônico.
Tendo em vista o apoio à
difusão das novas tecnologias de informação e comunicação, o mecanismo das TICs
teria a possibilidade de conduzir governos eletrônicos (sites governamentais)
espelhados nas ações locais das comunidades e na realidade de cada governo
local dessas macrorregiões pobres de Minas Gerais. Em outras palavras, as
atuais prefeituras do Norte de Minas e Jequitinhonha/Mucuri estariam, cada vez
mais, se dirigindo para uma maior modernização administrativo-tecnológica em
ofertar serviços, informações e ações de qualidade na Internet, por meio do
desenvolvimento de portais
governamentais mais interativo e participativo junto aos seus cidadãos ou mesmo junto à realidade
local onde atua: o município, o distrito, a comunidade e povoado.
Nesse sentido, cumpre-se para as atuais
administrações públicas do Norte de Minas e Jequitinhonha/Mucuri em desenvolver
políticas públicas que visem à inclusão social, mediante o desenvolvimento e o
aperfeiçoamento de ações que incluam o estímulo ao uso de novas mídias para
educação presencial e a distância; bem como o estímulo, por meio de governo
eletrônico, ao fortalecimento da língua portuguesa e uso de outros idiomas, através
da implementação de centros de treinamento e pontos de acesso em informática
(telecentros) que estariam realizando, de maneira formal/virtual, a promoção de
conteúdos do conhecimento, da educação e da cultura para população local. Além
do mais, tais política incluem-se ainda o estimulo à defesa da liberdade de
expressão nessas comunidades, por meio do acesso a canais de informação e
comunicação, dando ‘viva voz’ aos cidadãos em se manifestarem sua diversidade
cultural e política. E, por fim, essas ações revelam-se como um estímulo à
transparência da administração pública local, que iria desenvolver políticas
públicas adequadas para o desenvolvimento localidade e da cidadania, por meio
formas de participação e de
acompanhamento do gasto e a aplicação do ‘dinheiro público, divulgando, de
maneira online (na Internet), as
contas e o orçamento da municipalidade.
Destarte, nota-se que a
implementação de uma política pública das TICs, como ferramenta do
desenvolvimento socioeconômico, local e sustentado, só terá vez nas
macrorregiões do Norte Minas e dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha, se
houver um esforço cooperativo, integrado e sinérgico nas três esferas de
governo (federal, estadual e municipal). Para isso, é preciso que as atuais
gestões públicas tenham competência administrativa (governança) para desenvolver um papel preponderante em
formular políticas de inclusão social, que passam tanto pelo viés
socioeconômico quanto pelo viés das novas TICs, as quais tornam-se, hoje em
dia, em um instrumento decisivo de inclusão digital, por meio da integração de
serviços públicos, na Internet, ao usuário de informação e cidadão. Assim
sendo, uma política governamental das TICs para essas comunidades do Norte
Minas e Vales do Jequitinhonha/Mucuri compreenderia como uma ferramenta, cada
vez mais, a incrementar o relacionamento entre o Estado e a sociedade, por meio
de ações de parcerias, interação, serviço, comunicação e de informação, dando,
assim, condições reais de participação e mobilização local para suas populações.
_______________________ ///// __________________________
*** Artigo Publicado pela Revista Tempo Montes Claros (MG), nº 20, set-out
2005.
França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro
(FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho),
em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em
B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M.
Claros –MG, nas décadas
de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como
redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social
em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
Transposição do rio São
Francisco: mais uma idéia rocambolesca do Governo Federal****
*Por França Neto - francaneto@gmail.com/
francaneto@estadao.com.br
francaneto@estadao.com.br
É meio ‘rocambólico’ o atual
projeto do governo federal de transposição da águas do rio São Francisco para
terras do semi-árido do Nordeste brasileiro. Tudo isso porque não existe
transparência em suas intenções e há alguns pontos obscuros e polêmicos em seus
objetivos. Um dos pontos polêmicos: o atual projeto não se submete a um crivo
maior de discussões com as partes envolvidas na transposição do rio, como os
debates, fóruns e consultas populares a serem realizadas junto à população nas
margens de seu leito, a qual é conhecida como ‘barranqueira’ ou ‘ribeirinha’.
Pelo “barranqueiro”, o rio
São Francisco é carinhosamente chamado de “Velho Chico”. Entretanto, ele é
conhecido no País como ‘rio da unidade nacional’. Isso porque suas férteis
águas banham a uma extensão de 2.614 km, ou seja, cinco estados brasileiros
(Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas). Por essa condição de ‘rio
da unidade nacional’, o “Velho Chico” causa ainda hoje muito ciúmes em outras
regiões brasileiras. Li, em meados deste ano, uma reportagem de Veja sobre o rio, na qual um cronista
do Rio Grande Sul atribuíra que “o São Francisco é um erro da natureza (...). O
rio deveria mesmo é correr para terras do sul (...)”. Independente do teor ou
da seriedade de tal atribuição, ficou ali subentendido para mim, naquela
reportagem, de que uma simples ‘dádiva da natureza’ aos barranqueiros (o rio)
passara então a condição de objeto de desejo por outras plagas. O motivo do
desejo era, naquele momento, óbvio: água sadia (sem poluição) correndo, como
veias, em terras férteis.
Volta e meia às leituras das
reportagens da grande imprensa nacional e internacional sobre o projeto de
transposição das águas do São Francisco, inclusive com manchete no jornal The
New York Times, no início deste ano, pude acompanhar então que, em paralelo a
essas notícias, o governo federal, responsável e signatário do projeto, não
estabelecera um diálogo direto com a população barranqueira ou mesmo com o
País. Se não for um equívoco de minha parte, parece-me que, nesse período, o
governo federal nem sequer realizou algumas dezenas de audiências públicas
junto às populações ribeirinhas com intuito de dar viabilidade a sua proposta
ou pelo menos abriu o debate à volta de alternativas para o desenvolvimento do
rio São Francisco, como a revitalização de suas matas nativas/ciliares e a
recuperação do leito do rio em decorrência da ação de degradação ambiental e do
acintoso assoreamento ao longo de toda sua extensão. Em outras palavras, não
houve debate e o governo federal tentou em empurrar goela a baixo o projeto de
transposição do São Francisco às comunidades barranqueiras.
Diante disso, uma ‘onda de
protestos’ ambientalistas correu-se, tanto pelo Brasil quanto pelo mundo,
contra o projeto ‘rocambolesco’ do governo federal em fazer a transposição das
águas do São Francisco, sem transparência, critérios e sem debates com à
população. Em face a essa ‘onda’, um bispo da Igreja Católica nordestina
radicalizou o seu protesto: fez recentemente uma greve de fome por mais de 10
dias. O protesto do bispo ecoou pelo mundo afora e chegou a sensibilizar o
governo, em Brasília-DF, que teve de mandar seu ministro Jacques Wagner ao
sertão nordestino para pôr fim a crise e anunciou um plano para ‘ouvir e
debater’ com a população ribeirinha.
Como quase tudo no governo
Lula é cheio de peripécias em seu afã de empreender a todo custo qualquer
projeto à população, a proposta de transposição das águas do rio São Francisco,
no Nordeste brasileiro, é mais uma idéia nebulosa, confusa e ‘enrolada’
(‘rocambólica’) do governo federal em desenvolver políticas públicas “de cima
para baixo” para população, ou seja, sem a submissão do debate e da
participação popular.
****Artigo publicado em Belo Horizonte (MG) em 01/11/2005. Mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro
(FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão
Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas
de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
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Por França Neto*
ILHÉUS: Costa clara do Atlântico sul onde mora o sol e a lua. França Neto/21 jan. 2011. |
FRANÇA NETO DIRETO DE ILHÉUS-BA -
Em 26 de junho de 1534, ao ser assinada carta da doação da Capitania de
Ilhéus para Jorge de Figueiredo Correia, em Portugal (Évora), Ilhéus
(BA) era apenas uma ponta de terra arenosa da colônia portuguesa, com
extensas matas atlânticas virgens e um litoral, de um certo ponto de
vista: a praia imensa, a espuma e a beira, habitada por nativos (índios)
no oceano Atlântico sul.
Ao
ser elevada à categoria de cidade através da Lei 2.187, em 28 de junho
de 1881, sancionada pelo Marquês de Paranaguá, Presidente da Província
da Bahia, a Vila de São Jorge dos Ilhéus, nome que era chamado à época,
possuía sua igreja e alcançava relativa produção de cana-de-açúcar. Além
disso, sua profusão de coqueirais na orla extensa era a pura beleza da
costa clara do litoral, onde o mar, o sol e a lua habitavam sempre em
seu pleno vigor e esplendor.
Com
o fim das Capitanias Hereditárias e o período colonial no Brasil, a
cidade viveu nos idos de 1800, além da beleza natural, sua efervescência
agrícola em torno do potencial do cacau, bem como do coco-da-bahia,
banana, citrus, cana-de-açúcar, mandioca, milho e soja, sorgo, feijão,
arroz e do dendê.
Hoje,
Ilhéus, com 222.127 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, é uma cidade paradisíaca e histórica no
litoral baiano onde o turismo se tornou o seu produto principal na
economia do município, que ainda conta com o subsídio natural de outras
praias vizinhas, como ‘Serra Grande’, ‘Itacarezinho’, ‘Tiririca’,
‘Ribeira’, localizadas no município de Itacaré (BA), o qual possui
atualmente 18.120 habitantes, de acordo com o IBGE.
À
noite, apesar de não haver a ‘badalação’ de Porto Seguro (BA), Ilhéus
se agita culturalmente, através de festivais de dança, música, mostra de
artesanato e peças teatrais que são apresentadas em frente à ‘Casa
Jorge Amado’ e ‘Casa dos Artistas’, ou mesmo, no ‘Teatro de Ilhéus’.
Além do mais, o bar 'Vesúvio', casa de Gabriela e Nacib, frequentado
pelo escritor baiano Jorge Amado, apresenta-se como o charme da noite,
com música de MPB ao vivo.
Com início no final do mês de dezembro do ano passado e encerramento hoje (23/01/11), a Feira de Moda e Turismo de Ilhéus (Expoilhéus) vem acontecendo na cidade, chegando à sua décima-oitava edição. O evento é considerado uma das atrações do verão na cidade e tem atraído a cada ano um público ainda maior. Com uma estrutura formada por cerca de 60 estandes, a Expoilhéus reúne novidades e diversidade em moda-praia, confecções, roupa íntima, calçados, acessórios, artesanato, entre outros artigos. A entrada é gratuita.
Com início no final do mês de dezembro do ano passado e encerramento hoje (23/01/11), a Feira de Moda e Turismo de Ilhéus (Expoilhéus) vem acontecendo na cidade, chegando à sua décima-oitava edição. O evento é considerado uma das atrações do verão na cidade e tem atraído a cada ano um público ainda maior. Com uma estrutura formada por cerca de 60 estandes, a Expoilhéus reúne novidades e diversidade em moda-praia, confecções, roupa íntima, calçados, acessórios, artesanato, entre outros artigos. A entrada é gratuita.
* Jornalista e professor universitário (bacharel em Comunicação Social e
licenciado em Pedagogia pela UFMG). Trabalhou em diversos órgãos de imprensa da
Capital e em Montes Claros (MG), bem como exerceu a Assessoria de Comunicação
em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG).
2010: em rota de colisão?...
França Neto*
15-12-2009
Qual
será a rota de prioridades para inserir o País no caminho do
desenvolvimento efetivo, de acordo com as plataformas de governo dos
presidenciáveis em 2010? A resposta talvez configure ainda como uma
incógnita para maioria dos eleitores brasileiros. Pois, na realidade, o
próximo ano nem mal começou e, até o presente momento, a agenda política
segue sem importância, em seu estado de letargia, para os atores
políticos.
Trata-se de um cenário apático, onde a indiferença se protagoniza como nos versos drummondianos:
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco. (...)(ANDRADE. Carlos Drummond de. Os Ombros Suportam o Mundo.
In: Sentimento do Mundo. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1940)
Tempo
de silêncio e solidão. Esta evidência parece ganhar força no dia-a-dia,
quando o brasileiro comum pouco importa-se, em seus plenos direitos de
cidadania, tanto pela democracia representativa quanto pela democracia
participativa/substantiva.
Nesse silêncio implacável diante de temas recorrentes
ao desenvolvimento do País, a educação, a saúde, a reforma agrária, o
emprego, a pobreza e a miséria [velhos temas] parecem estar plenamente
alijados dos planos para eleições deste ano. A educação, por exemplo,
com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com a incidência
da DRU (Desvinculação de Receitas da União) sobre o dinheiro destinado a
esta área, injetando R$ 9 bilhões anuais ao orçamento do MEC
(Ministério da Educação), não consegue estabelecer um debate efetivo: o
que fazer e priorizar com esse dinheiro anualmente nas escolas da
educação básica?
Falo desse velho tema
(educação) porque todos os outros tendem a ser coadjuvantes no processo
de desenvolvimento socioeconômico. Se recorrermos, por exemplo, ao meio
ambiente, iremos perceber que um dos pilares para este desenvolvimento
trata-se de uma educação sólida capaz de politizar indivíduos para o
pleno desenvolvimento sustentável no Brasil, quer no contexto urbano
quer no meio rural.
Charge: Angeli
Assim, 2010 será mesmo um ano em 'rota de
colisão', como na maioria da visão dos analistas dos grandes jornais
brasileiros? Pode ser, até porque trata-se de um ano marcado pelas
eventualidades políticas e futebolísticas, com as eleições
majoritárias/proporcionais deste ano e a copa do mundo. No entanto, o
vazio, que cerca as discussões em torno dos temas recorrentes ao crescimento brasileiro, nos faz pensar: qual será mesmo a colisão para nosso silêncio e solidão?
* Jornalista e professor universitário (bacharel em Comunicação Social e licenciado em Pedagogia pela UFMG). Trabalhou em diversos órgãos de imprensa da Capital e em Montes Claros (MG), bem como exerceu a Assessoria de Comunicação em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG).
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