Undime e MEC
debatem a ‘Base Nacional de currículo escolar’ em seminário na capital federal
Com Ascom/MEC e adaptações de texto e imagens FN Café NEWS
BRASÍLIA (DF) – Uma das prioridades do Ministério da Educação (MEC), a Base Nacional Comum Curricular(BNCC) é tema de seminário
iniciado na quarta-feira, 20, em Brasília. Com a participação do
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o evento foi aberto durante a reunião
do Conselho Nacional de Representantes da União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação (Undime).
A entidade é uma das parceiras do MEC na mobilização da comunidade
escolar para contribuir para a Base. Durante o evento, Mercadante lembrou que o
documento “é essencial para garantir o direito de aprendizagem dos nossos
jovens e de nossas crianças”, em qualquer parte do país e de forma democrática.
“Mas é claro que precisamos compatibilizar essa essência, que não é o todo. O todo
do currículo tem de respeitar a diversidade cultural, histórica de cada uma das
nossas regiões”, disse.
A participação dos professores, das escolas e das secretarias de
educação é importante, segundo o ministro, porque sem ela o documento não terá
aderência em sala de aula. Até agora, 34 mil instituições de ensino já se
cadastraram no sistema que recebe as colaborações, enquanto o número de
professores chega perto de 170 mil.
“Então, esse processo de contribuição é pra valer. Cada contribuição
vai ser lida, analisada, vai ser classificada e poderá ser incorporada ou não
pela qualidade do processo. A UFMG [Universidade Federal de Minas Gerais] e a
UnB [Universidade de Brasília] estão cuidando exatamente de organizar essas
contribuições”, garantiu Mercadante, lembrando que a análise técnica do que
está proposto está sendo feita pelos leitores críticos, grandes nomes do meio
acadêmico. “Portanto, é um diálogo”, completou.
O ministro lembrou que, apesar dos prazos previstos pelo Plano Nacional
da Educação (PNE) para a conclusão da Base, a prioridade será entregar um
currículo que encontre convergência no país. “Vamos trabalhar com prazo, mas
sobretudo vamos fazer a coisa bem feita.”
Outro ponto destacado por Mercadante é a necessidade de articular a
Base com a formação continuada do professor. Segundo o ministro, esse é o
próximo desafio do MEC. “Nós vamos ter que, junto da Base e logo após a Base,
lançar um programa de formação dos professores, por exemplo, de licenciatura
multidisciplinar. Se não, nós vamos fazer um excelente currículo e no dia
seguinte o professor vai dar aula do jeito que sempre deu”, apontou o ministro.
Equidade - O presidente da Undime, Alessio Costa Lima, destacou a promoção da
equidade e da transparência como dois grandes ganhos para a educação brasileira
trazidos pela Base. “Nessa perspectiva, a gente entende que ela é um
instrumento de igualdade de oportunidade e de acesso à aprendizagem da criança
brasileira como um todo. Serve também como instrumento de transparência para a
família acompanhar e participar da aprendizagem dos seus filhos e até mesmo
cobrar da escola o que a criança deveria ter aprendido ou não”, afirmou
Alessio.
A secretária-executiva do Movimento pela Base Nacional Comum, Alice
Ribeiro, também destacou a importância do documento, que “é um elemento
fundamental para darmos um passo na equidade e na qualidade da educação no
país”, disse. Alice ainda parabenizou o Ministério da Educação e seus
parceiros, como a Undime, pela coragem de levar o texto para debate público.
O seminário, que encerrou ontem, 21, contou também
com a participação do secretário de Educação Básica do MEC, Manual Palácios, e
de representantes de entidades da sociedade civil que levaram suas sugestões e
críticas para a discussão. Com base no que for discutido e no estudo do texto
preliminar de cada componente curricular, os conselheiros da Undime se
dividirão em grupos e apresentarão um parecer oficial da associação.
Consulte a Base – BNCC. O texto preliminar continua aberto até o dia 15 de março.
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