Senado aprova reforma política que proíbe doação de empresas
nas campanhas
Plenário do Senado Federal, em Brasília-DF, durante a votação nesta quarta-feira (2/9) do 'Fim do Financiamento Privado de Campanha em Eleições'. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado. |
Com Agência Senado/Adaptações FN Café NEWS
BRASÍLIA - O Senado aprovou nesta quarta-feira (2),
com 36 votos favoráveis e 31 contrários, a proibição das doações de
empresas às campanhas políticas. Ficou autorizado, por outro lado, o repasse de
dinheiro de pessoas físicas aos partidos e candidatos. A doação, no entanto,
está limitada ao total de rendimentos tributáveis do ano anterior à
transferência dos recursos. Essas normas fazem parte da reforma política
reunida no PLC 75/2015.
O placar apertado refletiu a polêmica
durante a discussão do modelo de financiamento de campanha. O senador Jorge
Viana (PT-AC) defendeu o fim das doações de empresas, prática que ele considera
inconstitucional. “Nós temos uma bela oportunidade de pôr fim a essa presença
ilegal, inconstitucional e imoral, que é o envolvimento de empresários no
financiamento de campanha. Empresa visa lucro e a política não pode ser uma
atividade do lucro”, avaliou o senador Viana
Na mesma linha está o senador Randolfe
Rodrigues (PSOL-AP). Lembrou que a maioria dos ministros do Supremo Tribunal
Federal julgou como inconstitucional a doação de empresas. Segundo
Randolfe, essa prática faz mal à democracia. “Não há eleição em igualdade de
disputa quando não se tem um equilíbrio entre as partes concorrentes. É tapar o
sol com a peneira não compreender que os escândalos de corrupção ocorridos de
1988 até hoje tiveram relação direta com financiamento de campanha”, argumentou
Randolfe.
O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB),
lembrou que o financiamento de pessoa jurídica surgiu a partir da CPI do
Orçamento, porque até então, segundo Cássio, todas as eleições eram financiadas
pelo caixa dois. “Não há problema nenhum que pessoa jurídica possa doar. Eu já
recebi doações de pessoas jurídicas. Estão na minha prestação de contas e não
por isso meu mandato é meio mandato, vinculado ou tolhido, afirmou Cássio.
O PLC 75/2015 aprovado nesta
quarta-feira, mas que ainda terá que ter a redação final votada antes de ser
remetido à Câmara dos Deputados, modifica três leis. Uma delas é o Código
Eleitoral (Lei 4.737/1965). O relator da Comissão da Reforma Política, Romero
Jucá (PMDB-RR) garantiu que a proposta traz mais transparência, diminuição de
gasto de campanha, diminuição de tempo de televisão e melhor visibilidade das
prestações de conta.
NA VOTAÇÃO ABERTA NO SENADO FEDERAL, na 4ª feira (2/9/2015), a OPOSIÇÃO, liderada pelo PSDB, VOTA CONTRA O FIM DO FINANCIAMENTO “PRIVADO/Empresas” DE CAMPANHAS ELEITORAIS.
Confira
a PLC
75/2015
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