Governo Pimentel garante proposta
de aumento de R$190 para os professores da rede estadual a partir de maio
Versão conclusiva com as
propostas do Estado para a remuneração e
estruturação de carreira contempla retomada das promoções e valorização ainda
maior para diretores
Com Agência Minas/Adaptações FN Café NEWS
Rodada de negociações entre governo e professores ocorreu na Cidade Administrativa. |
BELO HORIZONTE (MG) - Em reunião realizada nessa
sexta-feira (17/4), na Cidade Administrativa, o governo Fernando Pimentel (PT), por meio de seus secretários, e
entidades que representam os servidores da Educação avançaram nas negociações
sobre remuneração e carreira. A proposta reafirmada do Governo é de assegurar o
pagamento do piso salarial nacional ao longo dos próximos três anos, em
parcelas, mas o valor da primeira parcela aumentou, passando de R$160 para
R$190. Além disso, outra demanda histórica dos servidores que está contemplada
na proposta do Governo é a antecipação da promoção por escolaridade de janeiro
de 2016 para setembro de 2015.
No que diz respeito à remuneração, a proposta de Pimentel é de garantir, a partir de 2017, o pagamento do piso salarial
nacional de R$ 1.917,78 para uma jornada de 24 horas semanais. Isso representa
um reajuste de 31,78% na remuneração inicial do professor de Educação Básica.
Na proposta inicial, o aumento seria implementado em três parcelas: R$160 a
partir de maio de 2015; R$150 a partir de julho de 2016 e R$152,48 a partir de
julho de 2017. Com a nova proposta, a primeira parcela será de R$190 a partir
de maio deste ano. As parcelas seguintes passaram para R$135 e R$137,48. O
aumento total, portanto, continua o mesmo, mas a proposta atual garante uma
maior valorização imediata aos professores.
Soma-se, ainda, o reajuste de acordo com os valores
do piso nacional nos próximos anos (2016, 2017, 2018). Ou seja, se for
aumentado o valor do piso nacional, o Estado acompanhará os cálculos de
correção para adequar a diferença na remuneração dos servidores estaduais.
Em relação às promoções por escolaridade, que foram
congeladas pela gestão anterior, a proposta do Governo é antecipar em quatro
meses o benefício. Pelas regras atuais, as promoções só voltariam a ser
concedidas a partir de janeiro de 2016, mas a proposta garante que os
servidores da Educação tenham direito à promoção a partir de setembro de 2015.
A proposta também diminui o tempo de espera entre uma promoção e outra.
Na reunião, o secretário adjunto de
Planejamento e Gestão, Wieland Silberschneider, garantiu que há, por parte do
governo atual, uma proposta clara de valorização do magistério diante de uma
situação de relativa complexidade administrativo-financeira do Estado. “É o
primeiro passo, com a explicitação do compromisso do governo, corrigindo uma
situação histórica de desvalorização dos professores", disse. “Queremos
dar total transparência e buscar soluções para avançar na meta de equalização”,
completou.
Valorização dos diretores
As propostas para valorização dos diretores de
escolas também avançaram em relação à última reunião. Além do aumento de 10,25%
na tabela remuneratória do cargo de diretor, o Governo aumentou de 30% para 50%
a parcela da remuneração do cargo que pode ser recebida cumulativamente com a
remuneração do cargo efetivo.
Funciona da seguinte maneira: o cargo de diretor é
um cargo de dedicação exclusiva. O ocupante poderá optar por receber o valor
integral da tabela remuneratória, que varia de acordo com o número de alunos da
escola, ou receber pelo cargo efetivo mais uma porcentagem da tabela
remuneratória. Quem ocupa um cargo efetivo no estado, quando se tornar diretor,
poderá dobrar o salário do cargo efetivo e acrescer 50% do valor da tabela.
Quem ocupa dois cargos, receberá pelos dois e acrescerá os mesmos 50%. Na proposta
anterior, o valor a ser acrescido era de 30%.
Avanços
O documento com as propostas do Governo também
estabelece reajuste para aposentados. Até julho de 2018, será integralizado o
mesmo reajuste de 31,78% na remuneração, mas em parcelas quadrimestrais a
partir de 2015 e trimestrais a partir de 2016. Além disso, a proposta mantém a
garantia de reajustes para as demais carreiras do Grupo de Atividades de
Educação Básica na mesma proporção do que será aplicado aos professores,
mantendo a isonomia na política remuneratória.
Outro ponto de destaque é consideração de um novo
modelo de remuneração, que extingue o regime de subsídio e implanta o
vencimento básico. O Adicional de Valorização da Educação Básica, por exemplo,
de 5%, será incorporado a cada cinco anos completos de efetivo exercício na
carreira, considerado um período específico de início, definido na
regulamentação. Também foi negociada uma diminuição do tempo de estágio
probatório (de 8 para 5 anos).
As
propostas na íntegra serão disponibilizadas no Portal do
Servidor, na seção específica sobre a Implantação do Piso e
Reestruturação das Carreiras dos Servidores da Educação. O documento é fruto de
deliberações e diálogo permanente estabelecido na Comissão de Negociação junto
ao Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG)
e a Associação de Diretores de Escolas Oficiais de Minas Gerais (Adeomg).
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