Emendas de deputados
federais perpetuam desigualdades na distribuição de recursos entre ‘municípios ricos
e pobres’ de Minas Gerais
Diferenças entre regiões
de MG chegam até 1.000%, como, por exemplo, entre o Vale do Jequitinhonha/Mucuri e a Zona da
Mata
Com Denise
Motta/ Jornal O Tempo - BH/Adaptações FN Café NEWS
A
distribuição de emendas parlamentares por cidades, citada no texto final da Lei
Orçamentária Anual (LOA) aponta para um abismo em Minas Gerais. Enquanto caberá
à região da Zona da Mata mais de R$ 70 milhões do bolo, o destino de verbas
para a região do Jequitinhonha/Mucuri tem como certo R$ 6,5 milhões.
A
diferença de quase 1.000% assusta, mas não chega a ser uma novidade quando
analisamos o potencial econômico destas duas regiões. A reportagem analisou as
informações do texto final da lei em que estão apontadas as cidades
beneficiadas.
O PIB per
capita da Zona da Mata (R$ 28.850) é quatro vezes maior que o do
Jequitinhonha/Mucuri (R$ 7.284), apontam dados da Fundação João Pinheiro, com
base no censo do IBGE do ano de 2011.
A
distribuição dos parlamentares que representam o Estado no Congresso Nacional,
atualmente, reforça as disparidades entre as várias “Minas Gerais”. Dos 53
deputados federais, a maioria, 11, nasceu na região da Zona da Mata, a região
do Estado campeã em emendas com destinação específica para municípios.
Em
segundo lugar na divisão de bancadas por região de origem do parlamentar está o
Triângulo, com sete parlamentares. O Triângulo é contemplado com R$ 22 milhões
em emendas cujos recursos têm destinação específica no texto final da LOA.
Já a
região menos representada por Minas no Congresso é justamente a que recebeu a
menor quantidade de recursos de emendas. As áreas do Jequitinhonha e do Mucuri
tem apenas um deputado federal nascido por lá: Ademir Camilo (Pros). Ele foi
procurado para comentar sobre o assunto, mas não foi encontrado.
Cada
deputado tem direito de indicar de R$ 10 milhões a R$ 16 milhões em emendas
individuais que, por acordo entre Governo Federal e Poder Legislativo são
impositivas, ou seja, devem ser repassadas do Orçamento para a destinação
indicada do político. Além das emendas individuais, há as emendas de bancada,
com maior volume de recursos.
A maior emenda identificada por cidade é destinada a Santos Dumont, na Zona da Mata: R$ 43,6 milhões. Ela contempla a construção de contorno ferroviário com extensão de 12 km. No Jequitinhonha/Mucuri, Frei Gaspar é campeã, com R$ 1,5 milhão, para desenvolvimento urbano e educação. No Sul de Minas, a cidade mais beneficiada é Pouso Alegre. Para construção de edifício-sede da Justiça Federal. Já a capital mineira é a mais contemplada quando se analisa o número de emendas propostas pelos parlamentares. São mais de 20, principalmente para a área de saúde.
A maior emenda identificada por cidade é destinada a Santos Dumont, na Zona da Mata: R$ 43,6 milhões. Ela contempla a construção de contorno ferroviário com extensão de 12 km. No Jequitinhonha/Mucuri, Frei Gaspar é campeã, com R$ 1,5 milhão, para desenvolvimento urbano e educação. No Sul de Minas, a cidade mais beneficiada é Pouso Alegre. Para construção de edifício-sede da Justiça Federal. Já a capital mineira é a mais contemplada quando se analisa o número de emendas propostas pelos parlamentares. São mais de 20, principalmente para a área de saúde.
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