Câmara dos Deputados aprova isenção de taxa para motorista
idoso ou com deficiência renovar habilitação
Motoristas idosos e com deficiência terão isenção na renovação da CNH. Foto: Divulgação/Reprodução Internet. |
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Agência Câmara Notícias*
BRASÍLIA (DF) – A Comissão de Seguridade
Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira (24),
proposta que assegura isenção da taxa de renovação da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH) para o condutor com mais de 60 anos ou com deficiência, desde
que inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico). O texto altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).
O CadÚnico é usado como critério pelo
governo federal para identificar famílias de baixa renda. Para fazer parte do
cadastro, a família precisa ter renda familiar mensal per capita de até meio
salário mínimo ou renda mensal total de até três salários mínimos.
Pela legislação atual, os condutores com
mais de 65 anos têm de fazer o exame para renovar a CNH a cada três anos e os
demais motoristas, a cada cinco anos. Todos pagam o mesmo valor pela renovação.
O texto aprovado é um substitutivo da relatora, deputada Cristiane Brasil
(PTB-RJ), para o Projeto de Lei 5383/09, do deputado Arnaldo Faria de Sá
(PTB-SP), que originalmente concedia gratuidade na taxa de renovação apenas aos
motoristas com mais de 65 anos de idade. Ao analisar o projeto e os apensados (PLs 6865/10 e 432/11), a deputada optou
por um novo texto, aproveitando dispositivos das três propostas em análise.
O PL 6865/10, do deputado Luiz Carlos
Hauly (PSDB-PR), permite a isenção da taxa para pessoas com mais de 60 anos. Já
o PL 432/11, do ex-deputado Walter Tosta, pretende conceder isenção para o
idoso com renda mensal inferior a dois salários mínimos e também para pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida.
“Concordamos com o corte de renda, de até
dois salários mínimos, bem como com a proposta que estende a isenção de taxa a
pessoas com deficiência com rendimento abaixo desse limite”, disse a deputada,
“mas, diante da dificuldade operacional de aferição individual da renda,
sugerimos a utilização do CadÚnico como referência”, completou.
Segundo ela, o pagamento de taxa de
renovação a cada três anos é injusto com os idosos de baixa renda, pois impõe
um gasto excessivo a essa parcela da população, cujos rendimentos de
aposentadoria, muitas vezes, são insuficientes para arcar com seu elevado custo
de vida.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será ainda analisado pelas
comissões de Viação e Transportes; de Finanças e Tributação; e de Constituição
e Justiça e de Cidadania.
Íntegra
da proposta:
*Reportagem
– Murilo Souza/Edição – Marcos Rossi
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