Dilma diz que não descuida da inflação e lança cruzada pela educação
Dilma Rousseff, durante pronunciamento feito em rádio e TV, nesta 4ª feira, dia do Trabalho. Fonte: Presidência da República/Blog do Planato - 1º de maio 2013. |
João Domingos, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff aproveitou o
discurso em comemoração ao Dia do Trabalho, feito em rede de rádio e TV, para
dizer que a luta contra a inflação "é constante, imutável e permanente".
E que, a partir de agora, vai privilegiar como nunca a educação, "o
instrumento que mais amplia o emprego e o salário." A inflação virou ativo
nos discursos de oposição.
Para tanto, afirmou a presidente no programa de
cerca de 12 minutos, continuará insistindo para que todos os royalties,
participações especiais do petróleo e recursos do pré-sal sejam usados na
educação. Disse que acabou de assinar um projeto de lei prevendo o repasse do
dinheiro para a educação. Na terça-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, provável candidato à Presidência da República, mandou à Assembleia
Legislativa proposta que vincula todos os royalties do petróleo à educação.
No discurso, Dilma chegou a sugerir que os
brasileiros façam pressão sobre os governos, as empresas, as Igrejas e os
sindicatos para que trabalhem mais para a educação. E que "incentivem o
seu deputado e o seu senador" para que eles votem a favor do projeto que
destina à educação toda a verba proveniente do petróleo.
"Somente assim poderemos gritar, em uma só
voz, uma nova marca de fé e amor para nosso País. Poderemos gritar, do fundo do
nosso coração: Brasil, pátria educadora".
Enaltecendo os dez anos de governo do PT, Dilma
disse que nesse período foram criados 19,3 milhões de empregos com carteira
assinada, e o salário mínimo cresceu mais de 70% em termos reais. "Somente
nos dois anos do meu governo foram criados 3,9 milhões de novos empregos."
Ela disse ainda que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pôs o Brasil numa situação
privilegiada no mundo, ao anunciar que foi o País que mais reduziu o desemprego
entre 2008 e 2012, em cerca de 30%.
A presidente disse ainda que os direitos
trabalhistas estão avançando e as dívidas sociais histórias estão sendo
resgatadas. Como exemplo, citou a recente aprovação da emenda constitucional
que estende os direitos previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
aos trabalhadores domésticos.
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