Polícia Federal prende no Norte de Minas quadrilha acusada de fraudar
licitações
Entre os
presos, um ex-prefeito e o presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz de
Salinas, acusados de desviar aproximadamente R$ 400 mil
PF realiza prisões em prefeituras da mesorregião do Norte Minas. Foto: Arquivo de O Globo. |
JORNAL EM* - A Polícia Federal (PF) em Montes Claros desencadeou, na manhã desta
quinta-feira, operação para cumprimento de mandato de prisão e de busca e
apreensão de envolvidos em desvio de recursos da Prefeitura de Santa Cruz de
Salinas, no Norte Minas, estimados em R$ 400 mil. Entre os acusados está o
ex-prefeito Albertino Teixeira, que administrou a cidade entre
2008/2012, e o atual presidente da Câmara, vereador Manoel
Teixeira.
As pessoas com mndato de prisão contra elas são acusadas dos
crimes de formação de quadrilha, fraude em licitações, lavagem de dinheiro,
peculato e desvio de verbas públicas, que eram destinadas a convênios para a
construção de rede água, de esgoto e drenagem no município; e coleta de lixo
das residências, capinação e limpeza das vias urbanas” e a “construção de
unidades de saúde rural”.
A justiça expediu para cumprimento 16 mandados judiciais,
sendo seis de prisão preventiva, seis de busca e apreensão e quatro de
afastamento cautelar das funções públicas dos servidores envolvidos.
Se condenados, as penas máximas somadas aos crimes ultrapassam
30 anos. Os presos estão sendo conduzidos para a Delegacia de Polícia Federal
em Montes Claros/MG e serão encaminhados ao Presídio Regional, onde ficarão à
disposição da Justiça Estadual de Salinas/MG.
Entenda o caso
As prisões efetuadas nesta quinta-feira faz parte da operação
desencadeada pela Polícia Federal, em junho do ano passado, e batizada de
“Máscara da Sanidade”, que cumpriu 55 Mandados de Busca e Apreensão (16 pessoas
físicas e 39 pessoas jurídicas, incluindo 36 prefeituras municipais), 49
Mandados de Sequestro de Valores, Bens Móveis e Imóveis, e 16 Mandados de
Prisão Temporária.
As investigações tiveram por finalidade, na ocasião, apurar a
suposta prática de crimes contra a administração pública, formação de
quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de capitais, dentre outros crimes e/ou
ilícitos fiscais.
Na época, a Polícia Federal concluiu que as empresas
envolvidas, em função de licitações fraudadas, venceram certames públicos em 36
municípios do Norte de Minas com desvio na execução do objeto e/ou emissão de
notas fiscais sem a correspondente prestação dos serviços. As obras cicitadas
eram executadas com recursos próprios do município.
As apurações apontaram o envolvimento de empresas, pessoas
físicas e servidores públicos que atuavam, articuladamente, de modo a fraudar
processos licitatórios, direcionando as contratações de obras públicas às
empresas integrantes da organização criminosa possibilitando, assim, o êxito em
desviar e se apropriar dos recursos públicos.
Além das prisões, naquela oportunidade, foram cumpridos
mandados de busca e apreensão em empresas pertencentes à organização criminosa,
além das sedes das prefeituras de Bocaiúva, Bonito de Minas, Brasília de Minas,
Campo Azul, Capelinha, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Cônego Marinho, Coração
de Jesus, Engenheiro Navarro, Francisco Sá, Glaucilândia, Guaraciama,
Indaiabira, Itamarandiba, Januária, Joaquim Felício, Josenópolis, Manga, Mato
Verde, Olhos D’água, Padre Carvalho, Pai Pedro, Patis, Pedras de Maria da Cruz,
Pirapora, Porteirinha, Salinas, Santa Cruz de Salinas, Santo Antônio do Retiro,
São Francisco, São João da Ponte, São João das Missões, Taiobeiras, Ubaí e
Varzelândia.
*Estado de Minas/Publicação: 09/05/2013 11:52 Atualização: 09/05/2013 12:10
Jose Raimundo Guedes, via Facebook: "Aqui em missoes nao acontece nada!"
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