Rejeição
ao voto obrigatório chega a 61%, aponta Datafolha
A rejeição ao voto obrigatório no Brasil
chegou pela primeira vez a 61%, de acordo com pesquisa Datafolha
que ouviu 2.844 pessoas em 7 e 8 de maio. A regra está prevista no artigo
14 da Constituição Federal e torna facultativo o voto apenas para analfabetos,
pessoas com mais de 70 anos e os que têm 16 ou 17 anos. As informações foram
publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
De acordo com o levantamento, se tivessem
opção, 57% dos eleitores não votariam no próximo dia 5 de outubro, outro
recorde. A pergunta sobre comparecimento é feita desde 1989. Nas pesquisas
anteriores, o total dos que não votariam se não houvesse obrigatoriedade nunca
superou 50%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou
para menos.
Ainda, segundo Datafolha, “o percentual
de nulos, brancos e indecisos nunca foi tão alto” nas sondagens de opinião do
Instituto, que apontou 24%. Ou seja, 16%
dos eleitores brasileiros votariam “nulo e/ou branco” se eleição fosse hoje.
Além disso, 8% do total do eleitorado no País não saberiam em que votar se a
disputa eleitoral fosse realizada hoje.
No grupo dos que têm entre 16 e 24 anos,
a rejeição é de 58%, um índice alto em relação aos padrões anteriores. No
eleitorado de 45 a 59 anos, a opinião desfavorável à obrigatoriedade chega
a 68%. Em relação à renda e à escolaridade, quanto mais rico e
escolarizado, maior a rejeição. Entre os que têm renda familiar mensal acima de
dez salários mínimos, 68% são contra. Entre os que têm ensino superior, 71%
rejeitam.
O Datafolha aponta também um eventual 2º turno nas eleição presidencial |
Eleitor
não quer votar. "Tragédia", diz Cristovam
Pesquisa
Datafolha aponta que 61% dos brasileiros são contra o voto obrigatório e 57%
não votariam se tivessem essa opção; desencanto com a política está expresso na
alta porcentagem de eleitores que pretendem votar branco ou nulo nas próximas
eleições; "A preferência nas pesquisas pelo voto nulo, pelo voto em
branco, é uma tragédia nacional! É o descontentamento com as lideranças",
diz o senador Cristovam Buarque (PDT-DF); rejeição é maior entre os mais ricos
e escolarizados; voto facultativo, diz a pesquisa, favoreceria o PT
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