Levantamento da
equipe do governo de MG aponta baixa execução do Programa 'Água para Todos'
Reunião da força-tarefa da água, na Sedinor, diz que o 'Programa Água para Todos' não avançou nas suas ações no Estado de MG. Foto: ACS Sedinor/ Carla Moraes. |
Com ACS/Sedinor
O
secretário de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais,
Paulo Guedes, apresentou, nessa segunda (16/3), na 6ª reunião da força-tarefa
da água, um levantamento da execução do programa Água para Todos pela Sedinor,
entre os anos de 2011 e 2014. O relatório detalhou as ações já executadas, as
que estão por concluir, os entraves e os números globais do programa. A
conclusão é que, mesmo com recursos garantidos em convênios, o governo do
Estado não conseguiu avançar na execução das ações, nos últimos anos.
O
programa, oriundo de parceria ente os governos estadual e federal, tem o
objetivo de promover a universalização do acesso à água em áreas rurais para
consumo humano e para a produção agrícola e alimentar. Do montante pactuado, um
orçamento de aproximadamente R$ 550 milhões, apenas R$ 153,8 milhões foram
executados até janeiro de 2015, o que representa 27,96% do total dos convênios.
O
secretário Paulo Guedes citou um dos convênios firmados com o Ministério da
Integração Nacional em 2012, no valor de R$ 83,6 milhões, para a construção de
516 sistemas simplificados de abastecimento de água, que tem hoje apenas quatro
deles executados. Outro convênio de 2013, no valor de R$ 100,9 milhões, para a
construção de 962 pequenas barragens, tem zero de execução. “De nada adiante
termos programas com recursos garantidos, se as ações não chegam a quem
realmente precisa. Temos de redesenhar a forma de execução dos projetos que, no
formato atual, atendem um número muito pequeno de famílias. As licitações
feitas de forma fracionada provocam demora na execução e elevação do preço
final. A falta de fiscalização é também um gargalo”, disse Paulo Guedes ao
lembrar que o programa conta com apenas onze servidores, sendo apenas um
engenheiro, para um orçamento de R$ 550 milhões. Segundo o secretário, com os
recursos já assegurados é possível acabar definitivamente com o abastecimento
por caminhões-pipa na região e garantir água a todas as famílias que vivem em situação
crítica.
O
secretário de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, coordenador da
força-tarefa, afirmou que está buscando alternativas para atender a demanda da
Sedinor, especialmente quanto ao corpo técnico. “Já recebi a determinação do
governador Fernando Pimentel para resolver esta questão, sabemos que disso
depende a execução das ações no Norte e Nordeste de Minas Gerais”, disse.
O
secretário Paulo Guedes também relatou que pelo menos 100 poços que foram
perfurados e instalados nos últimos anos não estão funcionando por falta de
ligação de energia elétrica. O mesmo problema foi relatado pela Codevasf, pelo
Dnocs e pela Copasa, que também realizam ações de abastecimento de água na
região. O superintendente da Cemig, Nelson Benício, informou que a Companhia
vai corrigir o problema deixado pela gestão anterior e que a Cemig já estuda a
possibilidade de adequação o manual de obras para que todas as ligações sejam
feitas no tempo solicitado.
Também
participaram da reunião os secretários de Transporte
e Obras Públicas (Setop), Murilo Valadares, de Desenvolvimento
Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru), Tadeu Leite, e de
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa,
além da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Instituto
Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Agência Reguladora
de Água e Esgoto (Arsae MG), Ruralminas, Defesa
Civil e Fundação HidroEX,
Departamento Nacional de Obras contra a seca (Dnocs MG), Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf) e a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa).
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