Governo de MG aprova reforma administrativa na Assembleia e
ganha prazo para negociar Lei 100
Criação das secretarias de
Direitos Humanos e de Desenvolvimento Agrário permite ao Estado desenvolver
relevantes políticas sociais e econômicas
Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprova reforma administrativa no Estado e estende prazo até dezembro para os funcionários sem concurso da LC 100. Foto: Ag. Minas |
BELO HORIZONTE (MG)* – O
governo de Minas Gerais promove, a partir da aprovação do projeto da reforma
administrativa pela Assembleia Legislativa (Alemg), na noite da última terça-feira (10/3),
alterações na estrutura administrativa do Estado. Com o projeto aprovado, o governador Fernando
Pimentel poderá colocar em prática algumas das propostas feitas durante a
campanha e que o levaram ao Executivo: a atenção às minorias, com a criação de
uma pasta específica de Direitos Humanos, e atenção aos pequenos produtores,
com a pasta de Desenvolvimento Agrário.
A reforma criou três pastas: Direitos
Humanos, Participação Social e Cidadania, cujo secretário será Nilmário
Miranda; Desenvolvimento Agrário, comandada por Glênio Martins; e Recursos
Humanos, que terá como gestor Gamaliel Herval. A secretaria de Esportes e Juventude
foi dividida em duas. Carlos Henrique será o secretário de Esportes, e Geraldo
Pimenta assumirá o Turismo. Com isso, o número de secretarias vai de 17 para
21. Porém, a mesma reforma prevê a extinção de três órgãos com status de
secretaria: Escritórios de Prioridades Estratégicas e de Representação em
outros estados, reduzindo o número de órgãos, neste caso, de 11 para 8.
O impacto financeiro com as novas pastas
é de aproximadamente R$1,2 milhão anuais, sendo que R$ 660 mil já foram
absorvidos com a extinção dos órgãos com status de secretaria citados acima.
Quanto aos cerca de R$ 585 mil restantes, esse impacto será zerado com a
extinção cargos de recrutamento amplo. Por determinação do governador Fernando
Pimentel, logo após tomar posse, secretarias e outros órgãos cortaram 20% das
vagas destinadas a cargos comissionados. Sendo assim, a reforma administrativa terá
impacto zero no orçamento.
Na proposta original, a Ouvidoria Geral
do Estado seria enquadrada como subsecretaria, o que não impactaria no aumento
de pastas na estrutura, em termos quantitativos. Porém, mantê-la com o status
de secretaria foi uma das demandas cruciais que possibilitaram o entendimento
entre a base aliada e a oposição durante a tramitação da matéria na Assembleia
Legislativa. O texto da reforma teve o voto favorável de 53 deputados.
Mais tempo para servidores
Além da reforma, uma emenda apresentada
pelo deputado Rogério Correia (PT) estende para 31 de dezembro deste ano o
prazo para que o governo substitua funcionários efetivados pela Lei
Complementar 100 por servidores concursados. Até lá, os servidores permanecem
nos cargos, sendo contemplados pelo regime do INSS. A Lei 100, aprovada em
administração anterior para efetivar milhares de servidores não concursados – a
maioria da Educação -, foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal
Federal em 2014.
A Corte havia dado prazo para a
substituição dos servidores até 1º de abril próximo, restando, desta forma,
apenas três meses para que a nova administração se enquadrasse na decisão.
Frente a isso, o governador Fernando Pimentel argumentou ser de extrema
necessidade que os servidores não fossem exonerados em nome do andamento do ano
letivo e de aposentadorias que estão por vir. Paralelamente, o governo elabora
um cronograma de novos concursos e nomeações de concursados.
O governo do Estado de Minas Gerais
reafirma a sua intenção de conduzir o processo com diálogo junto aos servidores
e da maneira menos traumática para todas as partes. Resta retificar que o
processo foi conduzido com total respeito à autonomia legislativa, ou seja, por
meio de projeto de lei e não de lei delegada, culminando em um consenso entre
deputados da base e oposição.
Com Agência Minas/ Adaptações de texto, imagem e legenda FN Café NEWS
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