Mercadante reconhece
dificuldade para estados e municípios pagarem o piso salarial do magistério
Mercadante admite dificuldade de caixa para estados e municípios pagarem o piso nacional de professor. Foto: Arquivo/MEC 2012. |
Yara Aquino/Repórter da Agência
Brasil
BRASÍLIA (DF) – O ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse na terça-feira (29/1) que o piso nacional do magistério, tal como foi
aprovado, “tensiona” as contas dos estados e municípios ao longo dos anos. Ele
defendeu uma solução conjunta entre governantes e professores para valorizar o
professor de forma compatível com as receitas estaduais e municipais.
Sancionada em 2008, a Lei 11.738, que estabelece o
piso nacional do magistério público da educação básica, determinou um valor
mínimo que deve ser pago pelos estados e municípios a professores da rede
pública com jornada de 40 horas semanais.
“A lei como está, ao longo dos próximos anos,
tensiona demais as finanças municipais e estaduais, e temos que ter crescimento
salarial dos professores que seja sustentável, progressivo e compatível com os
recursos orçamentários”, disse o ministro, ao participar do Encontro Nacional
de Novos Prefeitos e Prefeitas. Na avaliação de Mercadante, é importante que a
questão seja resolvida ainda este ano.
De acordo com Mercadante, entidades como a
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a União Nacional
dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) reconhecem que a lei que trata
do piso precisa de ajustes e apresentaram propostas de alteração que estão em
discussão no Congresso Nacional.
“Reconhecemos que tem problemas da forma como a lei
foi aprovada e há o compromisso da CNTE e Undime para se chegar a um
entendimento que ajuste a legislação para valorizar o professor de forma
compatível com a receita dos municípios e estados”, completou.
O ministro disse que a posição do Ministério da
Educação é que o piso nacional do magistério precisa continuar crescendo de
forma sustentável e progressiva, para atrair bons profissionais. Ele apontou
como alternativa de financiamento a destinação dos recursos dos royalties
do petróleo para a educação. “Se tivermos recursos dos royalties, vamos
resolver o problema de financiamento, inclusive salarial dos professores”.
No início deste mês, o MEC anunciou que o reajuste
do piso salarial nacional do magistério da educação básica para 2013 será
7,97%. Com o aumento, o piso passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 e já será pago por
estados e municípios em fevereiro.
Edição: Davi Oliveira
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