Vice-governador
Alberto Pinto Coelho e presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro, falam para
chefes de executivos da região em tom que faz lembrar 'candidatos em campanha
ao governo do Estado'
O nome do vice-governador, Alberto Pinto Coelho, desponta como potencial candidato ao Governo de MG. Foto: Blog de Notícias do jornalista João Carlos Amaral abr/2013. |
Com informações de Luiz Ribeiro/Jornal EM
Deputado Dinis Pinheiro, presidente da Assembleia de MG. Foto: Jornal Hoje em Dia. |
Possíveis candidatos ao governo de Minas em 2014, o
vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP) e o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), participaram ontem em Montes
Claros de um encontro que reuniu cerca de 70 prefeitos das regiões Norte e
Central de Minas. Durante o evento, que teve como tema “a gestão municipal”, os
dois procuraram conquistar a simpatia da plateia abordando um assunto preferido
por 10 entre 10 prefeitos: a necessidade de maior repasse de recursos para os
municípios.
O vice-governador anunciou que em 2013 e 2014 o
governo estadual vai fazer investimentos de R$ 28 bilhões em saúde,
educação e infraestrutura, beneficiando principalmente os municípios. Já o
presidente da Assembleia fez uma forte defesa do municipalismo. Alberto Pinto
Coelho e Dinis Pinheiro foram a Montes Claros acompanhados de uma comitiva
integrada por cinco deputados federais, entre eles o secretário nacional do
PSDB, Rodrigo de Castro, seis deputados estaduais e três secretários estaduais
(todos parlamentares licenciados).
Alberto Pinto Coelho, em entrevista, declarou que é
pré-candidato a governador. Ele negou, no entanto, o uso do encontro com os
prefeitos para fazer campanha. “A questão de 2014 é um processo que ainda
demandará etapas a serem vencidas”, disse. Mesmo alegando que não pretende
antecipar o debate em torno da sucessão estadual, o vice-governador acabou
dirigindo farpas ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Fernando Pimentel, possível candidato do PT ao governo, como se estivesse em
plena disputa eleitoral. “O fato de o ministro estar ficando dentro do gabinete
em Brasília, cuidando mais da questão nacional, faz com que ele não esteja
acompanhando a realidade de Minas Gerais”, disparou Pinto Coelho, ao responder
pergunta sobre a reclamação do ministro a respeito das leis ambientais do
estado, que estariam emperrando as obras de duas barragens no Norte de Minas.
O vice-governador criticou fala do ministro, que,
ao fazer palestra na cidade, em 20 de março, afirmou que o país vive em ritmo
de crescimento e de otimismo. “Dizer que o Brasil vive em céu de brigadeiro não
é falar a verdade. Como o país vai bem se teve um crescimento do PIB (Produto
Interno Bruto) de 0,9% em 2012 e vive o risco da volta da inflação?”,
questionou.
Dinis Pinheiro, um dos cotados para ser o candidato
tucano ao governo – os outros nomes lembrados são o secretário de Ciência e
Tecnologia, Nárcio Rodrigues, e Marcus Pestana –, fez um discurso em que adotou
a mesma linguagem dos prefeitos, que cobram maior repasse de verbas federais
para os municípios. “Infelizmente, vivemos um regime em que a Federação
estrangula o estado e sufoca os municípios”, afirmou Pinheiro. Ele também
defendeu o maior repasse de recursos às prefeituras, para que tenham condições
de investir na assistência à saúde da população. Disse que já está em andamento
projeto de lei de iniciativa popular para o recolhimento de assinaturas,
visando a volta da obrigatoriedade de que 10% da arrecadação bruta da União
sejam destinados à saúde.
Palestra
Ministro e ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel. Foto: Revista Veja abr/2013. |
O Norte de Minas também já foi alvo de investida do
ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel,
pré-candidato a governador pelo PT. No último dia 20, ele proferiu palestra em
evento na cidade, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas
Gerais (Fiemg). Embora o tema da palestra fosse o desenvolvimento, sendo
destinado a empresários, o encontro acabou ganhando o tom político, reunindo na
plateia um número considerável de prefeitos, vereadores e outras lideranças,
grande parte filiada ao Partido dos Trabalhadores. Contudo, o ministro
ponderou: “Nós agora estamos tratando da questão do desenvolvimento. A
pré-candidatura ao governo do estado fica pra depois”.
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