Manifestações têm clima tenso em diferentes cidades do Brasil
Protestos e manifestações tornam acintosos no dia da Independência do Brasil. Fotos: Estadão 7 set. 2013. |
Organizados nas redes sociais, atos
previstos em todos os Estados levaram milhares às ruas neste sábado;
reivindicações vão de combate à corrupção à reforma tributária. Isso evidencia a identidade de uma nova geração: 'a geração rede social'.
FATOS DESDOBRADOS NESTE SÁBADO: Policiais e manifestantes
entram em confronto após atos de vandalismo em Brasília no 7 de Setembro; Público sofre com gás lacrimogêneo no Rio;
pelo menos 15 foram detidos; Manifestantes tentam entrar no Congresso e
são contidos pela PM em Brasília; Manifestantes invadem desfile de Sete de
Setembro no Rio; há confrontos pelo País: Policiais entram em confronto com manifestantes...
Com estádio ainda vazio, Brasília tem confusão nas ruas
Expectativa dos organizadores é que o público acesse o local mais perto do horário do início da partida
Almir Leite e Ricardo Della Coletta /Agência Estado
BRASÍLIA - Uma hora depois da abertura dos portões,
o Estádio Mané Garrincha está praticamente vazio. Poucos torcedores chegaram
cedo para assistir à partida amistosa entre Brasil e Austrália, a partir das
16h15 deste sábado, e a expectativa dos organizadores é que o público acesse o
local mais perto do horário do início da partida.
A exemplo do ocorrido na partida inaugural da Copa
das Conferações, os portões do estádio brasiliense foram abertos depois do
horário programado. Em 15 de junho, quando o Brasil venceu o Japão por 3 a 0,
os torcedores começaram a entrar no Mané Garrincha com 40 minutos de atraso.
Naquele dia, os fortes protestos nos arredores do estádio motivaram o adiamento
da liberação do acesso.
Neste sábado, o atraso foi de 20 minutos. Os
arredores do estádio estavam bastante policiados - 1.800 policiais foram
designados para fazer a operação de segurança do amistoso - e um cordão de
isolamento para tentar evitar que manifestantes alcançassem o entorno foi
montado a cerca de 1,5 quilômetro do Mané Garrincha.
Às 14h30 um grupo tentava caminhar em direção ao local
da partida, monitorados pela polícia até mesmo de um helicóptero. O shopping
Brasília, há cerca de 1 quilômetro do estádio, fechou as portas às 13h45.
A Polícia Militar do Distrito Federal usou bombas
de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os cerca de 400
manifestantes que caminhavam em direção ao estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Neste momento, a tropa de choque presente ao Eixo
Monumental, principal via de acesso ao estádio, usou balas de borracha para
conter o protesto. Parte do grupo estava antes na W3 Norte, outra via
importante da cidade, onde também foram registrados confrontos com a polícia
militar. Os manifestantes atiraram pedras contra uma concessionária da JAC
Motors e depredaram ao menos um veículo.
A CBF e os organizadores estimam que cerca de 40
mil pessoas vão assistir ao amistoso da seleção brasileira. Até o final da
tarde de sexta-feira, 32 mil bilhetes haviam sido vendidos. Isso ocasionou uma
mudança no planejamento de venda dos ingressos. Ao contrário do que havia sido
combinado, a venda continuou neste sábado, até as 14 horas, num shopping da
capital.
Por dentro, o Mané Garrincha, que tem sido usado
constantemente para partidas do Campeonato Brasileiro está malcuidado. Há muita
sujeira, poeira e fiação exposta na área da imprensa, sinal de improviso. Do
lado externo, ainda há lixo de partidas anteriores.
Minuto a
Minuto
17h09 - São Paulo: Polícia joga bombas de
efeito moral em manifestantes, após eles quebrarem vidraças da Câmara
Municipal. 17h07:São Paulo: Manifestantes revidam com rojões e
pedras as bombas de gás lacrimogênio que são jogadas pela Polícia, na
frente da Câmara Municipal. Protestantes quebraram a vidraça principal do
órgão. 17h03
São Paulo: Seis bombas de gás lacrimogênio foram arremessadas pela Polícia
Militar nos manifestantes em frente à Câmara Municipal, já que o grupo
tentou entrar no prédio. Cerca de dois mil manifestantes protestam no
local. 16h59 São Paulo: Um manifestante arremessou um objeto
com um estilingue em um dos vidros da fachada do prédio da Procuradoria
Geral do Município, na Rua Maria Paula, que está totalmente bloqueada.
16h55 São Paulo: Manifestantes fecham o viaduto Dona Paulina,
no centro. A especulação é de que o protesto vá até a frente da sede da
Prefeitura, no Viaduto do Chá. Há dois helicópteros da Polícia Militar
voando baixo na região. O maior dos cartazes carregados pelo grupo pede
a saída do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Pichações contra o
político também foram feitas ao longo da Avenida Vinte e Três de Maio. 16h49 São
Paulo: Os manifestantes começaram a deixar a Avenida Vinte e Três de
Maio, na altura do Viaduto Jaceguai, pegando a alça de acesso para a
região do Parque do Ibirapuera. Há centenas de pessoas. Um helicóptero
Águia da Polícia Militar sobrevoa os protestos. 16h49 São Paulo: Grupo de Black Blocs picham paredes na Avenida Vinte e Três de Maio. 16h34 São Paulo: Manifestantes caminham entre carros na Avenida
Vinte e Três de Maio. Protesto é acompanhado pela Polícia Militar. 16h32
São Paulo: Um grupo de manifestantes arremessou pedras contra
policiais militares que fazem a escolta da cabeceira da manifestação
na Avenida Vinte e Três de Maio. A Polícia Militar acompanha o protesto
em motos e viaturas, sempre a cerca de dez metros de distância. 16h30 Recife:
Duas pessoas foram presas por estarem usando máscaras na saída do
protesto organizado pela Operação Sete de Setembro. O rapaz abordado
pela polícia não quis tirar a máscara, reagiu e foi dominado pelos policiais.
Foram jogadas bombas de gás lacrimogênio. A concentração foi iniciada às
14 horas e os policiais abordavam quem estava com mascára. 16h25 São Paulo:
O sentido Congonhas da Avenida Vinte e Três de Maio foi liberado. Os manifestantes
ainda ocupavam a outra pista da avenida. Motoristas encontram lentidão
no sentido zona norte. 16h22 São Paulo: Manifestantes caminham na
Avenida Vinte e Três de Maio, no sentido centro.
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