Pimentel anuncia força-tarefa
para enfrentar a crise no abastecimento de água em MG
Governador espera que a sociedade responda positivamente, contribuindo
para reduzir os impactos da situação
Governador Pimentel anunciou hoje (23/01), em BH, uma série de ações para o enfrentamento da crise hídrica no Estado de MG. Foto: Wellington Pedro/Imprensa MG. |
BELO HORIZONTE (MG) – O governador Fernando
Pimentel (PT) anunciou, nesta
sexta-feira (23/01), uma série de ações do Governo do Estado para tentar contornar
a crise de abastecimento de água em Minas Gerais, que afeta principalmente a
Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Entre elas, está a criação de
uma força-tarefa entre secretários estaduais e presidentes de empresas e
autarquias para a elaboração e execução de projetos destinados a minimizar o
problema. Na próxima semana, Pimentel também irá se reunir com a presidente
Dilma Rousseff em busca de apoio nas ações desenvolvidas pelo Estado.
Além das ações emergenciais anunciadas pela Companhia de Saneamento de Minas
Gerais (Copasa), como a campanha para redução de 30% no consumo de água pela
população da região metropolitana da capital e as intervenções visando a
diminuição do desperdício da água disponibilizada pela companhia, o governador
também destacou as ações de curto, médio e longo prazo que serão desenvolvidas.
“Todos os sinais apontam para a necessidade de uma ação muito efetiva do
Governo Estadual, com o apoio da população e com o apoio da imprensa, para
divulgar as medidas para que possamos reduzir o consumo e conseguirmos
atravessar o ano sem desabastecimento”, afirmou Pimentel durante coletiva de
imprensa no Palácio Tiradentes.
A força-tarefa irá centralizar e coordenar todos os esforços do Governo
do Estado nessa direção. “Nós já identificamos uma série de projetos e
programas que estavam dispersos na administração estadual e até federal, como
projetos de construção de pequenas barragens em bacias hidrográficas no
interior do Estado, no Norte de Minas, e que não faziam parte de um esforço, de
um planejamento integrado”, disse o governador.
Medidas
Ações
publicitárias sobre a importância do consumo responsável também serão
veiculadas a partir da próxima semana. Ainda segundo Pimentel, o Estado está se
esforçando para conseguir autorização do Instituto Mineiro de Gestão das Águas
(Igam) para iniciar uma política de sobretaxa na conta de água para iniciar a
redução de consumo com mais rapidez.
Já a médio
prazo estão previstas a realização de obras para alterar o ponto de captação de
água do rio Paraopeba no sentido de reforçar o reservatório do rio Manso –
principais responsáveis pelo abastecimento da capital e região metropolitana. O secretário de Estado de Transportes e
Obras Públicas, Murilo Valadares, informou que está sendo analisada a
viabilidade jurídica para utilização da parceria público-privada no rio Manso
para ampliar em quatro metros cúbicos por segundo a captação de água no rio
Paraopeba, com a implantação de uma adutora com quatro quilômetros de extensão.
“Vamos fazer
todo o esforço esse ano porque pode acontecer de outubro não chover. Então,
nosso esforço, quatro metros cúbicos, resolve muita coisa em Belo Horizonte a
curto prazo. A médio prazo, estamos olhando para o rio Taquaraçu, que é mais
importante que o rio Jaboticatubas. Estamos olhando a possibilidade de fazer
uma barragem no rio das Velhas e também tem outra captação no rio Paraopeba de
mais um metro cúbico para Serra Azul”, explicou o secretário.
A longo prazo,
o governo estadual planeja reforçar a captação de água no rio das Velhas com a
construção de reservatórios e estudos para captação na bacia do rio
Jaboticatubas. Ainda durante a coletiva, Pimentel lamentou o atraso nas ações
desenvolvidas pelo governo anterior para prevenir a falta de água no Estado.
“A inclinação
da curva do nível dos reservatórios do sistema Paraopeba, que abastece a região
metropolitana, indicava a necessidade de algum tipo de medida de contenção de
consumo. Nada foi feito e, hoje, nós temos que enfrentar essa situação com mais
empenho. Essa é uma questão grave que afeta o Estado de Minas Gerais como um
todo e nós vamos precisar muito da colaboração da população”, afirmou.
Legislação
A Copasa
iniciou processo junto ao Instituto
Mineiro de Gestão das Águas (Igam) no
sentido de adotar medidas que possam levar a um consumo mais consciente,
forçando a redução da demanda por parte da população. O secretário de Estado de Casa Civil e
de Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende Teixeira, lembrou que a
legislação relativa ao tema é federal e atende todas as questões necessárias,
“tanto de eventual racionamento, como de aplicação de outros meios, e aí são os
financeiros, tarifa ou redução de tarifa para incentivo, uma série de outros
fatores que podem ser feitos para contornar essa situação”. Levantamento da
Defesa Civil mostra que, dos 224 municípios mineiros que não são atendidos pela
Copasa, 50 deles já se encontram com racionamento de água e outros 13 com a
prática de rodízio. Além deles, outras 36 cidades já estão em situação de
alerta.
Com
Agência Minas/Adaptações de texto, legenda e imagem FN Café NEWS
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se à vontade para postar seu comentário.
Espaço aberto à participação [opinião] e sujeito à moderação em eventuais comentários despretensiosos de um espírito de civilidade e de democracia.
Obrigado pela sua participação.
FN Café NEWS