Segundo escalão leva ‘aliados’ a
pressionar o PT
O secretário de Governo/MG Odair Cunha (PT-MG). Foto: Sergio Lima/Folhapress. |
Com Isabella Lacerda/Jornal O Tempo - BH
Passada a nomeação do
secretariado, o governo de Fernando Pimentel (PT) retomou as negociações com os
partidos para definir o loteamento de cargos no segundo escalão. Depois de
algumas legendas saírem insatisfeitas com a distribuição dos espaços, nessa quinta-feira (15/1),
o secretário de Governo, Odair Cunha, se reuniu com o presidente do PCdoB de
Minas, Wadson Ribeiro, para negociar.
A preferência é que as siglas que foram
contempladas no primeiro escalão também possam definir adjuntos e cargos de
direção dentro de suas pastas, o que é conhecido no meio político como
indicações de “porteira fechada”. As que ainda vão aderir à base governista na
Assembleia, como PV e PSD, também terão prioridade.
O PCdoB, por exemplo, foi contemplado com a Secretaria de Turismo.
Agora, espera poder definir os demais ocupantes dos cargos na pasta. “A
intenção é que o PCdoB tenha voz ativa dentro de todas as instâncias do Turismo
no Estado. As indicações dos nomes deverão ser feitas por nossos deputados
estaduais”, ressalta Ribeiro.
Quem também já conversou com Odair Cunha e outros nomes de
confiança do governador foi o PSD. Segundo o deputado Fábio Cherem, na nova
legislatura o partido irá compor a base governista do PT. O curioso é que o PSD
foi aliado dos tucanos na última gestão. “Existe, sim, o interesse de
participar do novo governo, e as conversas estão acontecendo”, resume Cherem.
Mas, segundo outro nome da legenda, o governo já garantiu que quem
de fato atuar ao lado de Pimentel na Assembleia terá espaços no segundo e
terceiro escalões, mas as nomeações ficarão para fevereiro.
“Não adianta nomear e na hora ‘H’ não ter o apoio do partido. Isso
tudo tem que acontecer na prática, e a ordem é deixar espaços até fevereiro,
quando o quadro estará mais consolidado”, argumenta um deputado. O mesmo
processo ocorrerá com o PV, que já teria espaços garantidos na nova
administração em troca de uma união no Legislativo. “O PV foi o primeiro
partido a mostrar que vai apoiar Pimentel. Então ele terá, sim, mais espaços”,
garantiu outra fonte.
Um exemplo de quem mudou de lado e pode ser prestigiado pelo novo
governador é o PR. Apesar de a sigla ter optado por apoiar Pimentel ainda
durante a campanha eleitoral, já foi presenteada no primeiro escalão com a
Secretaria de Defesa Social e ainda deverá ganhar cargos na Companhia de
Saneamento de Minas Gerais (Copasa). Nos bastidores, Antônio César Pires de
Miranda Júnior, que é prefeito de Rio Acima, é um dos cotados para uma vaga de
diretor.
Foco na Assembleia
Base.Até o momento, o governador
Fernando Pimentel conta com 35 nomes como base na Assembleia. As negociações
entre os partidos podem aumentar este número para 45.
Aliado? Além de PV, PSD e PR, que não
estiveram na coligação de Pimentel nas eleições, o PSB também pode negociar com
os petistas.
Espera. As nomeações para segundo e
terceiro escalões terão que levar em conta a ordem de Pimentel de deixar 25%
dos cargos vagos até as contas melhorarem.
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