Athos
Avelino é 'forçado a desistir' de candidatura à prefeitura de Montes Claros,
segundo EM
Athos pode deixar a disputa pela prefeitura de Montes Claros. Foto: Luis Gusmão. |
Isso
é ainda oficioso, mas já circula fortemente como oficial nos bastidores políticos,
esquinas, avenidas e ruas de Montes Claros.
Se
Athos tem ainda chances de reverter junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
não se sabe direito. O correto é: 'o estrago já foi feito na campanha do
ex-prefeito e, dificilmente, ocorrerá a polarização entre Athos Avelino (PSB) e
Jairo Ataíde (DEM), a qual foi 'tão sonhada' no meio político montesclarense
nas eleições deste ano.
VEJA MATÉRIA DO EM/BH
Luiz Ribeiro/ Jornal Estado
de Minas: 10/09/2012 06:55 Atualização: 10/09/2012 09:59
A
Lei da Ficha Limpa poderá provocar uma mudança na disputa pela Prefeitura de
Montes Claros, sexto maior colégio eleitoral de Minas Gerais. Nesta
segunda-feira, o ex-prefeito Athos Avelino (PSB), candidato a prefeito pela
Coligação “Montes Claros em Boas Mãos”, deverá deixar a campanha e ser
substituído pelo ex-deputado federal Humberto Souto (PPS). Souto informou que
teria recebido o convite para assumir a candidatura e, também, que ele e Athos
devem se reunir nesta segunda-feira para “definirem estratégias” e que o
ex-prefeito concederá entrevista coletiva para anunciar a renúncia.
Athos
Avelino poderá deixar a disputa depois de ser enquadrado na Lei da Ficha em
função de condenação sentenciada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em
junho de 2009, em ação de investigação eleitoral por abuso de poder político na
campanha de 2008, quando era prefeito e tentava a reeleição. Ele foi acusado de
participar do evento evangélico “Semana da Paz”, que contava com o apoio da
prefeitura, realizado em outubro de 2008. O ex-prefeito recorreu ao Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), que confirmou a condenação, sendo que a ação
transitou em julgado em 28 de fevereiro de 2012.
No
final de julho último, a candidatura de Athos à prefeitura foi indeferida pela
juíza Silvia Rodrigues de Oliveira Brito, da 184ª Zona Eleitoral de Montes
Claros, que considerou que a Lei da Ficha Limpa ampliou de três para oito anos
o prazo de inelegibilidade dos condenados por órgãos colegiados. Os advogados
do ex-prefeito recorreram ao TRE, alegando que a sentença já tinha transitado
em julgado e que ele cumpriu os três anos de inelegibilidade. No entanto, a
Corte do TRE teve o mesmo entendimento da juíza de primeira instância e
confirmou o indeferimento da candidatura.
Apesar
desse resultado, Athos entrou com novo recurso junto ao TSE e manteve a
campanha pela Prefeitura de Montes Claros. Na terça-feira passada, no entanto,
ao julgar um caso parecido, em Araras (SP), o TSE confirmou o prazo de oito
anos de inelegibilidade para os condenados com base na Lei da Ficha Limpa. Nota
publicada no próprio site do TSE diz que “os ministros do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) decidiram, por maioria, que é possível aplicar a
inelegibilidade de oito anos prevista na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar
nº 135/2010) mesmo em relação a condenações transitadas em julgado sobre fatos
anteriores à vigência da lei”.
Reunião
Nesse
domingo à tarde, o ex-prefeito teria se reunido com lideranças e dirigentes dos
partidos que lhe dão apoio e anunciado que, diante da indefinição jurídica,
estava disposto a se afastar da disputa antes mesmo da decisão final sobre o
recurso que apresentou ao TSE. Athos teria sugerido também que fosse
substituído por Humberto Souto. Na ocasião, ele teria se comprometido, embora
desistindo da candidatura, continuar participando da campanha.
O
candidato a vice da chapa continuria sendo o vereador Claudim da Prefeitura.
Mas, o número na urna eletrônica deverá mudar, já que Athos é do PSB (40) e
Humberto Souto é filiado ao PPS (23).
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