FNDE prevê aumento de 10,5%
nos repasses do salário-educação
O salário educação é formado por contribuição das empresas e financia programas da educação básica. (Foto: Júlio César Paes/Ascom-MEC) |
Agência Brasil/Thais Leitão
BRASÍLIA - O valor do repasse do salário-educação a
secretarias estaduais, municipais e distrital, este ano, pode chegar a R$ 9,794
bilhões, segundo estimativa publicada hoje (18) pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação (MEC), no Diário Oficial da União (DOU). O
montante representa um aumento de aproximadamente 10,5% em relação ao valor
repassado no ano passado (R$ 8,864 bilhões).
Do total de recursos previstos para 2013, R$ 4,749
bilhões serão repassados às redes estaduais e R$ 5,044 bilhões, às municipais.
O salário-educação é uma contribuição social de
empresas públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social,
destinada ao financiamento de programas, projetos e ações da educação básica
pública. A alíquota para cálculo é 2,5%, que incide sobre o valor total das
remunerações pagas ou creditadas mensalmente a qualquer título aos empregados
das empresas contribuintes.
Do total arrecadado, 10% ficam com o FNDE para
reforçar o financiamento da educação básica. Dos 90% restantes, um terço
representa a cota federal, que deve ser aplicada para reduzir os desníveis
socioeducacionais entre os municípios e os estados brasileiros; e dois terços
são a cota que vai para estados e municípios.
Esses recursos são depositados mensalmente nas
contas-correntes das secretarias de Educação dos estados, do Distrito Federal e
dos municípios. Os valores são proporcionais ao número de alunos matriculados
na educação básica das respectivas redes de ensino, apurado no Censo Escolar.
De acordo com a autarquia, vinculada ao Ministério
da Educação, a estimativa anual de repasses é calculada com base na previsão da
arrecadação da contribuição social do salário-educação, podendo haver alteração
ao longo do ano.
Há uma semana, o FNDE prorrogou
o prazo para envio da prestação de contas de
três programas: Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Programa
Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate) e Programa Dinheiro Direto na
Escola (PDDE).
Os estados, o Distrito Federal e os municípios
terão até dia 30 de abril para enviar os dados referentes aos anos de 2011 e
2012 pelo Sistema de Gestão de Prestação de Contas (SiGPC), conhecido como Contas
Online. Aqueles que não cumprirem o prazo podem ficar sem os recursos dos três
programas enquanto não regularizarem a situação. Segundo o FNDE, “o adiamento
ocorreu para que nenhum ente federativo seja prejudicado, pois se trata de uma
nova sistemática de apresentação das prestações de contas, por meio
eletrônico".
Distribuição – Compete ao FNDE redistribuir o volume de
recursos entre os estados e os municípios. Deduz-se 1% de taxa de administração
para a Receita Federal do Brasil (RFB) e o restante é administrado pelo fundo.
Dez por cento desse total são aplicados pelo FNDE em programas, projetos e
ações voltados para o ensino básico. Os 90% restantes são rateados em duas
cotas: a federal (um terço) e a estadual e municipal (dois terços).
Edição: Juliana Andrade
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