Governo
anuncia mais R$ 400 milhões para crédito emergencial contra estiagem
Sertanejo tira água para o gado do que resta de uma
lagoa quase seca em Frei Paulo, no Sergipe – Nordeste brasileiro. Fotos: Lunae Parracho/Reuters
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BRASÍLIA - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann,
anunciou um incremento de R$ 400 milhões na linha emergencial de crédito para o
enfrentamento da estiagem no Semiárido do Nordeste, totalizando R$ 1,9 bilhão.
Os agricultores familiares terão acesso a empréstimos de até R$ 12 mil, com
taxas de juro de 1%, com 40% de desconto sobre as parcelas quitadas dentro do
vencimento. São dez anos para pagamento, e três anos de carência.
“Por considerar de extrema importância, esse é um
crédito que tem aplicação ampla, e pela gravidade da situação no Nordeste, a
presidenta determinou que já fosse colocado à disposição do Banco do Nordeste,
para não ter solução de continuidade os empréstimos que eles estão fazendo. (…)
Esse assunto é um assunto da maior relevância, e com o qual a presidenta tem se
preocupado muito”, explicou Gleisi.
Para os agricultores não familiares e para
indústria, comércio e serviços o limite da operação. O valor do Seguro Garantia
Safra também teve um aumento, e passará de R$ 680 para R$ 960, dividido, agora,
em sete parcelas de R$ 136. Segundo a ministra, a decisão foi tomada levando em
conta o monitoramento das ações do governo de enfrentamento aos efeitos da seca
no Semiárido do Nordeste.
Dilma
anunciou a prorrogação do Bolsa Estiagem por mais dois meses no ano passado
Em novembro do ano passado (2012), a presidenta
Dilma Rousseff anunciou a prorrogação do Bolsa Estiagem por mais dois meses,
com o pagamento de mais duas parcelas de R$ 80. Segundo ela, a decisão foi
tomada devido a gravidade da situação causada pela falta de chuvas, uma das
piores dos últimos 40 anos.
“Nós vamos prorrogar por dois meses o Bolsa
Estiagem, pagando mais duas parcelas de R$ 80. Veja só, cada uma das famílias
beneficiadas com o Bolsa Estiagem vai receber, no total, não mais R$ 400, mas
R$ 560. Esta renda que transferimos com o Bolsa Estiagem é, para muitas
famílias, Luciano, a única alternativa para não passar fome, porque, sem a
produção agrícola, elas não têm o que comer e nem o que vender no mercado”,
explicou Dilma.
Para enfrentar a situação, a presidenta ainda
anunciou mais medidas para o enfrentamento da estiagem, como a ampliação do uso
de carros-pipa, que já contava com 4.082 veículos para o Exército distribuir
água, e agora terá mais 906. Essa é a maior operação do tipo já feita no país
em todos os tempos. Os estados também participam do esforço, e já receberam
recursos para contratação de outros 2 mil carros-pipa.
“A situação no semiárido do Nordeste e do norte de
Minas continua muito grave, por causa da estiagem, uma das piores dos últimos
40 anos. Eu tenho acompanhado de perto essa situação, Luciano, e, ao longo
deste ano, autorizei várias medidas importantes para proteger a população que
está sofrendo com a seca”, afirmou.
A presidenta também destacou a importância de obras
estruturantes que visam dar soluções definitivas para a falta de água na região
do semiárido. Ela citou obras em andamento como a da transposição do Rio São
Francisco, o Eixão das Águas, as barragens do Missi e do Riacho da Serra. Nesta
sexta (9), Dilma vai até Guanambi, na Bahia, para a inauguração da Adutora do
Algodão, que vai levar água para 140 mil pessoas.
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