Operação Lei Seca apreende 142 carteiras de motorista
no Rio
Polícia deve ser mais enérgica na aplicação da Lei Seca, com o uso do bafômetro, imagens e fotos. Foto: Agencia Brasil 2012. |
Douglas
Corrêa – Repórter da Agência Brasil
O uso do bafômetro vai ser frequente em blitz de trânsito. |
RIO DE
JANEIRO - No primeiro dia de aplicação da lei que tornou mais rígidas as regras
destinadas a reprimir o motorista que dirige sob o efeito de bebidas
alcoólicas, a Operação Lei Seca, no Rio, fiscalizou nas últimas horas, 1.841
motoristas, sendo que 142 deles tiveram a carteira de motorista apreendida. Na
ação, 378 motoristas foram multados; 48 veículos rebocados e 153 motoristas
foram submetidos ao teste do bafômetro.
De acordo
com o coordenador da Operação Lei Seca, major da Polícia Militar, Marco
Andrade, o que muda, na prática, com a nova legislação, "é a sensação do
agente constatar que o motorista descia do carro, cambaleando, sem condições de
ficar em pé e recusava o teste e a gente não podia fazer nada", explicou.
De acordo
com o oficial, com as novas regras da Lei Seca, depoimentos dos agentes,
vídeos, fotos e imagens feitas pela fiscalização autorizam prender o motorista
em flagrante e conduzi-lo à delegacia, onde ele será autuado. O major Andrade
disse que o motorista poderá responder à infração em liberdade, porque o crime
é afiançável. A multa dobrou de R$ 957,65 para R$ 1.915,30.
As ações da
Lei Seca no Rio de Janeiro serão aceleradas, devido à proximidade das festas de
final de ano. Serão 140 ações diárias em vários pontos da região metropolitana,
com 250 agentes.
O major
Marco Andrade disse que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, neste final
de ano, a partir do dia 26, haverá voos de balões que são a marca registrada da
Operação Lei Seca. O balão ficará instalado na orla de Copacabana, altura da
avenida Princesa Isabel, no Leme. Serão oferecidos voos gratuitos para o
carioca. "Nossa intenção é que as pessoas entendam a importância do nosso
trabalho, que é salvar vidas. Além de contemplar o cenário, a ideia é que as
pessoas lembrem - por estarem dentro do balão - da nossa campanha e da
importância de colaborar".
Desde que a
Operação Lei Seca foi implantada há quatro anos no Rio, 81 mil motoristas
tiveram a carteira de habilitação apreendida por estarem dirigindo após ingerir
bebida alcoólica.
O ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, defende a iniciativa da polícia fluminense.
"Apoiamos todas as medidas que puderem ser tomadas para que acidentes
sejam evitados e vidas, salvas”. A violência no trânsito reflete diretamente no
Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma ideia desta realidade, só em 2011
foram registradas 155 mil internações no SUS relacionadas a acidentes de
trânsito, o que representou um custo de mais de R$ 200 milhões.
Esse valor
leva em conta apenas as internações na rede hospitalar pública, sem considerar
os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgências (Samu), nas unidades de Pronto-Socorro e
Pronto-Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas, exames,
fisioterapia, dentre outros. “Com estes recursos, poderíamos construir 140
unidades de Pronto-Atendimento e melhorar o atendimento à população nas
urgências e emergências do país”, alerta o ministro.
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