Promotor de Justiça
Felipe Caires é inocentado
Com informação do jornalista Benedito Said
Promotor Felipe Caires. Foto: Michelly Oda / G1 |
Em setembro do ano passado, ocorreu
entrevista coletiva no Ministério Público com intuito de divulgar decisão do
Supremo Tribunal de Justiça de revalidar provas levantadas pelo MP na Operação
Laranja com Pequi, que apurava desvios de verbas da merenda das escolas
municipais. Antes, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais havia anulado as
provas, o que foi revertido pelo STJ. Áudio da entrevista coletiva, analisado
até por peritos do Instituto de Perícias Brina Vidal, e outras matérias
jornalistas publicadas por outros veículos de comunicação comprovaram que
ninguém afirmou “a jornal de BH o que acabou sendo publicado a respeito do
desembargador”.
ANÁLISE - O que era para ser uma bomba contra o
promotor Felipe Caires virou um inocente busca-pé, menos que um traque. Muita
gente graúda, inconformada com as operações deflagradas de combate à corrupção
pelo Ministério Público, Polícia Federal e outros órgãos de controle no Norte
de Minas, ficou entristecida com a desistência do processo, pois torcia para
encontrar algo que maculasse a integridade de delegados, promotores e
procuradores da região.
Alguns até alardearam, triunfantes, o
fato de um promotor de Justiça da região ter sido acusado de calúnia por um
desembargador. Outros chegaram até a custear, em janeiro deste ano, informe
publicitário anônimo (matéria paga) divulgando o fato, que de maneira
sensacionalista chamaram de "bomba". Agora que o próprio
desembargador desistiu do processo, vão ter que se contentar com os traques das
festas juninas. Bomba mesmo, garantem promotores, procuradores e delegados da
região, “só na próxima operação contra a corrupção no Norte de Minas”.
FIRME - A ordem comum no Ministério Público,
Polícia Federal e em outros mecanismos de controle na região é o de não mais
adotar o silêncio diante dos ataques infundados. “O trabalho é sério, honesto,
correto, não tem tonalidade ou intenção de perseguição, nada disso. Não é esse
o papel. O papel é apurar e, se for o caso, tomar as providências, nada mais,”
disse um promotor.
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