Ministério da Saúde busca ajuda para a Santa Casa no
BNDES
Chioro cita falta de repasses do governo de SP, que reafirma
erro em cálculo. Banco pode ajudar em dívida de R$ 300 milhões
Álvaro Campos - O Estado
de S. Paulo
Hospital Santa Casa em BH. Foto: Grupo Stª Casa. |
SÃO PAULO - O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, voltou a afirmar que existe um problema no repasse de recursos do
governo do Estado para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Segundo ele,
o Ministério da Saúde envia para o hospital R$ 25,3 milhões por mês, mas apenas
R$ 21,5 milhões seriam repassados pela administração estadual. Ele disse ainda
que abriu negociação com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) para obter mais recursos para a instituição. Procurado, o governo do Estado
voltou a dizer que o ministro está equivocado.
“De janeiro de 2013 a maio deste ano a
diferença (entre os repasses do
governo federal e os do estadual) soma R$ 74 milhões que não
chegaram à Santa Casa. Não é má-fé, mas precisamos entender o que está se
passando, por isso pedimos que o governo do Estado identifique o que está
acontecendo. Existe algum problema”, afirmou.
“O ministro está completamente equivocado. O Estado de São Paulo não deixa de repassar nenhum centavo às santas casas e hospitais filantrópicos”, rebateu a Secretaria de Estado da Saúde, em nota oficial. “Recursos federais para o SUS de São Paulo não sobram. Pelo contrário, faltam. O governo federal contribui com apenas 30% do financiamento da saúde no Estado.”
“O que a pasta federal tenta fazer, de
maneira errônea, é dizer que São Paulo deixou de pagar dois tipos de incentivos
federais, no valor anual de R$ 36 milhões cada, mas que na verdade foram
incorporados ou adicionados ao valor pago pelos atendimentos de média e alta
complexidade”, continua a nota da secretaria. “E o ministério erra novamente ao
multiplicar por dois cada um desses valores, já que o dinheiro repassado ao
Estado é um só.”
BNDES. Chioro afirmou ainda que, após conversar
com o provedor da Santa Casa de Misericórdia, Kalil Rocha Abdalla, iniciou
negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
para a concessão de recursos para o hospital. “Eles têm muitas dívidas
bancárias e pagam juros altíssimos, então abrimos uma negociação com o BNDES
para captar recursos com custo melhor”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se à vontade para postar seu comentário.
Espaço aberto à participação [opinião] e sujeito à moderação em eventuais comentários despretensiosos de um espírito de civilidade e de democracia.
Obrigado pela sua participação.
FN Café NEWS