Para a classe política acuada e sem legitimidade
moral-representativa, a população propõe: Renúncia Já!
Por França Neto*
Com o recrudescimento dos atos de protestos de ruas, por meio de manifestações, de
forma violenta, com destruições, depredações, ocupações e invasões de prédios
público-privados, observados, na madrugada desta quinta (18) no Rio de Janeiro,
o poder político e toda mega-lógica da organização financeiro-capitalista [TV, repartições
públicas, bancos e shopping] estão novamente acuados, sob um dilema crucial,
proposto, de maneira geral, pela população: Renúncia Já!
A
repercussão da onda de protestos no País pode coloca em xeque a reeleição de diversos
governantes no Brasil, inclusive acenando para um possível impeachment de alguns
deles, além de ‘melar’ a realização de dois eventos importantes no País: ‘Copa
do Mundo e Olimpíadas’.
Assim,
o sistema político-capilista vigente no País, configurando-se atualmente como
uma ‘rede de ruínas’, não atende mais ao interesse da esmagadora maioria da
população brasileira, pois há literamente uma falência múltipla de seus órgãos e
de suas instituições que permanecem insensíveis, uma espécie de coma profundo,
ante aos anseios dos cidadãos por mais escola e saúde de qualidade, mobilidade urbana/transporte, segurança, emprego e
habitação.
No
caso do sistema político-representativo brasileiro, este faliu completamente
num prospecto de legitimação e/ou legitimidade da nossa recente democracia, com
122 anos de proclamação/instituição da República, bem como 21 anos após
eleições diretas para cargos eletivos majoritários no País: presidente.
Robert
Dahl (cientista-político) assinala um governo como legítimo quando “o povo
acredita que seus atos, procedimentos, decisões, políticas, estruturas,
autoridades ou líderes são apropriados, moralmente justos (...)”.
Destarte ao pensamento dahliano, percebe-se que o sistema político-partidário não
tem mais legitimidade, pois a visão da ampla maioria da população brasileira não
acredita mais nos seus atos e procedimentos, ou mesmo, nas suas ações e decisões políticas. Talvez fosse
melhor, neste momento, para todos ocupantes de cargos eletivos (presidente da
República/vice, governadores/vice, deputados (federal e estadual), vereadores e
prefeitos/vice) que tivessem a grandeza na alma de renunciar de suas funções e
convocar novas eleições, sem a participação deles, como atuais mandatários
políticos (sem legitimidade e em descrédito na aprovação popular).
Enfim, não é vandalismo nenhum, para
qualquer cidadão de bem no País, propugnar hoje no Brasil a seguinte proposta radical e justa aos
políticos vigentes: RENUNCIEM JÁ!
*Jornalista e Editor do FN Café NEWS
*Jornalista e Editor do FN Café NEWS
não acredito que estejamos vivendo uma revolução de massas. o que observo simplesmente é que as massas estão novamente sendo capturadas ao acreditar que esta realizando uma revolução da massa, ignorando o que está em jogo: fora pt e retorno de um governo totalmente submetido aos estados unidos. não acredito em revolução que não reconheça de antemão que o inimigo número 1 da humanidade é o imperialismo ocidental - que é fundamentalmente o que está nas ruas por trás das massas.
ResponderExcluirabraços,
luis
Ok, Luís Eustáquio. No entanto, o que se vê é a plena demolição do sistema representativo político-partidário, inerte e sem atender as demandas sociais. É preciso, portanto, legitimar a ação coletiva, por meio de uma democracia substantiva onde o que vale é participação efetiva de cada cidadão na sociedade(democracia representativa X democracia participativa).
ExcluirAbraço, amigo, e obrigado pela sua participação.
França