MPE
concluiu que houve abuso do poder político na eleição 2012 para prefeito de
Montes Claros e pede a cassação e inelegibilidade de Ruy Muniz e de seu vice
até 2020
MPE pede cassação de Ruy e inelegibilidade por oito anos de mandato em cargos eletivos. Foto: Divulgação de campanha de Ruy em 2012. |
As investigações comprovaram que Ruy Muniz utilizou a máquina pública para se eleger, tendo sido beneficiado pelo então prefeito Luiz Tadeu Leite, o MPE atesta que o apoio do ex-prefeito a Muniz ocorreu, na prática, com o empenho da Prefeitura para elegê-lo.
Segundo os autos, a municipalidade e seus servidores
foram utilizados na campanha do candidato que viria a ser eleito. Em pelo menos
duas ocasiões, funcionários das secretarias municipal de Educação e de
Agricultura foram cooptados a comparecer a eventos de campanha de Muniz, um no
Parque de Exposições de Montes Claros, no dia 22 de outubro de 2012, às 10
horas; e outro na casa do próprio candidato no dia 23 de outubro de 2012, às 17
horas. Os promotores avaliaram que isso causou desequilíbrio no pleito em favor
de Ruy Muniz.
Conforme apurou o MPE a funcionária Paloma Valéria
de Assis Carvalho encaminhou e-mail a diversos servidores a mando da secretária
de Educação à época, Mariléia de Souza, convidando para a reunião na casa do
candidato Ruy Muniz.
As investigações comprovaram também que os convites
para o evento no parque foram impressos em folhas de ponto da própria
Secretaria de Agricultura, em nome da servidora Eva Patrícia Santos Silva, que
ocupou o cargo de operadora de poço artesiano até 31\12\2012. “Em relação aos
e-mails também fica claro a mobilização de servidores públicos durante a
campanha, gerando ilícito eleitoral”, diz o parecer do MPE.
*Assessoria de Imprensa do MPE
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