Brasil escolhe neste domingo (26) presidente da República e 14 governadores
Aécio (PSDB) e Dilma (PT) durante o debate promovido nesta sexta-feira (24/10) pela Rede Globo de TV no 2º turno da eleição presidencial. Foto: Reprodução TV Globo 24 out 2014. |
BRASÍLIA*
- Perto de 70% dos brasileiros estão aptos a participar neste domingo (26/10) da
escolha daquele – ou daquela – que presidirá o país nos próximos quatro anos: a presidente Dilma Rousseff (PT) ou ex-governador de Minas Gerais e atual senador Aécio Neves (PSDB).
No Distrito Federal e em 13 estados, os eleitores também vão às urnas para
definir o governador dessas unidades federativas.
No confronto nos estados, o PMDB concorre com oito
candidatos, o PSDB com 6, o PSB e o PT com 4 e outros seis partidos com um
cada: PDT, PROS, PP, PR, PRB e PSD . Serão escolhidos os governadores de três
estados do Nordeste (Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte) um do Sul (Rio
Grande do Sul), um do Sudeste (Rio de Janeiro), três do Centro-Oeste (DF, Goiás
e Mato Grosso do Sul) e de seis dos sete estados da Região Norte (Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima).
Mas é a disputa presidencial, a mais acirrada desde
1989, que tem concentrado as atenções dos cidadãos e estimulado os debates mais
calorosos tanto na propaganda eleitoral quanto nas discussões dos confrontantes
e de seus apoiadores.
Os 142,8 milhões de eleitores tiveram a oportunidade de
acompanhar uma corrida presidencial marcada, como nenhuma outra, por várias
“ondas” de preferência popular. A primeira e mais longa delas, detectada pelas
pesquisas de intenção de votos realizadas desde o ano passado, foi
caracterizada pela grande distância que a presidente Dilma Rousseff (PT),
candidata à reeleição, manteve dos seus competidores até a morte do ex-governador
pernambucano Eduardo Campos (PSB), em 13 de agosto, a menos de dois meses do
primeiro turno de votação.
Além de encerrar precocemente a vida pública de um
político promissor, o acidente aéreo que matou Eduardo Campos colocou na
competição presidencial a candidata a vice-presidente de sua chapa, a
ex-senadora Marina Silva, permitindo deflagrar a segunda “onda” eleitoral.
Embalada pela boa votação alcançada no pleito de 2010 e pelo clamor causado
pela perda de Campos, Marina chegou a aparecer em algumas pesquisas eleitorais
como favorita no enfrentamento contra Dilma no segundo turno.
Uma terceira “onda”, cuja dimensão não foi inteiramente
captada pelos institutos de pesquisas, levou para o segundo turno o
ex-governador mineiro e atual senador Aécio Neves (PSDB), com 33,5% dos votos
válidos .
PSDB x PT
Voltou-se, assim, à polarização partidária que se repete
nas eleições presidenciais desde 1994, quando Fernando Henrique Cardoso se
elegeu pela primeira vez para chefiar o governo brasileiro.
A campanha petista deu ênfase aos avanços obtidos na
área social durante as gestões Lula e Dilma. O baixo índice de desemprego, a
melhora na renda dos trabalhadores, o impacto de programas como o Bolsa Família
e a ascensão social de milhões de pessoas foram destacados pela candidata à
reeleição para demonstrar que deveria permanecer no cargo e implementar mais
mudanças em favor da parcela mais pobre da população.
Já a oposição concentrou sua mensagem eleitoral na
crítica ao baixo nível de crescimento econômico, à elevação do custo de vida, à
corrupção e ao aparelhamento do Estado pelo PT. Contrariamente ao que fizeram
os seus correligionários José Serra e Geraldo Alckmin nas três campanhas
presidenciais anteriores, Aécio Neves também assumiu a defesa do “legado” de Fernando
Henrique e do Plano Real. Foram eles, segundo o senador tucano, que criaram as
condições para as transformações sociais implementadas pelos governos petistas
durante os últimos 12 anos.
Neste domingo, saberemos qual dos dois candidatos
conquistou os corações e mentes do eleitorado.
O FN Café NEWS e a imprensa nacional farão plantão
para acompanhar este momento histórico, mostrando a marcha da votação e da
apuração dos resultados da eleição presidencial.
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