Proposta do Senado estabelece adicional de 60% para professores com dedicação exclusiva
BRASÍLIA (DF)* – Professores da educação básica podem passar a
receber adicional de 60% para trabalhar em regime de dedicação exclusiva com
carga horária de 40 horas semanais. A medida consta da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 55/2013, do
senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que aguarda designação de relator na
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no Senado Federal.
O objetivo é convencer os profissionais da
educação básica a se dedicar a um único cargo, o que evitaria o excesso de
trabalho e melhoraria o rendimento em sala de aula.
Hoje, devido ao baixo salário da
categoria, que recebe em média R$ 2,5 mil, esses profissionais acumulam cargos
e acabam se desgastando. Delcídio propõe que o custo do adicional
fique a cargo da União, reconhecendo
que estados e municípios não teriam condições financeiras de suportar o gasto.
O
senador calcula que a despesa anual com o adicional seria de R$ 39,9 bilhões, o
que, ressalta, corresponde a menos de 1% do produto interno bruto (PIB), que
mede a soma das riquezas produzidas no país. Ele explica ainda que o montante
necessário dificilmente chegaria aos R$ 39 bilhões, já que grande parte dos
professores não é efetivada por concurso público de provas e títulos e nem
todos aceitariam receber o adicional (que seria opcional). Em sua avaliação,
para alguns profissionais poderia ser mais vantajoso continuar com mais de um
emprego (e trabalhando mais de 40 horas).
Delcídio observa também que, mesmo com o
adicional, que elevaria o salário da categoria para R$ 4 mil, na média, o valor
ainda seria inferior ao que recebem os professores da rede federal de educação
básica e ao que propõe o Plano de
Educação Nacional (PNE). O parlamentar
acredita que “o que haveria de maior atrativo para os profissionais seria
conjugar a melhoria salarial com a redução de horas semanais de trabalho. O que
representa a verdadeira revolução de valorizá-los, já que, por cem anos, eles
foram obrigados a trabalhar mais, muito mais, exageradamente mais, para receber
cada vez menos”.
Clique na Lei nº 13.005, de 25 junho de 2014, que aprova o Plano de Educação Nacional (PNE)
*Com
Agência Senado
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