Por França Neto
Cidade de Montes Claros (MG) faz 155 anos nesta terça-feira (3/7) |
Ao
fazer 155 anos de emancipação político-administrativa, Montes Claros, cidade
localizada na Mesorregião do Norte de Minas, distante a 422 km de Belo
Horizonte (MG), com 361.971 habitantes, segundo dados do IBGE em 2010, tem
muito mais a refletir sobre suas futuras decisões rumo ao desenvolvimento
sustentável nos campos educacional-científico, político-econômico,
sociocultural e ambiental do que a comemorar em badalações de eventos festivos,
regados a shows pirotécnicos em seus parques, avenidas e praças.
Refletir
neste sesquicentenário quinto aniversário é muito mais salutar e prudente, para
saber: que escolhas faremos nas eleições de 2012? Qual cidade que “queremos ou
teremos” nas próximas décadas? Refletir: se esta cidade será pautada pela
inclusão, na educação, por meio do pleno desenvolvimento da ciência e
tecnologia na idade mídia, ou, pela exclusão a qual se evidencia, cada vez
mais, em seus espaços urbanos a vala e o fosso da desigualdade social,
observada pela distância marcante entre ricos e pobres?
Por
isso, refletir diante das diversas crises que nos assolam evoca para um grau de
politicidade e nível de politização de nossa consciência crítica e cidadã, por
meio de nossa efetiva participação social. Refletir, por exemplo, sobre a atual
crise político-administrativa e educacional, instaurada, a partir do escândalo de
corrupção na Administração Publica da cidade, por meio de fraudes na merenda
escolar e esquemas de favorecimento de atores políticos e empresas em
licitações para obras públicas, através de superfaturamento de preços e
irregularidades da qualidade dos serviços prestados, conforme demonstrou duas
operações realizadas pela Policia Federal (PF) e Ministério Publico Estadual
(MPE), intituladas “Máscaras da Sanidade” e “Laranja com Pequi”.
Ao
refletir sobre essas operações conjuntas da PF e do MPE, poderíamos atribuir
com todas as letras críticas de nossa consciência dialética e humana de que
esses escândalos na máquina pública tratam-se, na verdade, de “máscaras da
insanidade”, pois, de forma covarde e demente, tiram o leite, o pão e a alimentação
sagrada de crianças indefesas e inocentes matriculadas nos anos iniciais da
educação básica.
Reflexões
nos trazem luz diante de trevas na Administração Pública e esclarecimentos para
futuras e sábias decisões de vida, ou mesmo, de rumo de civilizações que
queremos ou teremos na nossa organização social.
Enfim,
parabéns Montes Claros! Que essas reflexões sejam sempre dialógicas e
internalizadas nas suas ruas, avenidas, praças e esquinas entre seus cidadãos,
sujeitos, atores socioeducacionais e políticos, para a realização da vocação de
uma cidade onde se respira e se desenvolve o verdadeiro espírito de uma
consciência libertária e transformadora, por meio da autodeterminação do povo montesclarense
rumo ao desenvolvimento sustentável de seus espaços públicos, de forma ética, equilibrada
e transparente, com qualidade de vida. Em outras palavras, um lugar melhor para
se viver, conviver, educar e morar, de forma mais justa e humana.
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