Críticas
à atual administração estadual e federal estiveram na pauta de Pimentel,
Pimenta, Tarcísio e Fidélis. Candidatos falaram em aumento de investimentos na
educação e segurança
Pimentel, Pimenta, Tarcísio e Fidélis responderam perguntas sobre educação, saúde e segurança Foto: Marcos Vieira/EM/DA Press 7 ago 2014. |
Portal
Uai/Marcelo da Fonseca
O
primeiro debate entre os candidatos ao governo de Minas Gerais foi marcado
pelas críticas à atual administração estadual e federal. Apontando a
necessidade de se aumentar os investimentos na educação, saúde e segurança, os
candidatos Fernando Pimentel (PT), Tarcísio Delgado (PSB) e Fidélis Alcântara
(Psol) atacaram a gestão do PSDB nos últimos 12 anos e prometeram mudanças caso
sejam eleitos. Coube ao tucano Pimenta da Veiga (PSDB) rebater as críticas e
apontar os avanços do estado durante a gestão de seu partido. Ele atacou o
governo federal, citando a falta de controle nas fronteiras como principal
problema para a segurança nos estados. No debate da Rede Bandeirantes, na noite
de ontem, os candidatos apresentaram, sem novidades, suas principais propostas
para as áreas de educação, saúde e educação, e houve poucos embates mais duros
entre eles.
Ao
comentar as propostas para estimular a educação em Minas, o candidato Pimenta
da Veiga ressaltou dados do Ministério da Educação que apontam melhorias na
educação básica e avaliou que será preciso uma parceria entre professores, pais
e alunos para que os números melhores nos próximos anos. “Pelos dados do
ministério, Minas tem a melhor educação básica do país. Mas queremos ir além.
Garantir o ensino integral em todas as escolas, tirando jovens da rua.
Estimular o ensino de uma segunda língua e propor um intercâmbio cultural para
nossos alunos”, disse o tucano.
Na
área da educação, Pimentel, Alcântara e Delgado fizeram críticas pesadas ao
governo estadual, afirmando que em Minas não são cumpridas as regras
constitucionais em relação aos gastos mínimos no setor e o pagamento do piso
para os professores. “Sem recuperar o diálogo com os professores, o que não
aconteceu nos anos do governo PSDB, é impossível fazer qualquer coisa na
educação. Temos que cumprir o que está na Constituição, que é gastar 25% do
orçamento no setor”, afirmou Fernando Pimentel. O candidato do PSB também
criticou as ações do governo de Minas na educação, citando a falta de motivação
dos professores. “O partido do candidato Pimenta da Veiga deveria pedir
desculpas pelo que tem feito nos últimos 20 anos”, atacou Tarcísio.
Na segunda parte do debate, quando os candidatos
fizeram perguntas diretas para seus adversários, Delgado questionou Pimenta da
Veiga sobre a possibilidade de o tucano não cumprir seu mandato no Palácio
Tiradentes. “Caso eleito, você vai fazer o que fez quando prefeito, largando Minas
com um ano e meio de mandato e voltando para Brasília?”, polemizou Delgado. O
tucano rebateu, ressaltando avanços de sua gestão e garantindo que pretende
concluir seu mandato. “Por circunstâncias partidárias fui levado a disputar o
governo de Minas naquela época. Por isso deixei a prefeitura. Mas, ao contrário
do que você diz, continuei em Minas. Você, como deputado, também ficou em
Brasília por muito tempo. Vale lembrar que os maiores mineiros andaram muito
pelo país e não perderam a mineiridade”, respondeu o tucano.
Ao
comentar sobre a questão da segurança, o candidato tucano criticou a gestão
petista no Palácio do Planalto e comparou os gastos federais e estaduais na
área. “Em 10 anos, o governo de Minas investiu R$ 47 bilhões em segurança
pública, enquanto o governo federal apenas R$ 7,8 bilhões. Minas investiu mais
na segurança em Minas do que o governo federal no país inteiro. Infelizmente,
não foi criado um plano de segurança e nossas fronteiras ficaram escancaradas.
Sabemos que mais de 70% dos problemas ligados à violência vêm das drogas e isso
é um questão nacional, de todos os estados”, disse Pimenta.
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