Com o fim dos ‘Lixões’,
grande maioria dos municípios não tem política de resíduos sólidos no Brasil
Brasil produz mais de 63 milhões de toneladas de resíduos [lixo] por ano, sem uma adequação ambiental correta em aterros sanitários ou de controle do lixo urbano ou rural. Foto: Lucas Lacaz Ruiz/AE. |
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Informações Agência Brasil/Zero Hora e Adaptações de texto e imagens FN Café NEWS
O prazo
para a entrega do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos expirou nesse sábad0 (2/8).
Porém, segundo estimativa da Confederação Nacional dos Municípios, mais da
metade dos municípios brasileiros ainda não elaboraram os planos de gestão de
resíduos. Sem ele, os municípios não podem pedir recursos da União para cuidar
dos lixões e limpeza urbana.
Quatro
anos depois da sanção da lei 12.305, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS), pouco se avançou e o país ainda destina de forma
inadequada 17,8% das 63 milhões de toneladas de lixo produzidas anualmente.
Esse é o percentual de rejeitos que vai parar em lixões, prática que ficou
proibida a partir desse domingo (3/8).
O PNRS demorou
19 anos para ser votada no Congresso. O desafio de acabar com os lixões,
implementar planos de logística reversa e responsabilidade compartilhada entre
cada integrante da cadeia produtiva (empresas, governo e consumidores) não
justifica quase duas décadas para a matéria virar instrumento jurídico, mas a
implementação da lei, tendo como primeiro teste a apresentação dos planos das
prefeituras periga transformá-la em letra morta
Entidades
representativas de municípios alegam que o prazo de quatro anos para adequação
à lei foi curto e pedem prorrogação. Se nada mudar, responsáveis por lixões
serão enquadrados por crime ambiental, sob pena de multas que podem
chegar a R$ 50 milhões.
Acabar
com os lixões pode ser desafio para maioria dos municípios brasileiros. De
acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 50,8% dos municípios
brasileiros ainda recorrem a vazadouros a céu aberto, conhecidos como lixões,
como destino principal de seus lixos. A dificuldade de tornar a Lei de Resíduos
Sólidos uma política pública eficiente vai da liberação do orçamento a vontade
política dos gestores públicos de solucionar o problema.
Só para
se ter uma ideia, resíduos sólidos domiciliares e/ou coletados nas ruas, em
2008, foram da ordem de 183.488 toneladas por dia, segundo o IBGE.
Eis um
tema relevante para as eleições 2014.
O que diz a PNRS?
Após cerca de 20 anos de discussões, o
Brasil finalmente produziu uma lei que disciplina a gestão de resíduos sólidos.
A PNRS
ordena a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos, fazendo a
distinção entre resíduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) e
rejeito (o que não é passível de reaproveitamento), incentivando a coleta
seletiva e reciclagem em todos os municípios brasileiros.
A lei 12.305 ainda estabelece que
responsáveis pela destinação dos resíduos sólidos respondam por crime ambiental
em caso de descumprimento. O último prazo para a implementação total da PNRS se
encerrou nesse sábado, 2 de agosto.
Aterro Sanitário: local mais adequado para a destinação
de rejeitos. Há a preparação do solo, sistema de armazenamento e queima de gás
metano (resultado da decomposição da matéria orgânica) , e tratamento do
chorume.
Aterro Controlado: criado para remediar antigos lixões. É
coberto com argila e grama, o que minimiza o mau cheiro e proliferação de
bactérias, mas não evita a contaminação do solo.
Lixão: local sem preparação do solo onde é
alocado resíduos sólidos. No lixão também não há sistema de tratamento de
efluentes líquidos.
Odailton Jose da Silva, via Facebook: "Duvido....No Brasil...Prefeitos preocupados com a população...No NORTE de MINAS...."
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