Deputados aprovam aumento de mistura de biodiesel e etanol
em combustíveis
O óleo extraído da mamona é uma das principais fontes de biodiesel no País. Câmara aprova medida que aumenta percentuais de biodiesel misturado à gasolina e ao óleo diesel. Foto: TV Câmara. |
Com Agência Câmara Notícias
BRASÍLIA (DF) - O Plenário da Câmara dos Deputados
aprovou nessa quarta-feira (6) a Medida Provisória 647/14, que aumenta os
percentuais de biodiesel e etanol misturados, respectivamente, ao óleo diesel e
à gasolina vendidos nos postos de combustível do País. O texto aprovado foi
proposto pela comissão mista do Congresso que
analisou a matéria, de autoria do deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP).
Pelo texto, o percentual obrigatório de
mistura do biodiesel ao óleo diesel já subiu para 6% em 1º julho e passará para
7% a partir de 1º de novembro deste ano. Até a edição da MP 647, o percentual
era de 5%.
O texto original da MP permitia ainda que
o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) retornasse ao percentual de
5% por motivo justificado. Mas o texto aprovado, proposto por Jardim, autoriza
a redução até o limite de 6%. Na prática, como explicou o relator, o CNPE
poderá trabalhar com qualquer valor entre 6% e 7%.
A MP 647 também estabelece que a Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deverá fixar os limites
de variação. E que o biodiesel adicionado ao óleo diesel deverá vir,
prioritariamente, da agricultura familiar. O governo deverá editar normas
garantindo essa preferência.
Etanol
O texto aprovado traz ainda outra mudança
proposta pelo relator, que determina que o percentual obrigatório de adição de
álcool anidro à gasolina poderá subir para 27,5%, desde que constatada sua
viabilidade técnica. Atualmente, segundo a Lei 8.723/93, o governo pode elevar
o percentual de mistura do etanol anidro até o limite de 25%, ou reduzi-lo até
18%. O parecer mantém o piso de 18%.
Jardim comentou em Plenário que durante a
tramitação da MP outros temas ligados ao setor energético, como contratos da
Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e assuntos relacionados a
termelétricas, também foram analisados. Mas, segundo ele, após negociações com
o governo, ficou acertado que temas estranhos ao texto original da MP deveriam
ficar de fora.
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