Mesmo com royalties do petróleo, “financiar educação é
desafio”, afirma ministro da Educação
Ministro da Educação, Henrique Paim. Foto: Ascom MEC/Arquivo FN Café NEWS. |
SÃO PAULO - O ministro da Educação,
Henrique Paim, avaliou que o financiamento das metas do Plano Nacional de
Educação (PNE) são um importante desafio. Durante o Fórum Estadão Brasil
Competitivo, que vem sendo realizado, nesta terça-feira (19/8), em Limão (SP), Paim afirmou que a aprovação da destinação de royalties do petróleo para a
educação garante uma importante fonte de financiamento. Ainda assim, Paim
avaliou que "não sabemos se o recurso será suficiente para cumprir a meta
de 10% do PIB" para a educação.
O ministro ainda destacou a necessidade
de avanços no ensino superior. Ele considerou como uma conquista o crescimento
no número de matrículas nas universidades no Brasil, mas ponderou que é preciso
"garantir que seja um crescimento com qualidade". Paim defendeu
também que é preciso ainda garantir avanços na pós graduação e na pesquisa, com
universalização das universidades brasileiras.
Paim reconheceu que o Brasil paga um
"preço muito alto" por ter despertado tardiamente para a educação.
Diante desse cenário, ele defendeu que resta ao País recuperar o tempo perdido.
"Temos de trocar o pneu com o carro andando", afirmou. O ministro
ressaltou que o governo tem feito esforço para melhorar o desempenho da área e
destacou que o País tem avançado.
Entre os avanços, Paim destacou três que
considera chave. O primeiro, listou, foi ter construído um sistema estatístico
nacional, que, segundo ele, é um dos mais modernos do mundo, com cadastro
atualizado anualmente. Outro elemento é a avaliação. Ele destacou que, mesmo
num país com diversidade grande e com modelo de educação descentralizado, hoje
é possível medir o desempenho dos estudantes desde a escola até a universidade.
O terceiro avanço destacado por ele foi
ter construído um padrão de financiamento de gestão para a educação brasileira.
Como exemplo, citou a diminuição da diferença do valor/aluno entre os Estados
do Maranhão e Paraná. "Antes, 30% do valor aluno do Maranhão correspondia
ao valor do Paraná. Hoje, estamos em 80%", explicou. Ele reconheceu,
contudo, que, apesar da melhora, ainda é possível avançar mais nessa área.
Em sua fala, o ministro destacou que o
Plano Nacional de Educação (PNE) representa uma janela de oportunidade e um
grande guia para que o País possa mudar a educação. Isso porque, de acordo com
ele, é um plano diferenciado. "Não é como o anterior, que só tratava de
metas quantitativas. Esse trata não só de acesso, mas de qualidade e equidade,
pontos importantes para que possamos avançar", afirmou.
Ele destacou que o grande desafio do
plano agora é fazer o alinhamento do PNE com os planos estaduais e municipais
de educação. De acordo com Paim, já houve um avanço na relação entre as
universidades e a educação básica e o desafio agora é dar organicidade a essa
relação.
O ministro defendeu o ensino profissional acoplado ao ensino médio. "Não podemos conviver no Brasil com essa realidade de que apenas 8% dos estudantes do ensino médio estão fazendo educação profissional", declarou Paim, que comentou que a penetração do ensino profissional é muito superior em outros países do mundo. Segundo Paim, a revisão no ensino médio deve compreender mudanças curriculares e flexibilidade.
O ministro defendeu o ensino profissional acoplado ao ensino médio. "Não podemos conviver no Brasil com essa realidade de que apenas 8% dos estudantes do ensino médio estão fazendo educação profissional", declarou Paim, que comentou que a penetração do ensino profissional é muito superior em outros países do mundo. Segundo Paim, a revisão no ensino médio deve compreender mudanças curriculares e flexibilidade.
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