Censo escolar revela forte
crescimento do número de matrículas em tempo integral
Ministro da Educação, Henrique Paim. |
O
evento de divulgação contou ainda com a presença do presidente do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico
Soares, e da secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Yvelise
Arcoverde.
O
aumento de alunos no ensino integral é atribuído à ampliação do Programa Mais
Educação, criado pelo Ministério da Educação para incentivar as secretarias
estaduais e municipais de educação, com a transferência de recursos federais, a
oferecer a educação integral.
“Estes
números demonstram o esforço que está sendo feito e que já temos resultados”,
disse o ministro. “A meta de ensino integral do Plano Nacional de Educação
(PNE), de 25% dos alunos estarem no ensino integral, é factível de ser
alcançada se continuarmos com este esforço”, complementou.
A meta
do Mais Educação para 2013, de 45 mil unidades educacionais, foi superada e o
total alcançado foi de 49 mil escolas. Para 2014, está previsto o atendimento
em 60 mil escolas. É considerada educação integral a jornada escolar com sete
ou mais horas de duração diária.
O censo
destaca ainda a evolução de matrículas em creche, que teve crescimento de 72,8%,
passando de 1.579.581 para 2.730.119 no período entre 2007 e 2013. Entre 2012 e
2013, o aumento das matrículas em creche foi de 7,5%. A pré-escola apresentou
evolução de 2,2% na quantidade de matrículas entre as duas últimas edições do
censo, chegando a 4.860.481 crianças matriculadas. “Temos uma contribuição
muito importante também dos municípios no aumento das matrículas do ensino
infantil”, destacou Paim.
Na
educação profissional, o número de matrículas foi de 1,4 milhão, sendo 749.675
na rede pública. A rede federal puxou o crescimento de toda a rede pública, uma
vez que o número de alunos nas instituições federais cresceu 8,4%, entre 2012 e
2013, chegando a 228.417 matrículas. Em relação a 2007, o crescimento da rede
federal de ensino foi de 108%, por exemplo. Número superior aos 78,5%
registrados na rede privada, que também apresenta expansão no ensino técnico e
chegou a 691.376 matrículas, em 2013.
De
acordo com o ministro Henrique Paim, os dados do censo revelam o resultado das
políticas públicas e programas governamentais voltados à ampliação da oferta
educacional. “A médio e longo prazo, as políticas públicas voltadas para o
processo educacional começam a surtir efeito no censo”, afirmou o ministro.
“Os
dados sinalizam uma mudança de paradigma, com acesso mais cedo, por meio da
expansão do ensino infantil, e maior permanência diária na escola, por meio do
ensino integral”, avaliou o presidente do Inep, Chico Soares.
Melhora – No total geral da educação básica, nas
redes pública e privada, houve decréscimo de 1% nas matrículas, que caíram de
50,5 milhões em 2012 para 50,04 milhões em 2013. A redução maior, de 2,8%,
ocorreu nos anos finais do ensino fundamental, nos quais havia 13,6 milhões de
alunos no ano anterior e agora existem 13,3 milhões.
O
presidente do Inep explicou que isso se deve a uma acomodação do sistema de
ensino ao tamanho da população e à melhoria do fluxo escolar, com menores taxas
de reprovação, por exemplo. “O fluxo escolar está melhorando e o sistema se
aperfeiçoando, é uma queda boa”, ressaltou Soares.
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