Azeredo diz ser 'alvo político' e renuncia ao mandato de
deputado
Com
informações do FN Café NEWS e da Agência Estado
BRASÍLIA –
Com renúncia do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), envolvido no escândalo
do ‘mensalão mineiro’, o
primeiro suplente a assumir a cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília
(DF), seria o empresário Ruy Muniz, que até última eleição proporcional para o
legislativo brasileiro se encontrava filiado ao DEM-MG. Como Ruy se elegeu pela
legenda do PRB prefeito de Montes Claros, Norte
de Minas, ele não assumirá vaga de Azeredo na Câmara.
Com
isso, Edmar Moreira será convocado. Moreira ganhou notoriedade pela posse de um
castelo em São João Nepomuceno, no interior mineiro. Acusado de usar notas de
uma empresa de sua propriedade para receber dinheiro da Câmara, ele deixou em
2009 o cargo de corregedor da Casa. Em 2010 se candidatou pelo PR, mas ficou
apenas na suplência. Agora, deverá cumprir o restante do mandato de Azeredo
O
deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) apresentou no início da tarde desta
quarta-feira, 19, sua carta de renúncia à Câmara dos Deputados. Em três
páginas, o tucano réu no processo do mensalão mineiro reclamou de ataques e
pressões de adversários, afirmou ter sido transformado em "alvo
político" e disse que não aceitará que seu nome e o de seu partido sejam
"enxovalhados".
"Minhas
forças já se exaurem, com sério risco para a minha saúde e para a integridade
de minha família. Não aceito que o meu nome continue sendo enxovalhado, que
meus eleitores sejam vítimas, como eu, de mais decepções, e que sejam atingidos
o meu amado Estado de Minas Gerais e o meu partido, o PSDB", afirma
Azeredo. A carta de renúncia foi entregue por seu filho, Renato Azeredo, ao
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e lida no plenário da
Câmara.
No início
do mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF suas
alegações finais no processo e pediu condenação de 22 anos de prisão e multa de
R$ 451 mil para Azeredo. Pela denúncia, o tucano participou de desvio de
recursos de estatais mineiras em 1998 para financiar sua campanha pela
reeleição para o governo de Minas em esquema que também ficou conhecido como
"valerioduto" tucano, devido ao envolvimento no caso do empresário
Marcos Valério Fernandes de Souza, já condenado a mais de 40 anos de prisão
pelo Supremo por participação no mensalão federal.
Na carta,
Azeredo diz que uma "tragédia" desabou sobre ele e sua família e que
as acusações da Procuradoria Geral da República "são desumanas".
"As alegações injustas, agressivas, radicais e desumanas da PGR formaram a
tormenta que me condena a priori e configuram mais uma antiga e hedionda
denúncia da Inquisição do que uma peça acusatória do Ministério Público",
declara.
Azeredo
enfatizou que a denúncia da PGR tem como base testemunhos e documentos falsos e
que ele não é culpado de peculato e lavagem de dinheiro, como acusa a PGR. Ele
ressaltou que foi transformado em "alvo político" para compensar os
delitos dos outros. "Insisto em que as responsabilidades de um governador
são semelhantes e proporcionais às de um presidente da República!", escreveu.
Ao final,
Azeredo alegou que preferia renunciar para não se sujeitar "a execração
pública" por ser deputado. "Deixo o Parlamento para dedicar todos os
meus dias à defesa de minha honra e de minha liberdade", afirmou.
A
renúncia ao mandato era considerada como uma saída jurídica para Azeredo se
livrar do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, a Corte terá
de decidir se mantém o processo sob seus cuidados ou se o encaminha para a
primeira instância, o que prolonga o caso e pode causar a prescrição de alguns crimes.
Úrsula Lélis, via Facebook: quem vai assumir é deputado Edmar Moreira, o dono do castelo mineiro... Ruy vai continuar por aqui, oh Jesus!
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