Incra/MG pede fazendas na Justiça para regularizar quilombolas
Se as quatro fazendas forem desapropriadas, seus donos
receberão cerca de R$ 5,1 milhões em indenizações; então, a associação de
moradores da comunidade quilombola será a proprietária das terras
iG Minas Gerais | DA REDAÇÃO
Sede da fazenda da Torta, em Verdelândia (MG), que é alvo de reforma agrária. Foto: Michelly Oda/G1. |
A Brejo dos Crioulos acusa o filho do
dono de uma das fazendas de tentar matar cerca de 40 pessoas que estavam
acampadas no local no dia 19 de janeiro. Duas pessoas foram baleadas e outras
ficaram feridas por chutes e coronhadas quando um grupo de cerca de dez homens,
todos encapuzados, apareceu no acampamento.
Se a Justiça acatar o pedido do Incra/MG,
as fazendas Boa Vista, Arapuá/Gramado, Arapuá e parte da Morro Preto, onde
aconteceu o atentado, serão desapropriadas, e seus atuais donos receberão, ao
todo, cerca de R$ 5,1 milhões em indenizações. Então, será concedido o título
de propriedade à comunidade quilombola em caráter inalienável. As terras
passarão a ser propriedade da associação dos moradores da área, o que é
registrado no cartório de imóveis e não tem custo para os beneficiados.
Ainda não há previsão para julgamento das
ações.
Investigações O fazendeiro acusado pelo atentado
contra os quilombolas foi ouvido pela Polícia Civil no último dia 24. Ele negou
participação no crime e foi liberado.
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