terça-feira, 26 de junho de 2012

Operação da PF em BH e MoC: "Laranja com Pequi"



Ex-presidente da Câmara, ex- secretário municipal, secretária de Educação, empresário e funcionários públicos foram detidos na manhã desta terça-feira em MOC

EM*
Em Montes Claros, no Norte de Minas, a Polícia Federal (PF) cumpre seis mandados de prisão e um de busca e apreensão na Prefeitura Municipal, que está fechada ao público. No local, a presença apenas de agentes federais e auditores da Receita estadual que para análise de documentos e apreensão de computadores. 

Vereador e ex-presidente da Câmara, Athos Mameluque. Foto: Revista Tempo/ 2011.
Já estão detidos na sede da Polícia Federal, em MoC, o vereador e ex-presidente da Câmara de Montes Claros Athos Mameluque (PMDB), o empresário Vítor Oliveira, o ex-secretário de Serviços Urbanos João Ferro e o assessor especial da prefeitura de Montes Claros, Noélio Oliveira. Mais dois mandados de prisão devem ser executados ainda hoje, envolvendo funcionários públicos da prefeitura de Montes Claros. 

Segundo a PF, há indícios de fraude na merenda escolar em Montes Claros. A secretária municipal de Educação, Mariléia de Souza, foi também detida na manhã desta terça-feira.

Formação de quadrilha
De acordo com a Polícia Federal, a operação em Montes Claros busca desarticular quadrilha suspeita de fraudar licitação em órgãos estaduais e em diversos municípios mineiros para compra de merenda escolar e fornecimento de comida para presídios. A Polícia Federal cumpre, em Minas e em Tocantins, 27 mandados, sendo oito de prisão de agentes públicos e 19 mandados de busca e apreensão em residências e empresas e, ainda, nas sedes da Prefeitura e da Câmara Municipal de Montes Claros. Os demais mandados estão sendo executados sob a alçada do Ministério Público de Minas Gerais, em parceria com a Receita Estadual e Polícias do Estado/MG.

Operação em BH: busca e apreensão na casa do irmão do senador Zezé Perrela
Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de irmão de Perrela A operação da Polícia Militar está em seis cidades do Estado. Uma delas é Montes Claros, onde na semana passada policiais prenderam 10 pessoas suspeitas de corrupção
Agentes da Receita Estadual e da Polícia Militar cumpriram na manhã desta terça-feira, no apartamento do irmão do senador Zezé Perrela, o empresário Alvimar de Oliveira Costa, mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. O empresário é dono da empresa Stillus Alimentação e é suspeito de chefiar esquema criminoso para manipular licitações para fornecimento de comida para presídios e escolas públicas em seis cidades mineiras e em Palmas, no Tocantins. Ele e outros cinco empresários foram alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE) por participarem de contratos que movimentaram a soma R$ 166 milhões, dos quais R$ 55 milhões podem ter sido desviados. As outras cinco empresas citadas pelo MPE de participar da fraude apurada são Bom Menu, Gaúcha Alimentos, Gomes Maciel, MC Alimentação e Nutrição Refeição.
A presença dos policiais e auditores fiscais na casa de Alvimar faz parte da Operação Laranja com Pequi, iniciada simultaneamente, na manhã desta terça-feira, em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Itaúna, Patos de Minas, Três Corações e Montes Claros, além da capital de Tocantins. A operação é comandada pelo Ministério Público Estadual, com apoio das polícias Federal e Militar, além da Receita Estadual.
Em Belo Horizonte, são suspeitos de participar do esquema criminoso, de acordo com promotores públicos estaduais, funcionários públicos das secretarias de Defesa Social e de Planejamento e Gestão, e, também, servidores do DER/MG. Os promotores também disseram que o principal alvo da Operação Laranja com Pequi é a Prefeitura de Montes Claros.
As investigações começaram em 2010, quando foi instaurada pela Polícia federal, naquele município, inquérito policial destinado a apurar direcionamento da licitação e o consequente desvio de recursos públicos do Fundeb destinados à aquisição de merenda escolar. O inquérito foi remetido para o Ministério Público Estadual, que também investigava o mesmo assunto, além do fornecimento de alimentação a sistemas prisionais e escolas públicas em municípios mineiros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.

*Jornal Estado de Minas, em Belo Horizonte - Publicação: 26/06/2012 08:18 Atualização: 26/06/2012 10:52 e algumas informações apuradas pelo FN Café News na imprensa em MoC.

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