Ex-presidente da Câmara, ex- secretário municipal, secretária de Educação, empresário e funcionários públicos foram detidos na manhã desta terça-feira em MOC
EM*
Em
Montes Claros, no Norte de Minas, a Polícia Federal (PF) cumpre seis mandados
de prisão e um de busca e apreensão na Prefeitura Municipal, que está fechada
ao público. No local, a presença apenas de agentes federais e auditores da
Receita estadual que para análise de documentos e apreensão de computadores.
Vereador e ex-presidente da Câmara, Athos Mameluque. Foto: Revista Tempo/ 2011. |
Segundo a PF, há indícios de fraude na merenda escolar em Montes Claros. A secretária municipal de Educação, Mariléia de Souza, foi também detida na manhã desta terça-feira.
Formação
de quadrilha
De
acordo com a Polícia Federal, a operação em Montes Claros busca desarticular
quadrilha suspeita de fraudar licitação em órgãos estaduais e em diversos
municípios mineiros para compra de merenda escolar e fornecimento de comida
para presídios. A Polícia Federal cumpre, em Minas e em Tocantins, 27 mandados,
sendo oito de prisão de agentes públicos e 19 mandados de busca e apreensão em
residências e empresas e, ainda, nas sedes da Prefeitura e da Câmara Municipal
de Montes Claros. Os demais mandados estão sendo executados sob a alçada do
Ministério Público de Minas Gerais, em parceria com a Receita Estadual e
Polícias do Estado/MG.
Operação em BH: busca e
apreensão na casa do irmão do senador Zezé Perrela
Polícia Federal faz busca e apreensão na casa de
irmão de Perrela
A operação da Polícia Militar está em seis cidades do
Estado. Uma delas é Montes Claros, onde na semana passada policiais prenderam
10 pessoas suspeitas de corrupção
Agentes
da Receita Estadual e da Polícia Militar cumpriram na manhã desta terça-feira,
no apartamento do irmão do senador Zezé Perrela, o empresário Alvimar de
Oliveira Costa, mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. O
empresário é dono da empresa Stillus Alimentação e é suspeito de chefiar
esquema criminoso para manipular licitações para fornecimento de comida para
presídios e escolas públicas em seis cidades mineiras e em Palmas, no
Tocantins. Ele e outros cinco empresários foram alvo de investigação do
Ministério Público Estadual (MPE) por participarem de contratos que
movimentaram a soma R$ 166 milhões, dos quais R$ 55 milhões podem ter sido
desviados. As outras cinco empresas citadas pelo MPE de participar da fraude
apurada são Bom Menu, Gaúcha Alimentos, Gomes Maciel, MC Alimentação e Nutrição
Refeição.
A
presença dos policiais e auditores fiscais na casa de Alvimar faz parte da
Operação Laranja com Pequi, iniciada simultaneamente, na manhã desta
terça-feira, em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Itaúna, Patos de Minas, Três
Corações e Montes Claros, além da capital de Tocantins. A operação é comandada
pelo Ministério Público Estadual, com apoio das polícias Federal e Militar,
além da Receita Estadual.
Em
Belo Horizonte, são suspeitos de participar do esquema criminoso, de acordo com
promotores públicos estaduais, funcionários públicos das secretarias de Defesa
Social e de Planejamento e Gestão, e, também, servidores do DER/MG. Os
promotores também disseram que o principal alvo da Operação Laranja com Pequi é
a Prefeitura de Montes Claros.
As
investigações começaram em 2010, quando foi instaurada pela Polícia federal,
naquele município, inquérito policial destinado a apurar direcionamento da
licitação e o consequente desvio de recursos públicos do Fundeb destinados à
aquisição de merenda escolar. O inquérito foi remetido para o Ministério
Público Estadual, que também investigava o mesmo assunto, além do fornecimento
de alimentação a sistemas prisionais e escolas públicas em municípios mineiros.
Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.
*Jornal Estado de Minas, em Belo Horizonte - Publicação: 26/06/2012 08:18 Atualização:
26/06/2012 10:52 e algumas informações apuradas pelo FN Café News na imprensa em MoC.
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