Ex-prefeito de Januária, Maurílio Arruda, é preso na manhã desta segunda (30) pela Polícia Federal
Outras
três pessoas também são alvos de mandados de prisão temporária. Eles são
investigados por fraudes em licitações e desvio de verbas
Ex-prefeito foi algemado na delegacia da PF. Foto: Reprodução / Inter TV.
|
Com G1 Grande Minas e Luiz Ribeiro - Jornal EM-BH/Adaptações de texto FN Café NEWS
JANUÁRIA (MG) – O ex-prefeito de Januária, Maurílio Arruda, do PTC, foi preso nesta segunda-feira (30) na operação
“Exterminadores do Futuro”, deflagrada conjuntamente pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG), por suspeita de desvio de verbas do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb)no município que ele administrou no período de 2009 a 2012. Ele foi detido juntamente com mais três pessoas (um ex-secretário de Educação, um empresário e um engenheiro), que tiveram prisões temporárias decretadas por cinco dias.
As investigações apontam fraudes em processos licitatórios, que seriam direcionados para uma empresa, com recursos desviados que pode ultrapassar R$ 579.081,29. A população sofre as consequências diretamente, já que obras de reforma de diversas escolas na zona rural ficaram inacabadas.
As investigações apontam fraudes em processos licitatórios, que seriam direcionados para uma empresa, com recursos desviados que pode ultrapassar R$ 579.081,29. A população sofre as consequências diretamente, já que obras de reforma de diversas escolas na zona rural ficaram inacabadas.
Segundo a PF, as investigações começaram
em novembro de 2011, quando foram feitas as licitações. Um dos detidos na
Operação “Exterminadores do Futuro”, ontem, foi Alexandre de Sá Rego,
ex-secretário municipal de Educação de Januária na gestão Maurílio Arruda.
Alexandre foi nomeado como assessor técnico da Secretaria Municipal de
Planejamento e Gestão de Montes Claros, conforme ato assinado pelo prefeito Ruy
Muniz (PRB) e publicado no Diário Oficial do município, em 6 de novembro de
2013.
Hoje, o assessor de Comunicação de Montes
Claros, Márcio Antunes, disse que, quando houve a nomeação, o Executivo não
tinha conhecimento de “nada de errado”. “A ordem do nosso prefeito é ter
tolerância zero com o errado. Não consta, na época da nomeação em questão, nada
que o desabonasse. Diante de qualquer evidência do envolvimento dele com fatos
inidôneos, ele será imediatamente afastado da função”, afirmou Antunes.
Também foram detidos na operação da PF e
do MPE o engenheiro Pedro Alcântara. e o empresário Fabiano Durães, um dos
sócios da empreiteira AF Construções, investigada pela suspeita de
irregularidades nas licitações. Segundo o promotor de Januária, Frank Reginato
Medeiros, a empresa foi vencedora de 70% das licitações para obras financiadas
com recursos do Fundeb e com recursos próprios de Januária. Ele disse que uma
das irregularidades observadas foi “a aceitação de títulos da dívida ativa da
união como garantia da capacidade financeira das empresas licitantes”.
As investigações também apontam que
“diante da inexistência de conferência das medições das obras”, empresas
envolvidas “emitiam notas fiscais sobre trabalhos não executados ou sobre
serviços executados em completo desacordo com as especificações do projeto”. O
engenheiro Pedro Alcântara seria responsável por emitir “laudos’, atestando a
“conclusão” dos serviços. Laudo de vistoria realizada pelo Ministério Publico
Estadual em escolas na zona rural de Januária aponta irregularidades em
diversas obras de reformas de escolas e serviços que teriam sido pagos, mas não
executados.
Na Escola Municipal da comunidade de
Araça, não foram feitos diversos serviços como fossa séptica as construções
executadas apresentam trincas nas paredes. Os alunos e professores não podem
usar o banheiro da escola e, por conta disso são obrigados a fazer as
necessidades no “mato” mesmo. Foram pagos R$ 102.862,21 por serviços não
concluídos na escola, informa o relatório da vistoria.
O levantamento do MPE apontou
irregularidades em outros locais como na escola da comunidade de Areião, onde
foram pagos R$ 164.076,13 à empreiteira; “Na vistoria foi constatado que
alguns serviços não foram executados, tais como: engradamento em estrutura de
madeira (apenas parcial), tinta látex acrílica, telha cerâmica colonial (apenas
parcial), rodapé em cerâmica (apenas parcial), vidros, luminária fluorescente,
lavatório de louça, chapisco, revisão geral das instalações elétricas, fossa
séptica, esmalte em esquadrias de ferro, calha de chapa galvanizada, dentre
outros. A escola não tem fiação elétrica. As paredes da cozinha e banheiro
foram demolidas em função do risco de desabamento”, diz o laudo técnico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se à vontade para postar seu comentário.
Espaço aberto à participação [opinião] e sujeito à moderação em eventuais comentários despretensiosos de um espírito de civilidade e de democracia.
Obrigado pela sua participação.
FN Café NEWS