Câmara dos Deputados debate proposta de aumento no repasse ao FPM
Com informações Agência Câmara Notícias
Plenário da Câmara deve ser palco de votação do aumento de alíquotas de FPM. Foto: Ag. Câmara. |
Pelo texto, o percentual da arrecadação
do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) destinado ao fundo passará de 23,5% para
25,5%. Esse é o valor defendido pela Confederação Nacional dos Municípios
(CNM).
Atualmente, a Constituição estabelece
para os municípios o percentual de 22,5% do imposto de renda e do IPI, além de
1% entregue nos dez primeiros dias de dezembro, totalizando 23,5% de repasse ao
FPM. Com a proposta, o primeiro percentual sobe para 24,5%.
O substitutivo de Forte à Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 406/09,
do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), e a outras sete PECs apensadas limitou-se
à elevação do percentual do FPM.
Mais receitas
O texto original da PEC também amplia a
parcela do ICMS, que é um imposto estadual, destinada aos municípios de 25%
para 30% do total arrecadado. Além disso, transfere 23,5% da arrecadação das
contribuições sociais sobre receita, faturamento e lucro - ou seja, os recursos
do PIS/COFINS e
da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL)
– para os municípios e o Distrito Federal.
Para viabilizar a votação do aumento no
repasse ao FPM, porém, Forte retirou essas transferências. Segundo o relator, a
“catástrofe” dos municípios é tão grande que não se pode esperar uma solução
ampla com todas as mudanças necessárias. “Sempre que se fala em mudanças nas
fatias do famoso ‘bolo’ tributário, esbarra-se em uma série de resistências
que, embora previsíveis, não podem ser ignoradas.”
Renúncias
O relatório critica ainda as renúncias
fiscais feitas pela União e estados que têm afetado a arrecadação dos
municípios. Em 2013, as renúncias de receitas tributárias alcançaram R$ 203,7
bilhões, de acordo com estudo do Tribunal de Contas da União (TCU). Já, em
2012, o total de renúncias chegou a R$ 172,6 bilhões. “Os verdadeiros
proprietários dos recursos nem sequer foram consultados sobre a oportunidade da
renúncia”, afirmou Forte.
A próxima reunião da comissão especial
para analisar o texto de Forte está marcada para o dia 2 de julho, às 14h30.
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