terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Unesco: Qualidade da Educação no Brasil em Xeque


 A qualidade da educação no Brasil foi colocada em xeque nesta terça-feira (19/01), essencialmente na educação básica que envolve os principais níveis de ensino, como educação infantil e ensinos fundamental e médio.  De acordo com o Relatório de Monitoramento de Educação para Todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os índices de repetência e abandono da escola estão entre os mais elevados da América Latina.
A informação do  relatório da Unesco aponta que, apesar da melhora apresentada entre 1999 e 2007, o índice de repetência no ensino fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica expressivamente acima da média mundial (2,9%).
Além disso, o alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros largam os estudos já no primeiro ano no ensino básico. Neste quesito, o País só fica à frente da Nicarágua (26,2%) na América Latina e, mais uma vez, bem acima da média mundial (2,2%). 

Na avaliação da Unesco, o Brasil poderia se encontrar em uma situação melhor se não fosse a baixa qualidade do seu ensino. Das quatro metas quantificáveis usadas pela organização, o País registra altos índices em três (atendimento universal, igualdade de gênero e analfabetismo), mas um indicador muito baixo no porcentual de crianças que ultrapassa o 5º ano. 




 Foto: França Neto/FNCN


Problemas que a educação brasileira ainda enfrenta, a estrutura física precária das escolas e o número baixo de horas em sala de aula são apontados pelos técnicos da Unesco como fatores determinantes para a avaliação da qualidade do ensino. 



 Crise financeira

A crise financeira que ainda reprime o desenvolvimento de países em todo o mundo poderá também ter um reflexo bastante negativo na educação, alerta o relatório da Unesco. De acordo com a organização, o aumento da pobreza e os cortes nos orçamentos públicos das nações podem comprometer os progressos alcançados na educação na última década, principalmente nos países pobres.
"Enquanto os países ricos já estão criando as condições necessárias para sua recuperação econômica, muitos nações pobres enfrentam a perspectiva imediata de uma degradação de seus sistemas educativos", alerta Irina Bokova, diretora-geral da Unesco. "Não podemos permitir o surgimento de uma "geração perdida" de crianças privadas da possibilidade de receber uma educação que lhes permita sair da pobreza." 
Com este cenário, a Unesco avalia que a comunidade internacional não deverá alcançar nenhum dos seis objetivos estabelecidos em 2000, em Dacar, no Senegal, que, juntos, visam a universalização do ensino fundamental até 2015. Segundo o relatório, seria necessário cobrir um déficit de US$ 16 bilhões para atingir essas metas, acabando com o analfabetismo, que hoje atinge cerca de 759 milhões de adulto no mundo, e possibilitando que as mais de 140 milhões de crianças e jovens que continuam fora da escola tenham a oportunidade de estudar. 

Notícia Adaptada. Fonte: Eric Akita, do estadao.com.br 

Um comentário:

  1. Diferentemente dos números do MEC, a qualidade na educação deve ser muito mais que um fator de avaliação numérica, como SAEB, Prova Brasil e IDEB, que são indicadores.
    Precisamos de conteúdos densos ministrados em sl de aula, através de currículos e projetos pedagógicos consistentes.
    Valeu!
    Roni Ferreira - BH

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