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FN Café NEWS - Sábado, 4 de janeiro de 2014: ARTIGO: De olho no dinheiro público... 

Qual é o busílis da questão de transparência e superfaturamento com dinheiro público?

O comerciante Herbert Parente limpa,  de  forma voluntária, a estátua de Drummond pichada na noite de Natal, no Rio. Foto:Maíra Coelho / Agência O Dia. 
                                                                                                                                     Por França Neto
FN Café NEWS - O que afinal é superfaturar com o dinheiro público? Não se sabe bem ao certo qual é o teor dessa prática, ou mesmo, qual o tamanho de cifras superfaturadas dos cofres públicos em obras, por exemplo, de restauração do seu patrimônio dilapidado por atos de vandalismo.

Algum controle interno tem sido exercido na administração pública, como é o caso da Controladoria-Geral da União (CGU) que desenvolve o Programa Olho Vivo no Dinheiro Público para incentivar o controle social. Seu objetivo, além combater à corrupção por meio da transparência na gestão pública, é fazer com que os cidadãos, nos diversos municípios brasileiros, atuem para a melhor aplicação dos recursos públicos. Além disso, o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG) criou um sistema on-line (Big Brother) para vigiar municípios mineiros, fiscalizando as ações de prefeitos numa espécie de ‘malha fina’ no Estado, onde as compras feitas pelas suas 853 prefeituras e respectivas câmaras municipais, além dos órgãos do governo do Estado, serão, em tempo real e instantâneo, fiscalizadas suas licitações e contratos feitos com dinheiro público.

Só que há uma distância enorme entre o fato real de uma eventual transparência na administração pública e sua perspectiva ideal/legal no cotidiano, uma vez que boa parte de seus gestores públicos age, de forma nebulosa e escabrosa, no trato com o dinheiro público.

Um exemplo disso, foi a pichação à estátua de  Carlos Drummond de Andrade, um dos principais atrativos turísticos do Rio de Janeiro (RJ), que fica na orla de Copacabana, zona sul carioca. A imagem amanheceu pichada com uma tinta branca, na noite de Natal (25/12/2013). De acordo com o que foi noticiado nesse período, “a Prefeitura do Rio disse que custaria R$ 25 mil reais e 20 dias” para restaurar a estátua de Drummond, pichada pelo jovem empresário Pablo Lucas Faria, da cidade de Uberaba (MG), que foi identificado por meio de monitoramento de câmera da polícia militar.

Enquanto a Prefeitura do Rio levaria 20 dias para recuperar a estátua, com um custo elevadíssimo, o comerciante Herbert Parente, 64 anos, foi lá e restaurou de graça, em menos de uma hora, o monumento drummondiano. Ao ouvir no rádio a notícia sobre a pichação da estátua de Drummond, Parente não pensou duas vezes. Pegou thinner — espécie de solvente —, estopa, flanela e pincel e caminhou pelas ruas de Copacabana em direção ao monumento, na zona Sul da cidade. O comerciante, que é dono de uma loja de material de construção, limpou, de maneira voluntária e eficiente, a estátua pichada do poeta.

Diante desse episódio, cabe, enfim, uma reflexão por meio de algumas indagações: quanto se superfatura com o dinheiro público em obras? Por que tanta morosidade na restauração do patrimônio público? Será se diante dessas questões não está o busílis da questão na administração pública: a corrupção nua e crua, além da falta de transparência e da ineficiência com o dinheiro público? O certo é que o eleitor deve ficar atento para essas eventuais práticas na máquina estatal. Em outras palavras, ‘de olho no dinheiro público...’ .
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FN Café NEWS, quinta-feira, 18 de julho de 2013
Para a classe política acuada e sem legitimidade moral-representativa, a população propõe: Renúncia Já!
Por França Neto*
Do jeito que a onda de protestos de ruas  vai e vem, pedidos de renúncias e impeachments, por meio de "Fora!", podem ressurgir, com toda verve popular, na pauta da agenda nacional e política deste ano. Foto: Portal Uai/arquivo 2013.
Com o recrudescimento dos atos de protestos de ruas, por meio de manifestações, de forma violenta, com destruições, depredações, ocupações e invasões de prédios público-privados, observados, na madrugada desta quinta (18) no Rio de Janeiro, o poder político e toda mega-lógica da organização financeiro-capitalista [TV, repartições públicas, bancos e shopping] estão novamente acuados, sob um dilema crucial, proposto, de maneira geral, pela população: Renúncia Já!

A repercussão da onda de protestos no País pode coloca em xeque a reeleição de diversos governantes no Brasil, inclusive acenando para um possível impeachment de alguns deles, além de ‘melar’ a realização de dois eventos importantes no País: ‘Copa do Mundo e Olimpíadas’.

Assim, o sistema político-capilista vigente no País, configurando-se atualmente como uma ‘rede de ruínas’, não atende mais ao interesse da esmagadora maioria da população brasileira, pois há literamente uma falência múltipla de seus órgãos e de suas instituições que permanecem insensíveis, uma espécie de coma profundo, ante aos anseios dos cidadãos por mais escola e saúde de qualidade, mobilidade urbana/transporte, segurança, emprego e habitação.

No caso do sistema político-representativo brasileiro, este faliu completamente num prospecto de legitimação e/ou legitimidade da nossa recente democracia, com 122 anos de proclamação/instituição da República, bem como 21 anos após eleições diretas para cargos eletivos majoritários no País: presidente.

Robert Dahl (cientista-político) assinala um governo como legítimo quando “o povo acredita que seus atos, procedimentos, decisões, políticas, estruturas, autoridades ou líderes são apropriados, moralmente justos (...)”.

Destarte ao pensamento dahliano, percebe-se que o sistema político-partidário não tem mais legitimidade, pois a visão da ampla maioria da população brasileira não acredita mais nos seus atos e procedimentos, ou mesmo, nas suas ações e decisões políticas. Talvez fosse melhor, neste momento, para todos ocupantes de cargos eletivos (presidente da República/vice, governadores/vice, deputados (federal e estadual), vereadores e prefeitos/vice) que tivessem a grandeza na alma de renunciar de suas funções e convocar novas eleições, sem a participação deles, como atuais mandatários políticos (sem legitimidade e em descrédito na aprovação popular).

Enfim, não é vandalismo nenhum, para qualquer cidadão de bem no País, propugnar hoje no Brasil a seguinte proposta radical e justa aos políticos vigentes: RENUNCIEM JÁ!

*Jornalista e Editor do FN Café NEWS
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SEU LELÉ – Um dos expoentes da política manguense deixa um legado imaterial para Administração Pública local e regional: a respública

Por FRANÇA NETO*


O jovem Lelé, nos arroubos de sua juventude política, em Manga (MG.). Foto: Arquivo FN Café NEWS

Um dos expoentes da política manguense, José Lino Diamantino França, mais conhecido como Seu Lelé, deixou um legado imaterial para futuras gerações de líderes e gestores no norte de Minas. O legado de Seu Lelé tem uma forte ressignificação, hoje e sempre, para Administração Pública regional e local de se desenvolver, por meio de seus atos, pensamentos e gestos, de forma coerente, uma conduta balizada no princípio republicano brasileiro: ‘de se ter responsabilidade com a coisa pública’, ou seja, da ideia da respública, levando-se em conta princípios morais e éticos na sua competência prático-administrativa.


 

Nesse propósito republicano, José Lino Diamantino França foi um verdadeiro exemplo de dignidade e honestidade como homem público, o qual se tornou uma referência expressiva para gestores públicos, através da sua dedicação devota ao interesse público manguense e regional.

 

Seu Lelé, alcunha lhe dado, durante a pureza dos tempos idos de infância-adolescência, dignificou sua vida pela competência necessária e ímpar, como verdadeiro exemplo de homem público, em diversos espaços de instituições públicas que ele atuou no Norte Minas.

Em 1962, Diamantino França, como funcionário público, ajudou Antônio Lopo Montalvão na criação do município de Montalvânia.

Em meados de 1970, José Lino Diamantino França foi eleito o vereador mais votado da história de Manga, superando o mais dois mil votos (recorde nesse município), em cédulas onde se registrava o voto, de forma manuscrita, assinalando então nome por extenso do candidato. Guardadas as proporções dessa votação nesse período, Diamantino França teria, hoje, vaga assegurada no Legislativo montes-clarense, como foi na eleição de 2012 de alguns de seus membros que obtiveram pouco mais de mil votos, conforme registrou o TRE-MG.

Como vereador e presidente da Câmara manguense, Seu Lelé fez solicitações junto ao então governador do Estado de MG, Francelino Pereira, e ao governo federal, à época, para que a cidade Manga fosse, por exemplo, contemplada com as agências da Caixa Econômica Federal (que funcionou na cidade durante a década de 1980-90) e do Banco do Brasil, que funciona atualmente na Praça P. Costa e Silva daquela cidade.

No seu senso altruísta de empatia pelo desenvolvimento socioeconômico manguense, o vereador José Lino Diamantino França fez, no final do ano de 1970, a doação pública de um terreno (lote) de sua propriedade, situado na região central de Manga (MG), para empresa ex-TELEMIG - Telecomunicações de Minas Gerais S/A, uma antiga holding estatal desse setor, hoje Telemar/Oi. Durante esse período, Lelé atuou ainda como Secretário Municipal de Administração da Prefeitura de Manga, nos governos de Oswaldo Lopes Bandeira, Silvino Pereira Gonçalves e Elzio Mota Dourado.

Em 1982, ele se elegeu, com pouco mais de três mil votos, segundo TRE-MG, vice-prefeito municipal de Manga. Nessa época, Diamantino França presidiu também presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Manga e, além disso, ajudou, como presidente da Federação de Associações Comunitárias da microrregião de Manga/Jaíba/Matias Cardoso, na organização dessas entidades para o associativismo comunitário, demandando, por exemplo, projetos de irrigação para pequenos produtores, por meio de articulação com órgãos públicos como a Emater/Sec. Est. Trabalho/Min da Agricultura, em Brasília-DF.

Na década de 1990, ao se eleger como presidente da Associação dos Amigos de Matias Cardoso (ainda distrito de Manga/MG), José Lino Diamantino França foi um dos responsáveis direto pela articulação e emancipação desse município. Com a emancipação de Matias, Lelé foi, ainda, funcionário dos quadros de servidores públicos dessa municipalidade, na qual ajudou estruturar a organização administrativa dessa Prefeitura. Lelé, durante esse período, foi ainda presidente da Liga Manguense de Futebol e Desportos, organizando o campeonato municipal manguense nos idos de 1985-86.


O jovem Lelé, nos arroubos de sua maturidade de vida e política, em Montes Claros (MG). Foto: Arquivo FN Café NEWS.
Na transição do final da década de 1990 para 2000, Diamantino França mudou-se para Montes Claros (MG), maior cidade da mesorregião do Norte de Minas, com pouco mais de 360 mil habitantes, onde lá tentou educar seus filhos, por meio de uma formação mais densa em nível superior de ensino. Alguns de seus filhos se destacaram para o exercício do magistério superior, como os professores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Silvana Diamantino França (Pedagoga/Doutoranda em Educação Portugal) e José França Neto (Jornalista e Pedagogo/Doutorando em Educação pela UnB Brasília-DF). Além deles, Viviana, que se formou em Letras/Português; Gleysiana, em Letras; Remington, que seguiu os passos do pai e foi assessor em diversos do Legislativo da região, como Miravânia e Manga, e é formado em Contabilidade e Normal Superior, cursando Engenharia Civil em Montes Claros; Ricardo Antônio foi funcionário da Cemig, e atualmente é empresário no ramo de empreendimentos do setor energia elétrica. Ainda, Seu Lelé deixou ainda os seguintes filhos: Nathan, que é funcionário público; Emerson (eletricista) e Morgana (Pastora Evangélica).

Em Montes Claros (MG), Sr. Lelé não se cansou da política, intitulada com ‘P’ maiúsculo, e, nesse sentido, foi presidente da Associação do Bairro Jardim Liberdade, cuja localização situa-se na região sul da cidade, entre os parques Municipal e Sapucaia. Ele presidiu essa Associação de 22 de janeiro de 2010 a 23 janeiro de 2013 (data de sua morte). A Associação do Bairro J. Liberdade teve o seu reconhecimento como entidade, graças aos seus constantes expedientes formais-legais e às suas intervenções junto à Câmara e ao Executivo de Montes Claros. Em 2012, a Associação, presidida por Diamantino França, foi reconhecida com o título de utilidade pública, por meio de Lei Municipal do Executivo Montes Claros. Nesse aspecto, Seu Lelé também prestou relevantes serviços à comunidade montes-clarense.

Ele faleceu em 23/01/13 (4ª feira), no hospital Santa Casa, em Montes Claros (MG), por volta das 19h30, vítima inicial de uma pneumonia que agravou o quadro clínico para edema pulmonar e evoluindo para complicações nos rins, com parada cardiorrespiratória, logo em seguida.

Filho de José Januário Luiz de França e Izabel Diamantino França. Casado com Dona Dolores Maria de Jesus França, com quem teve nove filhos. Seu Lelé nasceu em São João das Missões (MG), em 09 de março de 1936.

Destarte ao legado de Seu Lelé, cabe uma reflexão aos futuros gestores de se levar, de forma efetiva, na administração pública o grau de politicidade no qual se desenvolva a consciência da respública, por meio da transparência, legalidade e efetividade, comportamentos que devem prevalecer no âmbito do neoinstitucionalismo no setor público.

* Artigo Publicado no FN Café News em 18/06/2013. FRANÇA NETO é jornalista e editor do FN Café NEWS; doutorando em Educação pela UnB/Brasília-DF - Linha de Pesquisa: Educação, Comunicação e Tecnologias e eixo temático: Mídias e mediações pedagógicasmestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.

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FN Café NEWS - Quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

José Lino Diamantino França foi um exemplo de homem público, com retidão, dignidade, honestidade e hombridade na Administração Pública

Seu Lelé: Foi... Foi bom e pra sempre será

José Lino Diamantino França: um exemplo que fica para os futuros gestores
Por França Neto (De Luto)
Sem palavras, chorando copiosamente pelas conexões de aeroportos (Ilhéus-BA/Campinas-SP e BH-MoC), fiquei tácito diante da vida digna que se foi ontem (23/01 - 4ª feira), no hospital Santa Casa, em Montes Claros (MG), por volta das 19h30, vítima inicial de uma pneumonia que agravou o quadro clínico para edema pulmonar e evoluindo para complicações nos rins, com parada cardiorrespiratória, logo em seguida. Essa vida cheia de dignidade, ou melhor, para ser mais preciso, repleta de hombridade na vida político-administrativa, era então o meu pai José Lino Diamantino França, o Seu Lelé. Com ele, aprendi que 'não se leva um centavo' da administração pública, pelo contrário, se combate à sua corrupção, ao seu nepotismo e favorecimento de grupos que têm como meta o casuísmo na vida pública.
Diamantino França, Sr. Lelé, foi presidente da Associação do Bairro Jardim Liberdade, em Montes Claros (MG), de 22 de janeiro de 2010 a 23 janeiro de 2013. Além disso, fundou e presidiu a Associação de Amigos  de Matias Cardoso (MG), a qual culminou para emancipação deste município. Presidente da Câmara Municipal (vereador mais votado: mais dois mil votos obtidos/recorde histórico), vice-prefeito, secretário de administração da Prefeitura de Manga, nas décadas de 1970 e 1980. Presidente das Federações das Associações Comunitárias dos Municípios de Manga, Jaíba, Miravânia e Matias Cardoso (MG), na década de 1990; presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Manga (MG), década 1990; e, presidente da Liga Manguense de Futebol.  Filho de José Januário Luiz de França e Isabel Diamantino França. Casado com Dona Dolores Maria de Jesus França, com quem teve nove filhos. Nasceu em São João das Missões (MG), em 9 de março de 1936.
Cheguei até a esboçar algumas palavras sobre essa hombridade de Seu Lelé, tanto no velório quanto no sepultamento, mas tive a nítida sensação de que meu coração está cheio pelo 'grito de alerta', como Gonzaguinha [não um ‘copo cheio’, mas um copo vazio]
Quis escrever... No entanto, ‘gastei horas e mais horas pensando’, mas não sei o que dizer nessas horas.
Portanto, é uma vida que vai... Mas a qual não se esvai, pois ficaram marcas registradas. Não apenas das pegadas de identidades de seus filhos, mas, sobretudo, daqueles que souberam, com hombridade, seguir seus passos, por meio de uma personalidade ímpar e íntegra na administração pública.
A família agradece os sinceros votos de carinho recebidos pela passagem de José Lino Diamantino França.
Vale que vale ser digno nesta vida.
Valeu Seu Lelé!





REPERCUSSÃO DA MORTE DE 'SEU LELÉ' NA IMPRENSA ALTERNATIVA DA REGIÃO E EM MANGA (MG)

Em Tempo Real Luís Cláudio Guedes
Morre José Lino Diamantino França, o Lelé, ex-vice-prefeito de Manga
Morreu na madrugada desta quinta-feira (24), em Montes Claros, aos 76 anos, o ex-vice-prefeito de Manga José Lino Diamantino França, ou Lelé, como ele era mais conhecido. Lelé ficou internado por 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva do hospital da Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu ao coma e ao tratamento de hemodiálise a que se submetia. Não foi informada a causa da morte. O corpo está sendo velado na Igreja Batista Liberdade e o sepultamento acontece na tarde de hoje, às 16h00, em Montes Claros.
Lelé dedicou boa parte da sua vida à carreira de servidor da Prefeitura de Manga, onde exerceu vários cargos desde a década de 1960, quando ingressou no serviço público ainda durante a gestão do ex-prefeito Antonio Montalvão. Na década de 1980, ele foi eleito vice-prefeito do município na chapa encabeçada por Élzio Mota Dourado (1983/1988).
Também consta do currículo de José Lino Diamantino França a maior votação para o cargo de vereador da história do município, com mais de dois mil sufrágios -- marca não mais repetida com a redução populacional em razão das emancipações e formação de novos municípios. Durante o segundo mandato do ex-prefeito Owsaldo Lopes Bandeira, Lelé era o funcionário responsável pelos avisos e nota de interesse público, que eram emitidos por dois alto-falantes instalados em cada extremo do então recém-inaugurado prédio da Prefeitura de Manga.

Exemplo de servidor público devotado e fiel à causa, Lelé não chegou a receber, em vida, o reconhecimento pelo exemplo de honestidade e seriedade no trato com a coisa pública com que sempre pautou sua trajetória de vida. Após aposentar-se, ele fixou residência em Montes Claros, para facilitar os estudos dos filhos. Entre eles, o jornalista José França Neto, hoje professor da Universidade Estadual de Montes Claros, e o empresário Ricardo Antônio Diamantino França. O ex-secretário da Câmara de Manga, Remington Diamantino França, optou por permanecer em Manga, onde segue os passos do pai em diversas passagens por legislativos região. Destaca-se ainda a professora da Unimontes, Silvana Diamantino França que é coordenadora do PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Seu Lelé deixou ainda os filhos: Morgana, Emerson, Nathan, Viviana e Gleysiana, além de netos e bisnetos. Era casado com Dª Dolores Maria de Jesus França.

Morre Lelé, o vereador mais votado na história de Manga

Do Blog Sou Daqui de Manga/Professor Robério
Faleceu hoje (24) de madrugada em Montes Claros, José Lino Diamantino França, conhecido carinhosamente por Lelé. Conforme informações da família, Lelé não teria resistido ao tratamento de hemodiálise em que se submeteu nos últimos 12 dias em um hospital de Montes Claros. O corpo esta sendo velado na Igreja Batista Liberdade e o sepultamento está previsto para as 16:00h de hoje em Montes Claros.

Além de homem dedicado à família e um pai exemplar, Lelé viveu envolto das coisas públicas. Fez carreira política em Manga: foi o vereador mais votado da história do município e vice-prefeito entre 1983 e 1988, quando da administração de Élzio Mota Dourado. Exerceu outros cargos importantes na administração municipal, e mesmo depois de ter fixado residência em Montes Claros não deixou de se envolver com os interesses da coletividade. Ainda conforme informações da família, nos últimos anos Lelé liderava uma associação comunitária e era o membro mais empolgado em busca de soluções para os problemas do bairro em que vivia.

Manga perde, sem dúvida, um dos ícones da história política do município. Sua obra, que ainda esta para ser contada, revelará a luta que empreendeu para que o município finalmente encontrasse os caminhos da democracia e da cidadania.


MENSAGENS
Mensagens enviadas por telegrama e, via Gmail, ao FN Café NEWS em 24/01/2012
Aos professores Silvana Diamantino França e José França
Em nosso nome e no de toda a comunidade acadêmica da UNIMONTES, expressamos os nossos sinceros e profundos sentimentos pela irreparável perda do seu querido pai, José Lino Diamantino França. Desejamos que Deus, em sua infinita sabedoria e misericórdia, possa abrandar a dor que junto aos seus familiares sente neste momento.
Com nosso fraternal abraço,
Professor João dos Reis Canela – Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes.

Professores Silvana Diamantino França e José França Neto
Expressamos os nossos sinceros e profundos sentimentos pela perda do vosso pai, JOSÉ LINO DIAMANTINO FRANÇA. Desejando que Deus possa atenuar a dor que vossas senhorias, familiares e amigos sentem neste momento, solidarizamo-nos e colocamo-nos a dispor para o que for necessário
Professora Maria Soares de Almeida  - Vice-reitora da Unimontes.

Prezados Professores, Silvana Diamantino França e José França Neto:
Com imenso pesar, manifestamos nossos sentimentos pela passagem de seu querido pai, José Lino Diamantino França.
Montes Claros, 24.01. 2013
DIREÇÃO CCH – Centro de Ciências Humanas /Unimontes– Professor Antônio Wagner Veloso Rocha: "Triste notícia. Força, meu irmão... Abraço,  Wagner Rocha". 

França, meu irmão,
Manifesto, mais uma vez, a minha solidariedade a você e à Silvana pela triste passagem do seu pai José Lino Diamantino França. As palavras dolorosamente proferidas por você no momento da despedida, sem dúvida, expressaram traços significativos e marcantes da trajetória desse que soube valorizar o ser humano e acolhê-lo, desse que deixou um legado de honestidade e humildade, uma lição para os seus filhos, netos e demais familiares, "uma vida que se vai, mas não se esvai", conforme você mesmo salientou com o coração angustiado e sofrido. Num belo poema, intitulado "Resíduo", o nosso poeta Drummond afirma que "de tudo fica um pouco", mas acredito que do Sr. José Lino ficou um muito para aqueles que caminharam com ele durante o tempo em que aqui esteve e semeou boas sementes.
A você e Silvana, sua sábia mãe Dona Dolores, seus irmãos, sobrinhos e toda a família, desejo o conforto desta hora, a luz da esperança...
 Abraço e paz!
 Wagner Rocha.

Oi França,
Receba nosso abraço! Só agora soube da passagem do seu pai. Fiquem em paz! "As pessoas não morrem, ficam encantadas." (Guimarães Rosa)
Profª. Ros'elles – Coordenadora Campus de Januária/Unimontes
 
Querido José França,
Que Deus  conforte e console seu coração e de toda sua família e amigos neste momento de pesar, a oração nos dá sustento nestes momentos, esteja em paz e conte comigo para o que precisar. Um abraço bem carinhoso.
"A semente no solo Mostra a ressurreição.
Todos estamos vivos Na presença de Deus."
Campus de Pirapora/Unimontes 

ESTIMADOS AMIGOS JOSÉ FRANÇA E SILVANA,
QUE DEUS LHES DÊ MUITA FORÇA NESTE MOMENTO. É UMA PERDA IRREPARÁVEL PARA VOCÊS E TODA A FAMÍLIA. ESTA DOR É COMPARTILHADA PELOS AMIGOS... EU COMPARTILHO DESTE TRISTE MOMENTO... MAS SEI QUE É UMA DOR ÚNICA E SOLITÁRIA, FICA UM VAZIO PROFUNDO NA VIDA DA GENTE... EXPERIMENTEI MOMENTO SEMELHANTE AOS 12 ANOS DE IDADE E DIGO QUE HOMENS COMO O MEU PAI E O DE VOCÊS SÃO RAROS NOS DIAS DE HOJE.
 MUITA PAZ E MUITA LUZ!!!ABRAÇOS DO AMIGO,
PROFESSOR JOÃO ROBERTO
DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA/COORDENADOR DO CAMPUS DA UNIMONTES EM BOCAIUVA

Professor José França Neto: A Diretoria da Adunimontes lamenta o falecimento do Sr. JOSÉ LINO DIAMANTINO FRANÇA. As nossas sinceras condolências pela enorme perda que sofreram.
Associação dos Docentes da Unimontes - ADUNIMONTES

França, 
Soube agora, via Face, da morte do amigo Lelé. Meus sentimentos, extensivos à toda família
Luís Cláudio Guedes – Jornalista e Editor do Em Tempo Real

Meus queridos amigos, Sil e França,
Neste momento de extrema dor que estão passando, gostaria de humildemente oferecer essa linda mensagem que retrata o amor de nosso senhor Jesus Cristo para conosco. Quero dizer-lhes que apesar da dor imensa da perda de um ente querido, é nossa obrigação CONFIAR NA MISERICÓRDIA DO NOSSO PAI CELESTIAL.
Que ele os conforte hoje e sempre.
Com carinho,
Profª Rita Tavares Unimontes 

França, que Deus te dê o conforto necessário neste momento difícil. Um grande abraço, Márcia] - Profa Drª Márcia Ambrósio - Belo Horizonte/Universidade Federal de Ouro Preto - MG

França, querido amigo. Infelizmente não pude estar presente neste momento tão doloroso. Qdo Wagner me avisou, eu já estava em viagem. Que Deus o conforte e dê forças para vc e sua família. Grande abraço meu e da minha mãe. Um abraça tb para Zô.
Profª Ana Claudia Archanjo/Unimontes – Montes Claros (MG)

Meus sentimentos, amigo França
Jefferson James James – Belo Horizonte - MG

França, força e fé nesse momento difícil. Meus sentimentos. Um abraço
Gloria Morato – São José dos Campos - SP 

Faleceu no dia 23 jan, o irmão José Lino Diamantino França (Seu Lelé), o irmão José Lino, foi um homem que contrinbui muito para o desenvolvimento da cidade de Manga e região, sendo Vice-prefeito, Presidente da Câmara Municipal e Secretário. Na Igreja Batista da Liberdade foi uma homem muito solícito e voluntarioso, demonstrando muito respeito e consideração para com o próximo. À família nossos sentimentos, e que o Espírito Santo, esteja confortando o coração de cada um, nesse momento de dor e saudades. Em Cristo Pr reivison terence
Reivison Dias – Pastor da Igreja Batista do Bairro Jardim Liberdade
25 de janeiro 2003 – via Facebook

Querida Vivi, França, Silvana e Família
Estar com muito peso respondo suas noticias do seu querido pai o Sr Lele. Vivi sinto muito por todos de voces ,meu coracao doi por voces  Sempre tive muito respeito ao seu pai. Na minha visita ao Brasil tres anos atras foi completa com a visita a sua familia e a conversacao com Sr Lele. Ate hoje me recordo  aquele tempo com ele e o achei muito genteel. Minha querida Dolores, gostaria de estar com voce neste momento e te dar um abracao e ate chorar contigo. Gracas a Deus pela esperanca nos temos em Jesus.  Jesus cuidara voce.  Que a paz do Senhor encha seu coracao. Estou orando por voce,Aceite um abracao da sua amiga,
Missionária Pamela, em Nova Zelândia – Oceania

Realmente França, seu pai foi um exemplo de político e de funcionário público, nós, vereadores da Câmara Municipal de Manga iremos em um futuro prestar uma homenagem póstula p/ José Lino Diamantino França.
Leonardo Pinheiro – Presidente da Câmara Municipal de Manga (MG) / 8 de fevereiro de 2013 11:35

 COMENTÁRIOS
Comentário No FN Café NEWS, via blog - face e e-mail:
Cara Silvana e José França,
Sabemos que estes são momentos difíceis, tristes e nos desafiam a continuar nossa caminhada com fé e mais fortes.Fiquem com Deus e se precisarem, estamos à disposição.Abraço fraterno em cada um de voces.
Por sermos seres inacabados, navegar é preciso... (Paulo Freire; Fernando Pessoa)
Profa Ms Magda Martins Macêdo
DMTE/ Unimontes

Prezado Colega José França e Silvana,
Lamentamos profundamente a sua perda.Pedimos a Deus que os fortaleça em seu amor infinito e os conforte. Receba nosso abraço.
Professora Guiomar Damasio/Unimontes.

Oi França,
que Jesus conforte a vocês e a toda a sua família nesse momento.
Palavras não ajudam muito, mas o que precisarem estou por aqui.
O que posso fazer para ajudar é colocá-los em minhas orações.
Abraços, ProfªEliana Soares Eliana/Unimontes.

Caros colegas, França e Silvana, que a paz de Deus os conforte nessa
hora e conduza o pai de vocês a uma nova jornada de luz e amor.
Recebam nossos sentimentos e nosso abraço
Professora Ediléia Mendes/Unimontes.

Sil e França,
Recebam nossos sentimentos pelo falecimento de seu pai.
Oramos por vocês e pelos seus. Grande abraço,
Ronilson e Profa Shirley Patrícia Nogueira de Castro e Almeida/Unimontes

Silvana e França,
Meus sentimentos pelo falecimento do pai de vocês.
Que a fê em Deus dê a vocês e a todos os seus familiares muita força para enfrentar esta perda.
Um grande abraço.
Profa. Cleonice Proença – Cléo/Unimontes.

Celma 26 de janeiro de 2013 21:40
Gente eu não sabia que o irmao Lele morreu, meus sentimentos meus amigos. Qeu Deus conforte os seus corações mesmo estando longe , voces permanecem em meu coração , temos uma historia juntos não da pra esquecer. Estou do outro lado do mundo mas posso orar por vocês. Um abraço Celminha

Gabriela Braga comentou facebook.
Gabriela escreveu: "Que pena, perder o pai ou mãe é sempre perder uma referência. Não importa a idade q se tenha imagino que seja como se nos sentíssemos sós no mundo, o que nos conforta são os ensinamentos e a educação que nos foi ensinada. Isso sim é para sempre! Meus sentimentos, professor França."
 

Comentários do Em Tempo Real
RICARDO DIAMANTINO 26/01/2013 00:00
MAIS HISTÓRIA - LELÉ FOI PREFEITO INTERINO DE MANGA- Na Ocasião da Construção do prédio Atual da Prefeitura ...Era tempos de domínio de poderosos Coronéis que perseguiam e ameaçavam o prefeito Oswaldo Bandeira à ponto de se ausentar com medo de represália,imag ine vc`s que tamparam os alicerces da construção.LELÉ era quem abria e fechava a prefeitura e delegava o que seria feito ...O terror era tamanho,que as vezes, disfarçava com uma caçamba a buscar areia e conseguia chegar à Janauba onde encontrava-se com Prefeito Oswaldo Bandeira pra receber as determinações.Por ser fiel ao chefe nâo temeu os coronéis,refez os serviços...montou plantão no local com a policia e tocou a obra,carregou diesel nas costas pra o Sr.Fortuoso não desligar o gerador de energia(que parava as 21h)para que os jagunços não destruissem o serviço do dia ,pelo menos na época da construção da Prefeitura,Mang a tinha noites clareadas até chegar o sol,Atitudes como esta pode explicar o carisma do povo para com ele.

RICARDO DIAMANTINO 25/01/2013 23:06
VEREADOR ELEITO C/4300 VOTOS, NÃO ESTAR NO GUINNESS,CONSTA NO LIVRO FORÇAS VIVAS DA NAÇÃO(anos 80)isso mesmo Seu LELÉ na Década de 70 era quem DESFRUTAVA MAIOR PRESTIGIO POLITICO em Manga, e SE LANÇOU CANDIDATO A PREFEITO,POREM FOI TRAVADO na Convenção do PARTIDO do Prefeito Oswaldo Bandeira(20 anos vencendo)Optara m por Apoiar o Sr.JARBAS, LELÉ Mudou de Legenda, e decepcionado disse“ VOCÊS VÃO CAIR NAS MÃOS DOS seus ADVERSÁRIOS, SABERÃO NESTE MOMENTO QUAL É A VONTADE DO POVO,travaram minha Candidatura ..APOIAREI SILVINO PEREIRA GONÇALVES “ e assim o fez e Percorrendo O GIGANTESCO MUNICÍPIO DE MANGA(Fazia parte :Matias,Jaíba)A presentando ao povo como seu candidato SILVINO PEREIRA(OSCAR FOTÓGRAFO Assim narrou) resultado: Silvino Pereira Eleito PREFEITO,LELÉ Eleito vereador c/mais de 90% dos votos que elegeram o prefeito, e Isso porque dias antes pedia aos seus eleitores que votassem em seus companheiros de Partido, porque já se considerava eleito.Faz parte da história de Manga.

Rosimeyre Alves Mota 25/01/2013 10:46
A todos os familiares de Seu José Lino, os meus sentimentos. Uma perda irreparável. Valeu a pena ter conhecido seu Lelé, um homem sábio,íntegro e alegre. Que Deus os conforte.

Isaias R. Nascimento 25/01/2013 10:01
Morre um verdadeiro cidadão Manguence,mas deixou o seu legado.Que Deus seja o conforto para toda a familia.VIA FACEBOOK

Nelson 25/01/2013 05:31

meus pêsames e condolências para a familia do josé lino só nos restam agora é orar.(melhor é o fim das coisas do que o principio. (bíblico)).

RICARDO DIAMANTINO 24/01/2013 22:12
Queria aqui agradecer em nome da família a todos que mandaram suas mensagens de apóio e solidariedade : via celular,Web e atraves do envio de flores ...Agradeço a todos as palavras de conforto ....fiquei feliz por tantos que nos recordam e consideram ." Meu pai foi um exemplo de DIGNIDADE - Palavra que define uma linha de honestidade e ações corretas baseadas na justiça e nos direitos humanos, construída através dos anos criando uma reputação moral favorável ao indivíduo. Respeitando todos os códigos de ética e cidadania e nunca transgredindo-os, ferindo a moral e os direitos de outras pessoas.
Obrigado !

Célia Sorly De Souza 24/01/2013 21:37
Fomos comunicados hoje! Que Deus console essa família, irmãos e amigos nossos Por esta perca!VIA FACEBOOK

Xica 24/01/2013 21:07
Meus Sentimentos a Família, que Deus esteja com voces hoje e sempre.

Sebastiao Sales 24/01/2013 17:05
Meus sentimentos a todos da familia,que Deus os conforte.Tiao cover

Antonio Araujo 24/01/2013 13:13
No momento em que postava o comentário anterior, chegou a minha residência um grande companheiro do Senhor Lelé. O também ex-vereador Israel De Araujo Pimenta, que ao ser informado do óbito, lembrou do aprendizado que teve com ele sobre política, assim como dos vários projetos que ele ajudou a implantar no município de Manga. Momento em levo a toda a família os meus sentimentos.
Israel Pimenta

Alda Dourado 24/01/2013 13:08
Meus sentimentos a toda a familia, que Deus possa confortar a dor de cada um.abraços. Alda e familia

Antonio Araujo 24/01/2013 12:51
Um grande homem, um exemplo a ser seguido. Com relação a expressiva votação, há de ser lembrado que vereador nem remuneração recebia naquela época, foi fruto do puro respeito e carisma que o povo teve por ele. À família os meus sentimentos, que Deus conforte a todos.

Policarpo Pelé 24/01/2013 11:36
A meus colegas de infância Som, Natan, Ricardo, Remington e França meus sinceros sentimentos, força amigos, neste momento é união e força, eu já perdi meu pai e recentemente perdi meu sogro, realmente não á fácil, desejo-lhes toda força do mundo, que Deus abençoe a todos. Vcs sabem muito bem quem foi seu pai e valor que merece. Abraços a todos!

Policarpo Pelé 24/01/2013 11:33
Uma pessoa de grande dignidade e responsabilidad e, tive o privilégio de conhecê-lo, e também de prosear, alí na CAMIG, todos os dias ele passava lá conversava com o meu pai e eu. Meus sentimentos a toda família. Pena os políticos e ou sociedade manguense não dão valor ao homens de bens que deram suas vidas por esta cidade. É lamentável.

Oliveira Júnior 24/01/2013 11:18
"Seu" Lelé morava na beira do rio São Francisco, perto do Fórum de Manga. Meus sentimentos à família, principalmente ao amigo e colega Remington (do tempo da escola Olegário Maciel) e ao colega jornalista França.

Lucas 26/01/2013 14:01
Grande Homem, grandes LEMBRANÇAS, deixará saudades LELÈ com certeza para aqueles que se julgam homens publicos que na verdade são publicos mesmo pq não aparecem.

Comentário do Soudaquidemanga:
Geovany Pimenta24 de janeiro de 2013 16:13
Luto!! Hoje faleceu um grande amigo, Lelé!! grande homem.
Homem digno, honesto e que ajudou a construir a cidade de Manga, trouxe moralidade e humildade para a politica manguense, ajudou muita gente hionesta a iniciar vida publica, como exemplo: Meu pai Israel Pimenta; em fim!! é uma grande perca pra Manga. Abraço a toda familia.

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FN Café NEWS - sábado, 20 de outubro de 2012

 Algumas palavras na sucessão municipal em Montes Claros

Apartheid ou bairrismo contra o estrangeiro/forasteiro na eleição municipal para prefeito em Montes Claros?

Por França Neto
Guernica, de Pablo Picasso - 1937
Durante sucessivos governos do Partido Nacional, a África do Sul foi ensandecida pelo apartheid, que era um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994, no qual os direitos sociais, humanos e políticos da grande maioria dos habitantes – ‘a população negra’ – foram restringidos pelo governo formado pela minoria da população branca.


A política oficial de segregação racial dividia a África do Sul entre negros e brancos. Os negros, por exemplo, eram segregados pela minoria branca a áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas do convívio social, oferecendo-lhes serviços de qualidade inferiores, em condições subumanas.
O chamado bairrismo, de acordo com conceituações clássicas, significa a qualidade ou ação de quem frequenta ou habita um bairro. No entanto, o termo bairrismo evoluiu para uma conotação negativa e hoje está, geralmente, vinculado a uma visão estreita de mundo que ‘menospreza tudo aquilo que vem de fora’, considerando, portanto, sua terra natal como um local sagrado e intocável para os forasteiros ou estrangeiros.
Diante dessa revisão de termos, será que o apartheid e o bairrismo contra o estrangeiro ou forasteiro são fatores determinantes e legítimos para um grupo político querer governar Montes Claros por quatro anos?
Pois bem, indago isso porque fiquei muito apreensivo com fatos e versões surgidos na eleição deste ano para prefeito na cidade, quando se veiculou, na semana passada, em pleno horário eleitoral um spot publicitário divulgado no rádio, de uma coligação partidária, que trazia o menosprezo a um moto-taxista forasteiro. Durante a encenação no spot, um passageiro perguntava ao moto-taxista onde fica tal bairro da cidade. De imediato, o moto-taxista respondeu que ‘não sabia’. O diálogo entre os dois prossegue, passando a ser assim: o passageiro então pergunta: “– ué, você não é daqui, não”. O motoqueiro responde: “ – não. Sou de Manga (cidade)”. O passageiro, com deboche: “– ah, você é de Manga! Então, você não conhece a cidade”, numa alusão à candidatura adversária, que tem como cabeça de chapa um deputado estadual que foi vereador em Manga (MG).
Além disso, há notícias anônimas, sem confirmação, de que a coligação responsável pelo spot tenha centrado fogo contra esses forasteiros e estrangeiros que moram na cidade. Ou seja: em hipótese nenhuma, seus membros aceitam/toleram a eleição de um forasteiro ou estrangeiro em Montes Claros.
Na minha visão cosmopolita, senti-me ofendido e preocupado, pois sou, antes tudo, cidadão do mundo. Além do mais, moro e atuo como professor nesta cidade há 10 anos. Sou, portanto, cidadão forasteiro, nascido em Manga (com muito orgulho) e adotado por mais de 20 anos em Belo Horizonte (MG), onde tive uma plena formação crítico-acadêmica. Nas horas vagas, reservo-me na tentativa de exercer o jornalismo ético neste ciberespaço, que tem o compromisso com o desenvolvimento humano.
Creio que esse comportamento de intolerância aos estrangeiros não só ofendeu a mim enquanto cidadão, mas agrediu e desrespeitou a todos aqueles que aqui vieram viver, sobreviver e sonhar.
Não quero aqui atingir, com uma visão mesquinha e reducionista, nem o candidato da coligação A nem o candidato da coligação B. Mas, falo, neste humilde espaço, de convicções críticas e éticas que me fizeram refletir sobre essas ideologias conservadoras, preconceituosas e xenófobas contra o estrangeiro, as quais prevalecem, ainda, na eleição 2012 para prefeito em Montes Claros, caracterizando como atraso para o desenvolvimento socioeconômico, educacional e cultural na cidade.
Nessas reflexões, pude compartilhar com colegas de profissão, alguns deles: corjesuense, navarrense, eneapolitano bocaiuvense, januarense, belo-horizontino e montesclarense, o quão prevalece ainda na cultura da política local o ranço contra aqueles que vêm de fora. Numa análise superficial, constata-se o bairrismo que impede qualquer proposta de renovação, formulada por alguém que seja de fora, assegurando, assim, o status quo de velhas elites que tentam perpetuar o poder político na cidade. Nesse embate entre tradição e modernidade, percebe-se, também, por meio da análise dos discursos, os que querem iludir e os querem iluminar em suas propostas para se chegar à Administração Pública local.
Destarte, Montes Claros, cidade com pouco mais de 370 mil habitantes (246.711 eleitores), o sexto maior município em população no Estado e a maior cidade do Norte Minas, não pode ficar refém dessas ideologias conservadoras, tão enclausuradas em suas redomas, promovendo o bairrismo, ou piorapartheid sociocultural e político que, longe de ser uma perspectiva concreta/efetiva na nossa sociedade, suscita, às vezes, em pequenos grupos sociais na cidade, de forma furtiva.
Além do mais, Montes Claros, como qualquer adensamento demográfico (BH, Rio e SP), é constituída em sua esmagadora maioria populacional de estrangeiros ou forasteiros. Estima-se, por exemplo, que pouco mais de 70% dessas populações seja formada pelos habitantes que advêm do fluxo migratório de outras regiões e cidades ou outros estados e países. São cidades que, pelo seu desenvolvimento, vão tomando a feição de cosmopolita.
Diante disso, será que vamos permanecer, em pleno século XXI, com atitudes pífias em nossas relações de intolerância para com o outro: estrangeiro, forasteiro, pobres, minorias, etnias, etc., ignorando, assim, a sua diversidade cultural e suas colaborações, do ponto de vista socioeconômico, na construção de uma cidade mais justa e digna para se viver? Será que tais atitudes evidenciam ainda mais o apartheid ou o bairrismo contra o estrangeiro/forasteiro na cidade? Em quais dimensões e proporções ocorrem essas atitudes nas relações sociais? São questões que devemos refletir sempre...

França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
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FN Café NEWS - sábado, 6 de outubro de 2012


Indecisão e indefinição marcam a eleição para prefeito em Montes Claros

Quem vai para o segundo turno da eleição para prefeito de Montes Claros?


30% de eleitores indecisos podem definir o rumo dos candidatos à prefeitura de MoC
 Por França Neto
Jairo Ataíde (DEM), Paulo Guedes (PT), Ruy Muniz (PRB) e Humberto Souto (PPS) podem estar tecnicamente empatados em primeiro lugar na disputa pela prefeitura de Montes Claros, segundo margens de erros das últimas pesquisas de intenção de voto. Mineirinho (PSOL) pode atrair votos de indecisos (29,4%) e Filipe (PSTU), com problemas de registro junto à  Justiça Eleitoral. Arte-design: Revista TEMPO Montes Claros - set. 2012/ Cleber Caldeira.
MONTES CLAROS – Ao analisar as últimas pesquisas de intenções de voto, a eleição para prefeito chega à reta final marcada pela indecisão do eleitor montesclarense e pela indefinição dos candidatos a prefeito que vão para o segundo turno na cidade.

 Intenções de Voto: MDA/Estado de Minas e DataTempo CP2.
Na indecisão, dos 246.711 eleitores no município, percentuais variam de 30 pontos de indecisos na intenção espontânea, da qual o eleitor declara seu voto, até 14% nas sondagens de voto estimulado, de acordo com os institutos MDA/Estado de Minas, DataTempo CP2 e Vox Populi.

Pelo altíssimo índice de indecisos, significa, por exemplo, que quase todos os candidatos a prefeito na cidade têm potenciais chances de se chegar ao segundo turno. Humberto Souto (PPS), que oscila entre 14% e 12% nas pesquisas, tem amplas chances de disputar outro turno da eleição. Outro exemplo, se o candidato Mineirinho (PSOL), que tem apenas 1% das intenções de voto para prefeito, conquistar a preferência dos 29,4% de eleitores indecisos (MDA/EM), ou, dos 25,6%, ele teria então a vaga assegurada na próxima fase da disputa eleitoral em Montes Claros. 

Em relação aos candidatos majoritários/líderes nas pesquisas, Jairo Ataíde (DEM), Paulo Guedes (PT) e Ruy Muniz (PRB) podem ampliar suas vantagens nas intenções de voto para prefeito. Por exemplo, se um desses candidatos conquistar os totais de indecisos, ele poderá liquidar a fatura já no primeiro turno da eleição, com 50% mais um dos votos válidos, evitando, assim, um eventual segundo turno. Sendo assim, 30% de eleitores que estão indecisos podem definir o rumo dos candidatos à prefeitura de Montes Claros.

Portanto, após encerrar na quarta-feira (4/10) o horário de propaganda eleitoral na TV e no Rádio, os candidatos a prefeito de Montes Claros têm intensificado suas campanhas para atrair os votos dos indecisos. Além do mais, eles tentam, neste sábado (6/10), por meio de carreatas e propagandas nas ruas, colocar um ponto final na principal dúvida que ainda paira na cidade: quem vai  para o segundo turno (se houver...) da eleição para prefeito de Montes Claros?

Enfim, talvez essa dúvida seja provocada pela ‘guerra de pesquisas’ em Montes Claros, onde cada candidato apresenta a sua pesquisa ‘encomendada/ paga’, como se ele tivesse liderando as intenções de voto a prefeito na cidade.
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20 anos do impeachment de Collor: onde andará ‘o poder da alegria’?

Por França Neto*

Passeata do "Fora Collor", na 'Praça Sete' em Belo Horizonte (MG). Fotos: Ricardo Medeiros 29 set. 1992.
Com ‘25 anos de sonho e de sangue’, eu me lembro, nos idos de 1990, do dia em que retornei a Belo Horizonte (BH) para estudar o ensino superior. Como ‘rapaz latino-americano: sem dinheiro no Banco, sem parentes importantes, vindo do interior’ (Belchior), meus dilemas pessoais, nesse prospecto subjetivo, eram cada vez mais intensos e imensos, ao mesmo tempo. Desafios eram postos a todo instante: estudos, desemprego, atropelamento no trânsito e intervenções médico-cirúrgicas [CTI...].

Na Capital mineira, descobri, naquele momento, que, ao vivenciar a ‘dor’, era possível a alegria. Não uma alegria qualquer, tola. E descobri não só a alegria de viver, mas ‘o poder da alegria’. Descobri então ‘o poder da alegria em jovens’, como eu, que sonhavam e queriam, com toda a verve da indignação na alma, mudar o Mundo, mudar o País.

Em BH, mesmo com saúde debilitada, desloquei-me, no dia 29 de setembro de 1992, terça-feira, da minha residência até à Praça Sete (‘do Pirulito’), coração e centro nervoso da Capital. Ali, quase 100 mil pessoas, entre estudantes, jovens, aposentados, servidores públicos e trabalhadores, de maneira em geral, faziam passeatas marchando pelas avenidas e ruas envolta da Praça, com faixas, cartazes, e apitos, gritando, com mãos para o alto, de maneira sonhadora e alegre: ‘Fora Collor! Impeachment já!’.
 
No ‘poder da alegria’, juntei-me as essas manifestações pelas quais se pedia o impedimento ou a destituição de Fernando Affonso Collor de Mello (ex-PRN) do cargo de presidente da República do Brasil [motivo: esquema de corrupção que envolvia o ex-tesoureiro da campanha Paulo César Farias – corrupção ativa e passiva e tráfico de influências nos órgãos da Administração Pública federal].

Ao ser impulsionado pela maciça presença do povo nas ruas e praças das capitais e principais cidades brasileiras, a Câmara dos Deputados votou, por 441 a 38 votos, pelo impeachment do presidente, através de sessão no plenário, em Brasília-DF, na qual se julgava a cassação do mandato de Collor de Mello. Essa sessão foi transmitida ao vivo pela TV brasileira, inclusive com telões montados na Praça Sete.

Éramos então contagiados nos quatro cantos do País pelo ‘poder da alegria’. Ou melhor, saímos com o sentimento, naquele período, de que ‘a nossa indignação não era uma mosca sem asas’ e que, com mobilização, ‘ela (indignação) ultrapassa as janelas de nossas casas’, contra-parafraseando a letra do Skank.

Hoje, sábado (29/9), ao se completar os 20 anos do impeachment de Collor de Mello, indaga-se, por meio da transversalidade desses aspectos políticos nos dias atuais: cadê ‘o poder da alegria’ capaz de suscitar a indignação diante dos atuais esquemas de corrupção passiva e ativa na Administração Pública brasileira? Será que nossa indignação se cristalizou na profecia do Skank? Ou mesmo, será que perdemos a nossa capacidade de indignação, ou, de mobilização e participação social contra os escândalos e abusos do sistema político representativo vigente? Enfim, onde andará ‘o poder da alegria’?

*Editor do FN Café NEWS - Publicação: 29/09/2012. Professor e Jornalista.
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FN Café NEWS - sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Eleições em Montes Claros são marcadas por fortes especulações em intenção de voto para prefeito

Por França Neto*
MONTES CLAROS (MG) - Sem muita empolgação, por parte do eleitor montes-clarense que demonstra sua apatia e indiferença pelas ruas, avenidas e pelos bairros da cidade nas eleições deste ano, o embate político entre as campanhas dos candidatos à prefeitura da cidade é marcado por fortes especulações em pesquisas eleitorais, as quais devem ser divulgadas no meio desta semana.

Desde o início da propaganda eleitoral gratuita na TV e no Rádio, não houve nenhuma sondagem de intenção de votos para prefeito de Montes Claros. Com isso, gera-se muita especulação em torno de pesquisas eleitorais entre os candidatos, cada qual produzindo sua survey, tanto quantitativa como qualitativa, e julgando que sua candidatura aparece como líder nas sondagens, tendo, segundo candidatos, sua 'presença garantida no segundo turno das eleições'. Trata-se, aqui, de mera especulação eleitoral.

Pela frequência de divulgação de pesquisas eleitorais nas capitais e cidades de porte médio no Brasil, o Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística) disponibilizou, desde julho, o nome de Montes Claros, em seu portal de pesquisas eleitorais, para eventuais sondagens de intenção de voto para prefeito. Resta saber: quando o Ibope vai divulgar essa pesquisa em Montes Claros? O instituto Datafolha parece que tem apenas intenção de fazer as sondagens nas capitais e principais cidades brasileiras. Se, porventura, for contratado por campanhas nas eleições majoritárias de cidades médias, como Montes Claros, o Instituto deve então realizar ali uma sondagem local. Entretanto, o Datafolha não confirma ainda qualquer sondagem de intenção de voto para prefeito na cidade.

Já o DataTempo/CP2, que vem frequentemente fazendo sondagens na cidade, divulgou, no dia 18/6, a última pesquisa de intenção de votos para prefeito, conforme publicada pelo FN Café NEWS, a qual trouxe empate técnico entre os candidatos Jairo Ataíde (DEM) [23,3%] e [22,1%] Athos Avelino (PSB), cuja disputa, à época, era, de forma acirrada, pela liderança da intenção de voto do eleitor. Em Belo Horizonte, conta-se ainda com dois institutos de renome: o Vox Populi e o MDA/Estado Minas, que, também, não têm previsão de sondagens para a cidade. 

Com pouco mais de 370 mil habitantes (246.711 eleitores), o sexto maior município em população no Estado e a maior cidade do Norte Minas, Montes Claros ainda não se destaca regional e nacionalmente com um grande instituto de pesquisa de opinião pública e estatística.

Com saída oficial de Athos Avelino (PSB) do páreo, na última segunda-feira (10/9), especula-se, por exemplo, na cidade de que a intenção de votos talvez tenha um efeito migratório pulverizador entre os candidatos Humberto Souto (PPS), que substituiu Athos, Paulo Guedes (PT), Ruy Muniz (PRB) e o próprio líder nas pesquisas, Jairo Ataíde (DEM), ainda que em proporções menores nessa migração de votos, pois o ‘democrata’ dificilmente teria uma majoração de votos entre os eleitores de Athos.

Do ‘Quarteirão do Povo’ (Centro da cidade) ao ‘Grande Maracanã’ (um dos bairros mais populosos), nenhum eleitor, na verdade, não se arrisca a nada, nem ao menos um pitaco qualquer, sobre quais candidatos que vão para um eventual segundo turno nas eleições municipais em Montes Claros.

Dessa maneira, sem sondagens dos principais institutos de pesquisas eleitorais, com rigor científico na apuração, vira-se, portanto, mera especulação nesse contingencial de intenções de votos para prefeito na cidade. Por enquanto, o que vale até agora é que todos os candidatos, inclusive Filipe (PSOL) e Mineirinho (PSTU), têm ‘zero voto’ na urna eleitoral do TRE-MG. Cabe ao escrutínio do Tribunal Eleitoral apurar “quem vai encher o balaio” no dia sete de outubro próximo.

*Editor do FN Café NEWS - Publicação: 16/09/2012 
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 Montes Claros 155 anos: reflexões
 Por França Neto*
Cidade de Montes Claros (MG) faz 155 anos nesta terça-feira (3/7)
Ao fazer 155 anos de emancipação político-administrativa, Montes Claros, cidade localizada na Mesorregião do Norte de Minas, distante a 422 km de Belo Horizonte (MG), com 361.971 habitantes, segundo dados do IBGE em 2010, tem muito mais a refletir sobre suas futuras decisões rumo ao desenvolvimento sustentável nos campos educacional-científico, político-econômico, sociocultural e ambiental do que a comemorar em badalações de eventos festivos, regados a shows pirotécnicos em seus parques, avenidas e praças.

Refletir neste sesquicentenário quinto aniversário é muito mais salutar e prudente, para saber: que escolhas faremos nas eleições de 2012? Qual cidade que “queremos ou teremos” nas próximas décadas? Refletir: se esta cidade será pautada pela inclusão, na educação, por meio do pleno desenvolvimento da ciência e tecnologia na idade mídia, ou, pela exclusão a qual se evidencia, cada vez mais, em seus espaços urbanos a vala e o fosso da desigualdade social, observada pela distância marcante entre ricos e pobres?

Por isso, refletir diante das diversas crises que nos assolam evoca para um grau de politicidade e nível de politização de nossa consciência crítica e cidadã, por meio de nossa efetiva participação social. Refletir, por exemplo, sobre a atual crise político-administrativa e educacional, instaurada, a partir do escândalo de corrupção na Administração Publica da cidade, por meio de fraudes na merenda escolar e esquemas de favorecimento de atores políticos e empresas em licitações para obras públicas, através de superfaturamento de preços e irregularidades da qualidade dos serviços prestados, conforme demonstrou duas operações realizadas pela Policia Federal (PF) e Ministério Publico Estadual (MPE), intituladas “Máscaras da Sanidade” e “Laranja com Pequi”.

Ao refletir sobre essas operações conjuntas da PF e do MPE, poderíamos atribuir com todas as letras críticas de nossa consciência dialética e humana de que esses escândalos na máquina pública tratam-se, na verdade, de “máscaras da insanidade”, pois, de forma covarde e demente, tiram o leite, o pão e a alimentação sagrada de crianças indefesas e inocentes matriculadas nos anos iniciais da educação básica.

Reflexões nos trazem luz diante de trevas na Administração Pública e esclarecimentos para futuras e sábias decisões de vida, ou mesmo, de rumo de civilizações que queremos ou teremos na nossa organização social.

Enfim, parabéns Montes Claros! Que essas reflexões sejam sempre dialógicas e internalizadas nas suas ruas, avenidas, praças e esquinas entre seus cidadãos, sujeitos, atores socioeducacionais e políticos, para a realização da vocação de uma cidade onde se respira e se desenvolve o verdadeiro espírito de uma consciência libertária e transformadora, por meio da autodeterminação do povo montesclarense rumo ao desenvolvimento sustentável de seus espaços públicos, de forma ética, equilibrada e transparente, com qualidade de vida. Em outras palavras, um lugar melhor para se viver, conviver, educar e morar, de forma mais justa e humana.

*Artigo Publicado no FN Café News em 03/07/2012. França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.

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*Por  França Neto - francaneto@gmail.com/ francaneto@estadao.com.br

A interação efetiva, na relação Estado/sociedade, pode ser melhor compreendida, hoje, pela capacidade do Governo Eletrônico (E-Governo) em articular políticas e atores sociais para um conjunto de ações e serviços, cada vez mais integrados e participativos. Este pensamento talvez venha a emergir da compreensão de que o E-Governo é um importante meio de comunicação entre o Poder Público e as comunidade locais. Em outras palavras, Governo Eletrônico pode um ser instrumento valioso na criação de uma interface a ser desenvolvida entre governos e cidadãos.
Entretanto, o que significa Governo Eletrônico? Ou qual é a sua definição? Para alguns estudiosos em Ciência da Informação (CI), o E-Governo é muito mais do que uma simples visão de um site ou mesmo um portal hospedado e com endereço na Internet. Trata-se, segundo José Maria Jardim (Doutor em CI), de uma estratégia pela qual o aparelho do Estado faz uso das novas tecnologias para oferecer à sociedade melhores condições de acesso à informação e serviços governamentais, garantindo, assim, maiores oportunidades de participação social no processo democrático. Nessa mesma área do conhecimento, Martin Ferguson, ao falar da ‘Internet e Política’, diz que governo eletrônico representa uma nova maneira de gerenciar e ofertar o serviço público para o cidadão. Ou seja, representa uma transformação como um instrumento capaz de dar capacidade de governo e de ofertar benefícios, políticas e serviços mais eficazes para população.
Diante disso, pode-se dizer que fica, hoje em dia, praticamente inviável para qualquer prefeitura no País, ou mesmo qualquer governo no Brasil, sobreviver sem a idéia de levar a sério uma política de Governo Eletrônico. Todavia, tendo em vista dados levantados pelas pesquisadoras da Universidade de Brasília (UnB), Elza M. Barboza, Eny M. A. Nunes e Nathália K. Sena, em 2000, demostra-se que dos 5.507 municípios brasileiros, apenas 350 dispõem do serviço de acesso à rede mundial de computadores (Internet). Ou seja, para 5.157 municípios a realidade da Internet é ainda desconhecida. É claro que cabe aqui uma ressalva quanto à atualização desses dados para realidade de hoje. No entanto, essa realidade não deve ficar distante da trabalhada pelas pesquisadoras da UnB, quando se observa, por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE), que, em 2001, seus dados revelaram que apenas 12,6% dos domicílios brasileiros possuem computador.
Para além dessa realidade contraproducente, deve-se lançar um olhar para o desenvolvimento de políticas de inclusão social e digital, cujas estratégias de Governo Eletrônico sejam um efetivo instrumento de capilaridade na relação entre Estado e sociedade. Ou melhor, uma interface na relação construída entre esses dois atores.
Nesse sentido, compete-se aos governos, no Brasil, desenvolver políticas de Governo Eletrônico fazendo com que essas iniciativas e ações sejam cada vez mais fortalecidas pela participação social e cidadã junto às diversas instâncias da sociedade. Tais iniciativas envolvem um maior comprometimento dos governos locais e da sociedade na formulação de formulação de políticas públicas de E-Governo, tais como: - desenvolver pontos de acesso público à  Internet para o cidadão ou estimular o desenvolvimento de computadores de baixo custo; - campanhas de educação em linguagem digital e em outros idiomas; - serviços públicos na Internet; - criação de comunidades virtuais locais ; e, alocação das TICs (tecnologias de informação e comunicação) aos bairros, comunidades e povoados , por meio do treinamento, auxílio e do acesso à oferta de emprego para sua população.
À luz dessas considerações, permite-nos dizer que uma política Governo Eletrônico é muito mais salutar e rentável para qualquer governo do que seus investimentos vultosos em ‘recheios’ publicitários em horário nobre de televisão. Tudo isso, porque o E-Governo é uma estratégia de recurso mais barato para o Estado estabelecer uma ‘ponte’ – uma interface – na relação que se constrói com a sociedade. 

** Artigo Publicado pela Revista Tempo Montes Claros (MG), nº 22, fev-mar 2006. França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.

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Um saída para odesenvolvimento do Norte Minas e Vale do Jequitinhonha: as TICs*** 
*Por  França Neto - francaneto@gmail.com/
 francaneto@estadao.com.br

Uma política pública para o acesso universal à informação e aplicações das tecnologias de informação e comunicação (TICs) parece-me uma alternativa justa e viável para as tentativas governamentais de erradicação do analfabetismo e de desenvolvimento socioeconômico do Norte de Minas e dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha. Esta é uma vertente com o bojo no desenvolvimento humano e que também passa pela uma visão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), por meio de acordos de cooperação técnica com o governo (federal e estadual), em parceria com organizações não governamentais e diretamente, por meio de apoio a projetos-piloto de educação a distância e de promoção à leitura, através de novas mídias de inclusão digital, como a Internet.
A visão da Unesco na temática de Comunicação e Informação é direcionada por três objetivos básicos: promover o livre fluxo de idéias e o acesso universal à informação; promover a expressão do pluralismo e da diversidade cultural na mídia e nas redes mundiais de informação; e, promover o acesso universal às tecnologias de informação e comunicação (TICs). Dentro desse contexto, para alguns consultores da Unesco, educação e conhecimento devem ser considerados como “bens públicos globais” capazes de fortalecer ações de cidadania e de aplicar um aprendizado voltado para o multilingüismo e o multiculturalismo entre povos, bem como para capacitação de jovens e adultos para o mercado de trabalho.
Assim sendo, percebe-se o quanto uma política das TICs urge como uma necessidade para 151 prefeituras municipais das macrorregiões do semi-árido mineiro, sendo 85 delas localizadas no Norte de Minas e 66 restantes nos Vales do Jequitinhonha/Mucuri. A necessidade de uma política dessa natureza se faz presente para esses municípios dado a média de seus índices de desenvolvimento humano (educação, renda e saúde/longevidade), como qualidade de vida, na qual se verifica padrões baixíssimos em relação aos parâmetros de crescimento verificados em países desenvolvidos ou mesmo em regiões mineiras ou brasileiras consideradas próspera ao desenvolvimento humano. Segundo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), em Belo Horizonte, dados, com base de cálculo no censo demográfico de 2000, revelam que a média do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) nessas duas macrorregiões de Minas Gerais atinge aproximadamente a 0,630 IDH-M e  a renda média per capita atinge a pouco mais de R$ 100,00, correspondendo 33,33% do novo salário mínimo no Brasil, que  foi fixado, no mês passado, pelo governo federal em R$ 300,00.
Por esta forma, uma política das TICs, por parte dos governos federal e estadual, para esses municípios de baixo IDH-M desvela-se como uma fonte de autodeterminação socioeconômica e de desenvolvimento local e sustentável de suas comunidades, que teriam seu crescimento condicionado tanto pelo viés da inclusão social quanto pelo da inclusão digital. Sendo assim, uma política das TICs para as macrorregiões do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha/Mucuri iria compreender-se em um estímulo, de acordo com a visão da Unesco, às políticas públicas de acesso à informação, por meio de uma rede e pontos locais de acesso a serviços e informações aos cidadãos, que são conhecidos como Telecentros Comunitários de Multipropósitos.
O recurso desses pontos de acesso permitiria então uma maior interação e integração entre o Poder Público (executivo, legislativo e judiciário) e as comunidades locais, elevando-se, para isso, o grau de campanhas de alfabetização (educação básica) e de capacitação educacional e, por conseguinte, aumentando a participação e fiscalização da população nos programas e ações governamentais, por meio de estratégias desenvolvidas em portais e sites de governo eletrônico.
Tendo em vista o apoio à difusão das novas tecnologias de informação e comunicação, o mecanismo das TICs teria a possibilidade de conduzir governos eletrônicos (sites governamentais) espelhados nas ações locais das comunidades e na realidade de cada governo local dessas macrorregiões pobres de Minas Gerais. Em outras palavras, as atuais prefeituras do Norte de Minas e Jequitinhonha/Mucuri estariam, cada vez mais, se dirigindo para uma maior modernização administrativo-tecnológica em ofertar serviços, informações e ações de qualidade na Internet, por meio do desenvolvimento de  portais governamentais mais interativo e participativo junto aos  seus cidadãos ou mesmo junto à realidade local onde atua: o município, o distrito, a comunidade e povoado.
Nesse  sentido, cumpre-se para as atuais administrações públicas do Norte de Minas e Jequitinhonha/Mucuri em desenvolver políticas públicas que visem à inclusão social, mediante o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de ações que incluam o estímulo ao uso de novas mídias para educação presencial e a distância; bem como o estímulo, por meio de governo eletrônico, ao fortalecimento da língua portuguesa e uso de outros idiomas, através da implementação de centros de treinamento e pontos de acesso em informática (telecentros) que estariam realizando, de maneira formal/virtual, a promoção de conteúdos do conhecimento, da educação e da cultura para população local. Além do mais, tais política incluem-se ainda o estimulo à defesa da liberdade de expressão nessas comunidades, por meio do acesso a canais de informação e comunicação, dando ‘viva voz’ aos cidadãos em se manifestarem sua diversidade cultural e política. E, por fim, essas ações revelam-se como um estímulo à transparência da administração pública local, que iria desenvolver políticas públicas adequadas para o desenvolvimento localidade e da cidadania, por meio formas de participação e de acompanhamento do gasto e a aplicação do ‘dinheiro público, divulgando, de maneira online (na Internet), as contas e o orçamento da municipalidade.
Destarte, nota-se que a implementação de uma política pública das TICs, como ferramenta do desenvolvimento socioeconômico, local e sustentado, só terá vez nas macrorregiões do Norte Minas e dos Vales do Mucuri e do Jequitinhonha, se houver um esforço cooperativo, integrado e sinérgico nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Para isso, é preciso que as atuais gestões públicas tenham competência administrativa (governança) para  desenvolver um papel preponderante em formular políticas de inclusão social, que passam tanto pelo viés socioeconômico quanto pelo viés das novas TICs, as quais tornam-se, hoje em dia, em um instrumento decisivo de inclusão digital, por meio da integração de serviços públicos, na Internet, ao usuário de informação e cidadão. Assim sendo, uma política governamental das TICs para essas comunidades do Norte Minas e Vales do Jequitinhonha/Mucuri compreenderia como uma ferramenta, cada vez mais, a incrementar o relacionamento entre o Estado e a sociedade, por meio de ações de parcerias, interação, serviço, comunicação e de informação, dando, assim, condições reais de participação e mobilização local para suas populações. 

*** Artigo Publicado pela Revista Tempo Montes Claros (MG), nº 20, set-out 2005. França Neto é mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.


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Transposição do rio São Francisco: mais uma idéia rocambolesca do Governo Federal****
 *Por  França Neto - francaneto@gmail.com/
 francaneto@estadao.com.br

É meio ‘rocambólico’ o atual projeto do governo federal de transposição da águas do rio São Francisco para terras do semi-árido do Nordeste brasileiro. Tudo isso porque não existe transparência em suas intenções e há alguns pontos obscuros e polêmicos em seus objetivos. Um dos pontos polêmicos: o atual projeto não se submete a um crivo maior de discussões com as partes envolvidas na transposição do rio, como os debates, fóruns e consultas populares a serem realizadas junto à população nas margens de seu leito, a qual é conhecida como ‘barranqueira’ ou ‘ribeirinha’.
Pelo “barranqueiro”, o rio São Francisco é carinhosamente chamado de “Velho Chico”. Entretanto, ele é conhecido no País como ‘rio da unidade nacional’. Isso porque suas férteis águas banham a uma extensão de 2.614 km, ou seja, cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas). Por essa condição de ‘rio da unidade nacional’, o “Velho Chico” causa ainda hoje muito ciúmes em outras regiões brasileiras. Li, em meados deste ano, uma reportagem de Veja sobre o rio, na qual um cronista do Rio Grande Sul atribuíra que “o São Francisco é um erro da natureza (...). O rio deveria mesmo é correr para terras do sul (...)”. Independente do teor ou da seriedade de tal atribuição, ficou ali subentendido para mim, naquela reportagem, de que uma simples ‘dádiva da natureza’ aos barranqueiros (o rio) passara então a condição de objeto de desejo por outras plagas. O motivo do desejo era, naquele momento, óbvio: água sadia (sem poluição) correndo, como veias, em terras férteis.
Volta e meia às leituras das reportagens da grande imprensa nacional e internacional sobre o projeto de transposição das águas do São Francisco, inclusive com manchete no jornal The New York Times, no início deste ano, pude acompanhar então que, em paralelo a essas notícias, o governo federal, responsável e signatário do projeto, não estabelecera um diálogo direto com a população barranqueira ou mesmo com o País. Se não for um equívoco de minha parte, parece-me que, nesse período, o governo federal nem sequer realizou algumas dezenas de audiências públicas junto às populações ribeirinhas com intuito de dar viabilidade a sua proposta ou pelo menos abriu o debate à volta de alternativas para o desenvolvimento do rio São Francisco, como a revitalização de suas matas nativas/ciliares e a recuperação do leito do rio em decorrência da ação de degradação ambiental e do acintoso assoreamento ao longo de toda sua extensão. Em outras palavras, não houve debate e o governo federal tentou em empurrar goela a baixo o projeto de transposição do São Francisco às comunidades barranqueiras.
Diante disso, uma ‘onda de protestos’ ambientalistas correu-se, tanto pelo Brasil quanto pelo mundo, contra o projeto ‘rocambolesco’ do governo federal em fazer a transposição das águas do São Francisco, sem transparência, critérios e sem debates com à população. Em face a essa ‘onda’, um bispo da Igreja Católica nordestina radicalizou o seu protesto: fez recentemente uma greve de fome por mais de 10 dias. O protesto do bispo ecoou pelo mundo afora e chegou a sensibilizar o governo, em Brasília-DF, que teve de mandar seu ministro Jacques Wagner ao sertão nordestino para pôr fim a crise e anunciou um plano para ‘ouvir e debater’ com a população ribeirinha.
Como quase tudo no governo Lula é cheio de peripécias em seu afã de empreender a todo custo qualquer projeto à população, a proposta de transposição das águas do rio São Francisco, no Nordeste brasileiro, é mais uma idéia nebulosa, confusa e ‘enrolada’ (‘rocambólica’) do governo federal em desenvolver políticas públicas “de cima para baixo” para população, ou seja, sem a submissão do debate e da participação popular.

****Artigo publicado em Belo Horizonte (MG) em 01/11/2005. Mestre em Administração Pública – Gestão da Informação pela Fundação João Pinheiro (FJP/Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho), em Belo Horizonte (MG). e Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Adm. Pública/FJP-EG); Bacharel em Comunicação Social, em B. Horizonte. Atuou no jornalismo, em diversos órgãos de imprensa de M. Claros –MG, nas décadas de 1980/90. Como Jornalista em BH, atuou como redator-chefe do Jornal de Política e foi Assessor de Comunicação Social em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG). É, também, licenciado em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Exerce, atualmente, o cargo de professor-pesquisador na educação superior.
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Por França Neto*

ILHÉUS: Costa clara do Atlântico sul onde mora o sol e a lua. França Neto/21 jan. 2011.
FRANÇA NETO DIRETO DE ILHÉUS-BA - Em 26 de junho de 1534, ao ser assinada carta da doação da Capitania de Ilhéus para Jorge de Figueiredo Correia, em Portugal (Évora), Ilhéus (BA) era apenas uma ponta de terra arenosa da colônia portuguesa, com extensas matas atlânticas virgens e um litoral, de um certo ponto de vista: a praia imensa, a espuma e a beira, habitada por nativos (índios) no oceano Atlântico sul.

Ao ser elevada à categoria de cidade através da Lei 2.187, em 28 de junho de 1881, sancionada pelo Marquês de Paranaguá, Presidente da Província da Bahia, a Vila de São Jorge dos Ilhéus, nome que era chamado à época, possuía sua igreja e alcançava relativa produção de cana-de-açúcar. Além disso, sua profusão de coqueirais na orla extensa era a pura beleza da costa clara do litoral, onde o mar, o sol e a lua habitavam sempre em seu pleno vigor e esplendor.

Com o fim das Capitanias Hereditárias e o período colonial no Brasil, a cidade viveu nos idos de 1800, além da beleza natural, sua efervescência agrícola em torno do potencial do cacau, bem como do coco-da-bahia, banana, citrus, cana-de-açúcar, mandioca, milho e soja, sorgo, feijão, arroz e do dendê.

Hoje, Ilhéus, com 222.127 habitantes, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, é uma cidade paradisíaca e histórica no litoral baiano onde o turismo se tornou o seu produto principal na economia do município, que ainda conta com o subsídio natural de outras praias vizinhas, como ‘Serra Grande’, ‘Itacarezinho’, ‘Tiririca’, ‘Ribeira’, localizadas no município de Itacaré (BA), o qual possui atualmente 18.120 habitantes, de acordo com o IBGE.

À noite, apesar de não haver a ‘badalação’ de Porto Seguro (BA), Ilhéus se agita culturalmente, através de festivais de dança, música, mostra de artesanato e peças teatrais que são apresentadas em frente à ‘Casa Jorge Amado’ e ‘Casa dos Artistas’, ou mesmo, no ‘Teatro de Ilhéus’. Além do mais, o bar 'Vesúvio', casa de Gabriela e Nacib, frequentado pelo escritor baiano Jorge Amado, apresenta-se como o charme da noite, com música de MPB ao vivo.
Com início no final do mês de dezembro do ano passado e encerramento hoje (23/01/11), a Feira de Moda e Turismo de Ilhéus (Expoilhéus) vem acontecendo na cidade, chegando à sua décima-oitava edição. O evento é considerado uma das atrações do verão na cidade e  tem atraído a cada ano um público ainda maior. Com uma estrutura formada por cerca de 60 estandes, a Expoilhéus reúne novidades e diversidade em moda-praia, confecções, roupa íntima, calçados, acessórios, artesanato, entre outros artigos. A entrada é gratuita. 



* Jornalista e professor universitário (bacharel em Comunicação Social e licenciado em Pedagogia pela UFMG). Trabalhou em diversos órgãos de imprensa da Capital e em Montes Claros (MG), bem como exerceu a Assessoria de Comunicação em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG).


2010: em rota de colisão?...

 França Neto*
15-12-2009

Qual será a rota de prioridades para inserir o País no caminho do desenvolvimento efetivo, de acordo com as plataformas de governo dos presidenciáveis em 2010? A resposta talvez configure ainda como uma incógnita para maioria dos eleitores brasileiros. Pois, na realidade, o próximo ano nem mal começou e, até o presente momento, a agenda política segue sem importância, em seu estado de letargia, para os atores políticos.

Trata-se de um cenário apático, onde a indiferença se protagoniza como nos versos drummondianos:
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco. (...)
(ANDRADE. Carlos Drummond de. Os Ombros Suportam o Mundo.
In: Sentimento do Mundo. Rio de Janeiro:   José Olympio Editora, 1940)
Tempo de silêncio e solidão. Esta evidência parece ganhar força no dia-a-dia, quando o brasileiro comum pouco importa-se, em seus plenos direitos de cidadania, tanto pela democracia representativa quanto pela democracia participativa/substantiva.

Nesse silêncio implacável diante de temas recorrentes ao desenvolvimento do País, a educação, a saúde, a reforma agrária, o emprego, a pobreza e a miséria [velhos temas] parecem estar plenamente alijados dos planos para eleições deste ano. A educação, por exemplo, com a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com a incidência da DRU (Desvinculação de Receitas da União) sobre o dinheiro destinado a esta área, injetando R$ 9 bilhões anuais ao orçamento do MEC (Ministério da Educação), não consegue estabelecer um debate efetivo: o que fazer e priorizar com esse dinheiro anualmente nas escolas da educação básica?

Falo desse velho tema (educação) porque todos os outros tendem a ser coadjuvantes no processo de desenvolvimento socioeconômico. Se recorrermos, por exemplo, ao meio ambiente, iremos perceber que um dos pilares para este desenvolvimento trata-se de uma educação sólida capaz de politizar indivíduos para o pleno desenvolvimento sustentável no Brasil, quer no contexto urbano quer no meio rural.


Charge: Angeli
Assim, 2010 será mesmo um ano em 'rota de colisão', como na maioria da visão dos analistas dos grandes jornais brasileiros? Pode ser, até porque trata-se de um ano marcado pelas eventualidades políticas e futebolísticas, com as eleições majoritárias/proporcionais deste ano e a copa do mundo. No entanto, o vazio, que cerca as discussões em torno dos temas recorrentes ao crescimento brasileiro, nos faz pensar: qual será mesmo a colisão para nosso silêncio e solidão?

* Jornalista e professor universitário (bacharel em Comunicação Social e licenciado em Pedagogia pela UFMG). Trabalhou em diversos órgãos de imprensa da Capital e em Montes Claros (MG), bem como exerceu a Assessoria de Comunicação em órgãos da Administração Pública estadual em Belo Horizonte (MG).



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