domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma Vana Rousseff é eleita primeira mulher presidente do Brasil


Dilma vence as eleições para presidência da República com 56% dos votos apurados pelo TSE neste domingo
Dilma, ao pronunciar neste domingo em Brasília-DF, como a primeira mulher eleita presidente do Brasil. Divulgação PT, em 31/10/2010.
"Prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras", diz presidente eleita.
Com 100% das 400 mil urnas apuradas em todo País, Dilma Rousseff (PT) foi eleita neste domingo (31/10) a primeira mulher presidente na história republicana brasileira, obtendo 56,05% dos votos apurados contra 43,95% de José Serra (PSDB). Dilma somou  55 milhões de votos [55.752.529] e Serra 43 milhões [43.711.388], de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília-DF
Após a totalização dos votos apurados, a sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva não vai alcançar a votação de 2006 do atual presidente. Naquele ano, Lula obteve mais de 58 milhões de votos.
Dilma  venceu em 15 Estados e no Distrito Federal, e o tucano obteve vitória em 11 Estados. Dilma confirmou a força do PT no Nordeste, vencendo em todos os Estados da região, em alguns deles com votação superior a 70% dos votos válidos como Maranhão e Pernambuco. A presidente eleita também teve uma vitória importante em Minas Gerais, reduto do PSDB que elegeu o tucano Antônio Anastasia em primeiro turno.
TRAJETÓRIA DE VIDA E POLÍTICA
Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte (MG), em 14 de dezembro de 1947. Ela é economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi ministra-chefe da Casa Civil durante o Governo Lula.
Nascida em família de classe média alta e educada de modo tradicional, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA)  e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (OBAN), que foi um centro de informações, investigações e de torturas montado pelo Exército do Brasil em 1969, que a coordenava e integrava as ações dos órgãos de combate às organizações armadas de esquerda que tinham por objetivo lutar contra o regime militar que vigorava desde 1964 no Brasil. Dilma passou por sessões de tortura na OBAN e depois no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), que foi o órgão do governo brasileiro criado durante o ‘Estado Novo’, em 1924, cujo objetivo era controlar e reprimir movimentos políticos e sociais contrários ao regime no poder. O DOPS também foi o braço direito do regime militar, em 1964, torturando e perseguindo intelectuais, professores, jornalistas e estudantes que eram contrários à ditadura no País. Os militares durante esse período governavam o Brasil, através do Ato Institucional Nº5, ou AI-5. 
O AI-5 foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe militar de 1964 no Brasil. Ele foi o instrumento que deu ao regime militar poderes absolutos ao Presidente da República, que era um militar e eleito, de forma indireta (sem participação do povo brasileiro, através voto direto para presidente). Uma das primeiras medidas do AI-5 foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano. Além disso, o AI-5 suspendeu várias garantias constitucionais.
Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde junto com o companheiro por mais de trinta anos, Carlos Araújo, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre no governo Alceu Collares e mais tarde foi secretária estadual de Minas e Energia, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001.
Participou da equipe que formulou o plano de governo na área energética na eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002, onde se destacou e foi indicada para titular do Ministério de Minas e Energia. Novamente reconhecida por seus méritos técnicos e gerenciais, foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil devido ao escândalo do mensalão, crise que levou à renúncia do então ministro José Dirceu. Foi considerada pela Revista Época uma dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Fonte: FN Café News e Wikipédia 

PRONUNCIAMENTO DE DILMA ROUSSEFF AO POVO BRASILEIRO
Íntegra do pronunciamento da presidente eleita Dilma
Minhas amigas e meus amigos de todo o Brasil,
É imensa a minha alegria de estar aqui. Recebi hoje de milhões de brasileiras e brasileiros a missão mais importante de minha vida. Este fato, para  além de minha pessoa, é uma demonstração do avanço democrático do nosso país: pela primeira vez uma mulher presidirá o Brasil. Já registro portanto aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras, para que este fato, até hoje inédito, se transforme num evento natural. E que ele possa se repetir e se ampliar nas empresas, nas instituições civis, nas entidades representativas de toda nossa sociedade.
A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um principio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas, e lhes dissessem: SIM, a mulher pode!
Minha alegria é ainda maior pelo fato de que a presença de uma mulher na presidência da República se dá pelo caminho sagrado do voto, da decisão democrática do eleitor, do exercício mais elevado da cidadania. Por isso, registro aqui outro compromisso com meu país:
·                     Valorizar a democracia em toda sua dimensão, desde o direito de opinião e expressão até os direitos essenciais da alimentação, do emprego e da renda, da moradia digna e da paz social.
·                     Zelarei pela mais ampla e irrestrita liberdade de imprensa.
·                     Zelarei pela mais ampla liberdade religiosa e de culto.
·                     Zelarei pela observação criteriosa e permanente dos direitos humanos tão claramente consagrados em nossa constituição.
·                     Zelarei, enfim, pela nossa Constituição, dever maior da presidência da República.

Nesta longa jornada que me trouxe aqui pude falar e visitar todas as nossas regiões. O que mais me deu esperanças foi a capacidade imensa do nosso povo, de agarrar uma oportunidade, por mais singela que seja, e com ela construir um mundo melhor para sua família. É simplesmente incrível a capacidade de criar e empreender do nosso povo. Por isso, reforço aqui meu compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras.
Ressalto, entretanto, que esta ambiciosa meta não será realizada pela vontade do governo. Ela é um chamado à nação, aos empresários, às igrejas, às entidades civis, às universidades, à imprensa, aos governadores, aos prefeitos e a todas as pessoas de bem.
Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à própria sorte. A erradicação da miséria nos próximos anos é, assim, uma meta que assumo, mas para a qual peço humildemente o apoio de todos que possam ajudar o país no trabalho de superar esse abismo que ainda nos separa de ser uma nação desenvolvida.
O Brasil é uma terra generosa e sempre devolverá em dobro cada semente que for plantada com mão amorosa e olhar para o futuro. Minha convicção de assumir a meta de erradicar a miséria vem, não de uma certeza teórica, mas da experiência viva do nosso governo, no qual uma imensa mobilidade social se realizou, tornando hoje possível um sonho que sempre pareceu impossível.
Reconheço que teremos um duro trabalho para qualificar o nosso desenvolvimento econômico. Essa nova era de prosperidade criada pela genialidade do presidente Lula e pela força do povo e de nossos empreendedores encontra seu momento de maior potencial numa época em que a economia das grandes nações se encontra abalada.
No curto prazo, não contaremos com a pujança das economias desenvolvidas para impulsionar nosso crescimento. Por isso, se tornam ainda mais importantes nossas próprias políticas, nosso próprio mercado, nossa própria poupança e nossas próprias decisões econômicas.
Longe de dizer, com isso, que pretendamos fechar o país ao mundo. Muito ao contrário, continuaremos propugnando pela ampla abertura das relações comerciais e pelo fim do protecionismo dos países ricos, que impede as nações pobres de realizar plenamente suas vocações.
Mas é preciso reconhecer que teremos grandes responsabilidades num mundo que enfrenta ainda os efeitos de uma crise financeira de grandes proporções e que se socorre de mecanismos nem sempre adequados, nem sempre equilibrados, para a retomada do crescimento.
É preciso, no plano multilateral, estabelecer regras mais claras e mais cuidadosas para a retomada dos mercados de financiamento, limitando a alavancagem  e a especulação desmedida, que aumentam a volatilidade dos capitais e das moedas. Atuaremos firmemente nos fóruns internacionais com este objetivo.
Cuidaremos de nossa economia com toda responsabilidade. O povo brasileiro não aceita mais a inflação como solução irresponsável para eventuais desequilíbrios. O povo brasileiro não aceita que governos gastem acima do que seja sustentável.Por isso, faremos todos os esforços pela melhoria da qualidade do gasto público, pela simplificação e atenuação da tributação e pela qualificação dos serviços públicos. Mas recusamos as visões de ajustes que recaem sobre os programas sociais, os serviços essenciais à população e os necessários investimentos. Sim, buscaremos o desenvolvimento de longo prazo, a taxas elevadas, social e ambientalmente sustentáveis. Para isso zelaremos pela poupança pública. Zelaremos pela meritocracia no funcionalismo e pela excelência do serviço público. Zelarei pelo aperfeiçoamento de todos os mecanismos que liberem a capacidade empreendedora de nosso empresariado e de nosso povo. Valorizarei o Micro Empreendedor Individual, para formalizar milhões de negócios individuais ou familiares, ampliarei os limites do Supersimples e construirei modernos mecanismos de aperfeiçoamento econômico, como fez nosso governo na construção civil, no setor elétrico, na lei de recuperação de empresas, entre outros.
As agências reguladoras terão todo respaldo para atuar com determinação e autonomia, voltadas para a promoção da inovação, da saudável concorrência e da efetividade dos setores regulados. Apresentaremos sempre com clareza nossos planos de ação governamental. Levaremos ao debate público as grandes questões nacionais. Trataremos sempre com transparência nossas metas, nossos resultados, nossas dificuldades.
Mas acima de tudo quero reafirmar nosso compromisso com a estabilidade da economia e das regras econômicas, dos contratos firmados e das conquistas estabelecidas.
Trataremos os recursos provenientes de nossas riquezas sempre com pensamento de longo prazo. Por isso trabalharei no Congresso pela aprovação do Fundo Social do Pré-Sal. Por meio dele queremos realizar muitos de nossos objetivos sociais.
Recusaremos o gasto efêmero que deixa para as futuras gerações apenas as dívidas e a desesperança.
O Fundo Social é mecanismo de poupança de longo prazo, para apoiar as atuais e futuras gerações. Ele é o mais importante fruto do novo modelo que propusemos  para a exploração do pré-sal, que reserva à Nação e ao povo a parcela mais importante dessas riquezas.
Definitivamente, não alienaremos nossas riquezas para deixar ao povo só migalhas. Me comprometi nesta campanha com a qualificação da Educação e dos Serviços de Saúde. Me comprometi também com a melhoria da segurança pública. Com o combate às drogas que infelicitam nossas famílias.
Reafirmo aqui estes compromissos. Nomearei ministros e equipes de primeira qualidade para realizar esses objetivos. Mas acompanharei pessoalmente estas áreas capitais para o desenvolvimento de nosso povo.
A visão moderna do desenvolvimento econômico é aquela que valoriza o trabalhador e sua família, o cidadão e sua comunidade, oferecendo acesso a educação e saúde de qualidade. É aquela que convive com o meio ambiente sem agredí-lo e sem criar passivos maiores que as conquistas do próprio desenvolvimento.
Não pretendo me estender aqui, neste primeiro pronunciamento ao país, mas quero registrar que todos os compromissos que assumi, perseguirei de forma dedicada e carinhosa. Disse na campanha que os mais necessitados, as crianças, os jovens, as pessoas com deficiência, o trabalhador desempregado, o idoso teriam toda minha atenção. Reafirmo aqui este compromisso.
Fui eleita com uma coligação de dez partidos e com apoio de lideranças de vários outros partidos. Vou com eles construir um governo onde a capacidade profissional, a liderança e a disposição de servir ao país será o critério fundamental.
Vou valorizar os quadros profissionais da administração pública, independente de filiação partidária.
Dirijo-me também aos partidos de oposição e aos setores da sociedade que não estiveram conosco nesta caminhada. Estendo minha mão a eles. De minha parte não haverá discriminação, privilégios ou compadrio.
A partir de minha posse serei presidenta de todos os brasileiros e brasileiras, respeitando as diferenças de opinião, de crença e de orientação política.
Nosso país precisa ainda melhorar a conduta e a qualidade da política. Quero empenhar-me, junto com todos os partidos, numa reforma política que eleve os valores republicanos, avançando em nossa jovem democracia.
Ao mesmo tempo, afirmo com clareza que valorizarei a transparência na administração pública. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. Serei rígida na defesa do interesse público em todos os níveis de meu governo. Os órgãos de controle e de fiscalização trabalharão com meu respaldo, sem jamais perseguir adversários ou proteger amigos.
Deixei para o final os meus agradecimentos, pois quero destacá-los. Primeiro, ao povo que me dedicou seu apoio. Serei eternamente grata pela oportunidade única de servir ao meu país no seu mais alto posto. Prometo devolver em dobro todo o carinho recebido, em todos os lugares que passei.
Mas agradeço respeitosamente também aqueles que votaram no primeiro e no segundo turno em outros candidatos ou candidatas. Eles também fizeram valer a festa da democracia.
Agradeço as lideranças partidárias que me apoiaram e comandaram esta jornada, meus assessores, minhas equipes de trabalho e todos os que dedicaram meses inteiros a esse árduo trabalho. Agradeço a imprensa brasileira e estrangeira que aqui atua e cada um de seus profissionais pela cobertura do processo eleitoral.
Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento.
Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silencio das ditaduras. As criticas do jornalismo livre ajudam ao pais e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório.
Agradeço muito especialmente ao presidente Lula. Ter a honra de seu apoio, ter o privilégio de sua convivência, ter aprendido com sua imensa sabedoria, são coisas que se guarda para a vida toda. Conviver durante todos estes anos com ele me deu a exata dimensão do governante justo e do líder apaixonado por seu pais e por sua gente. A alegria que sinto pela minha vitória se mistura com a emoção da sua despedida.
Sei que um líder como Lula nunca estará longe de seu povo e de cada um de nós. Baterei muito a sua porta e, tenho certeza, que a encontrarei sempre aberta. Sei que a distância de um cargo nada significa para um homem de tamanha grandeza e generosidade. A tarefa de sucedê-lo é  difícil e desafiadora. Mas saberei honrar seu legado. Saberei consolidar e avançar sua obra.
Aprendi com ele que quando se governa pensando no interesse público e nos mais necessitados uma imensa força brota do nosso povo. Uma força que leva o país para frente e ajuda a vencer os maiores desafios.
Passada a eleição agora é hora de trabalho. Passado o debate de projetos agora é hora de união. União pela educação, união pelo desenvolvimento, união pelo país. Junto comigo foram eleitos novos governadores, deputados, senadores. Ao parabenizá-los, convido a todos, independente de cor partidária, para uma ação determinada pelo futuro de nosso país.
Sempre com a convicção de que a Nação Brasileira será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ela.
Muito obrigada.

Boca de Urna do Ibope: Dilma Rousseff tem 57% e Serra 43%

Pequisa boca de urna do Ibope aponta vitória de Dilma  no 2º turno para presidente da República

Dilma pode ser a 1ª mulher a governar o Brasil

 Pesquisa boca de urna do Ibope dá vitória de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, com 57% dos votos válidos, contra 43% de José Serra (PSDB), uma diferença de 14 pontos percentuais. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. Oficialmente, a pesquisa será divulgada a partir das 19h pela Rede Globo.

Brasileiros vão às urnas pela segunda vez este ano escolher o próximo presidente da República e governadores nos Estados




Depois de 29 dias do primeiro turno das eleições deste ano, 135,8 milhões de brasileiros voltam hoje (domingo), das 8h às 17h, às urnas para escolher qual será o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir de primeiro de janeiro de 2011, no Palácio do Planalto: Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Em oito Estados brasileiros e no Distrito Federal, também vão ser definidos os novos governadores. Os resultados devem ser divulgados no início da noite deste domingo, numa apuração rápida.


A campanha foi criticada pelo maior domínio, sob o viés conservador, nas discussões de aspectos morais e religiosos, como, por exemplo, o aborto. Por outro lado, houve pouca discussão de programas de governo, com propostas concretas sobre temas importantes como educação, economia, saúde, segurança pública, previdência, dentre outros.


A eleição deve ser rápida. A expectativa dos agentes eleitorais é de que cada eleitor demore, no máximo, 30 segundos para votar. Com menos cargos em disputa, a expectativa é que já se conheçam o novo presidente e os governadores por volta das 20h. Serão contabilizados os votos de 420 mil seções eleitorais, onde trabalham 2,2 milhões de mesários, mesmos números do primeiro turno na maior eleição da história brasileira. Em 3 de outubro, os eleitores brasileiros votaram para presidente, governador, dois senadores, deputado federal e deputado estadual.


A disputa de segundo turno para governador ocorre no DF e nos seguintes Estados: Alagoas, Amapá, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí, Rondônia e Roraima.


Custo
A Justiça Eleitoral estima um gasto de R$ 480 milhões para o pleito. O valor corresponde a R$ 3,56 por eleitor, considerando o total de 135.804.433 votantes. O custo é inferior ao das eleições de 2006 e 2002, que apontaram uma média de R$ 3,58 e R$ 4,31, respectivamente.
O teto estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de gastos de R$ 549 milhões. Esse custo pode ficar menor por conta da decisão dos votantes de escolherem seus governadores em primeiro turno em 18 Estados. Nas últimas eleições gerais, as despesas totalizaram R$ 450 milhões. Em 2002, R$ 495 milhões.

Voto no exterior
Segundo o TSE, 200.392 brasileiros estão aptos a votar em um total de 154 cidades no exterior. O país com o maior número de eleitores brasileiros são os Estados Unidos, com mais de 66 mil pessoas aptas a participar do pleito deste domingo.


Nos EUA, ficam a cidade com o maior número de eleitores brasileiros: Nova York, com 21.076. Na segunda colocação da lista vem Lisboa, em Portugal, com 12.360.

sábado, 30 de outubro de 2010

Dilma Rousseff deve ser eleita presidente da República neste domingo, apontam todos institutos de pesquisa no Brasil

Dilma Rousseff deve ser eleita a primeira mulher presidente do Brasil neste domingo (31/10) 
Datafolha: Dilma tem 55% e Serra 45%
Dilma Rousseff (PT) chega ao dia da eleição com 55% dos votos válidos, segundo pesquisa Datafolha realizada ontem e hoje. Está dez pontos à frente de José Serra (PSDB), que pontuou 45%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais.
O Datafolha entrevistou 6.554 pessoas neste sábado, um número maior do que o de outras sondagens recentes. A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e está registrada no TSE sob o número 37903/2010.
Se confirmar nas urnas o resultado do Datafolha, Dilma será eleita a 40ª presidente do Brasil. A corrida eleitoral tem se mantido estável nos últimos 15 dias, com os dois candidatos variando apenas dentro da margem de erro do levantamento.
Na última quinta-feira, Dilma tinha 56% e oscilou negativamente um ponto. Serra estava com 44% e deslizou um ponto para cima. Do ponto de vista estatístico, é impossível afirmar se houve ou não variação no período.
Quando se consideram os votos totais, Dilma tem 51% contra 41% de Serra. Ambos oscilaram positivamente um ponto cada de quinta-feira até ontem. O percentual de indecisos continua em 4%. E há também 4% de eleitores decididos a votar em branco, nulo ou nenhum.
A campanha de segundo turno agora em outubro mostrou uma recuperação de Dilma em todos os segmentos analisados ontem pelo Datafolha, com exceção de dois grupos: os eleitores da região Sul e os do interior do país.
No Sul, a petista começou o mês com 43% contra 48% de seu adversário tucano. Ontem, Dilma estava com 42% e ainda perdia para Serra, que pontuou 50%.
Entre os eleitores do interior, a candidata do PT ficou no mesmo lugar. Começou outubro com 50% e ontem tinha o mesmo percentual. Mesmo assim, está sete pontos à frente de Serra (43%).
A arrancada mais significativa de Dilma se deu nas regiões metropolitanas (de 44% para 52% neste mês) e no Sudeste (de 41% para 48%). O Sudeste concentra 45% dos eleitores do país. Serra, que é paulista e fez sua carreira política na região, tem 44%, o mesmo percentual do início do mês.
No Nordeste (25% dos eleitores brasileiros), a petista manteve neste mês sua liderança sobre o tucano. No início de outubro, tinha 62%. Ontem, segundo o Datafolha, Dilma estava com 63% e uma frente de 33 pontos sobre Serra, cuja pontuação na região foi de 30%.
O principal reduto do tucano é o Sul. Mas ele avançou pouco durante o mês, de 48% para 50%. Dilma, cuja carreira se deu no Rio Grande do Sul, não conseguiu se recuperar entre os sulistas _16% do eleitorado.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, os dos candidatos a presidente começaram o mês empatados tecnicamente: Serra com 46% e Dilma com 44%. Ao longo da campanha, a curva se inverteu. Ontem, a petista estava com 50% e o tucano com 42%.
A pesquisa Datafolha confirma a força de Dilma entre os eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos (44% do total do país). A petista tem 56% nesse segmento contra 36% de Serra.
Considerando-se o total de votos, Dilma aparece com 52%, contra 40% de Serra. Brancos e nulos somam 5% e indecisos são 3%. Na pesquisa anterior, a petista tinha os mesmos 52% contra 39% do tucano. Brancos e nulos eram os mesmos 5% e indecisos, 4%. 86% afirmaram que seu voto é definitivo e 11% admitiram que ainda podem mudar o voto.
A petista Dilma Rousseff deve ser eleita presidente da República neste domingo 31, com 56% dos votos válidos (que exclui brancos, nulos e indecisos), aponta pesquisa Ibope/Estado/Globo divulgada neste sábado, 30. Seu rival José Serra (PSDB) tem 44% dos votos válidos. Os números mostram uma pequena oscilação em relação à pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira, 28, quando Dilma tinha 57% contra 43% de Serra.

Ibope: Dilma tem 56% dos votos válidos
A petista Dilma Rousseff deve ser eleita presidente da República neste domingo 31, com 56% dos votos válidos (que exclui brancos, nulos e indecisos), aponta pesquisa Ibope/Estado/Globo divulgada neste sábado, 30. Seu rival José Serra (PSDB) tem 44% dos votos válidos. Os números mostram uma pequena oscilação em relação à pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira, 28, quando Dilma tinha 57% contra 43% de Serra.
Considerando-se o total de votos, Dilma aparece com 52%, contra 40% de Serra. Brancos e nulos somam 5% e indecisos são 3%. Na pesquisa anterior, a petista tinha os mesmos 52% contra 39% do tucano. Brancos e nulos eram os mesmos 5% e indecisos, 4%. 86% afirmaram que seu voto é definitivo e 11% admitiram que ainda podem mudar o voto.

Vox Populi: Dilma 57% e Serra 43%
Na véspera da eleição, a candidata do PT à Presidência Dilma Rousseff tem 51% das intenções de voto, enquanto José Serra contabiliza 39%, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi, divulgada neste sábado. Dilma aparece com 57% do votos válidos, contra 43% de Serra, confirmando, assim, uma vantagem de 14 pontos percentuais.
Os números divulgados hoje apontam uma ampliação da vantagem de Dilma sobre Serra. Na última pesquisa Vox Populi/iG, divulgada em 25 de outubro, a petista tinha 49% considerado o total das intenções de votos contabilizadas, dois pontos a menos do que no novo levantamento. Serra, por sua vez, manteve-se estável, já que tinha 38% na pesquisa anterior.
A pesquisa ouviu 3.000 mil eleitores neste sábado e possui margem de erro de 1,8 ponto porcentual, para mais ou para menos. Os dados do levantamento foram registrados na Justiça Eleitoral sob número 37.844/10.
O instituto apontou também que, na véspera da eleição, 90% do eleitorado dizem já ter certeza da escolha de seu candidato para presidente. O índice é maior entre eleitores da petista (94%). Entre eleitores de Serra, 89% afirmam estar certos do voto.
O Vox Populi apontou ainda que 49% dos eleitores assistiram a pelo menos um debate entre os candidatos na TV. Entre esse grupo, 47% dizem que Dilma se saiu melhor nos confrontos, contra 40% que afirmaram o mesmo sobre o desempenho de Serra. A região onde mais eleitores acompanharam os debates televisionados foi o Nordeste: 52%.
A campanha de Dilma também tem maior índice de avaliação positiva (43%) em comparação com a do tucano (32%).
Os números divulgados hoje apontam uma ampliação da vantagem de Dilma sobre Serra. Na última pesquisa Vox Populi/iG, divulgada em 25 de outubro, a petista tinha 49% considerado o total das intenções de votos contabilizadas, dois pontos a menos do que no novo levantamento. Serra, por sua vez, manteve-se estável, já que tinha 38% na pesquisa anterior.
A pesquisa ouviu 3.000 mil eleitores neste sábado e possui margem de erro de 1,8 ponto porcentual, para mais ou para menos. Os dados do levantamento foram registrados na Justiça Eleitoral sob número 37.844/10.
O instituto apontou também que, na véspera da eleição, 90% do eleitorado dizem já ter certeza da escolha de seu candidato para presidente. O índice é maior entre eleitores da petista (94%). Entre eleitores de Serra, 89% afirmam estar certos do voto.
O Vox Populi apontou ainda que 49% dos eleitores assistiram a pelo menos um debate entre os candidatos na TV. Entre esse grupo, 47% dizem que Dilma se saiu melhor nos confrontos, contra 40% que afirmaram o mesmo sobre o desempenho de Serra. A região onde mais eleitores acompanharam os debates televisionados foi o Nordeste: 52%.
A campanha de Dilma também tem maior índice de avaliação positiva (43%) em comparação com a do tucano (32%).

CNT/Sensus: Dilma tem 57,2% dos votos válidos
 Pesquisa CNT/Sensus divulgada na véspera do segundo turno confirma o favoritismo da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, sobre o tucano José Serra. De acordo com o levantamento, realizado entre os dias 28 e 29 de outubro, a presidencivel petista possui 50,3% das intenções de voto, contra 37,6% de Serra. A diferença entre eles, portanto, é de 12,7 pontos percentuais.
Na pesquisa anterior, feita entre os dias 23 e 25 deste mês, a petista tinha 51,9% contra 36,7% do tucano. A ex-ministra da Casa Civil soma 57,2% dos votos válidos (desconsiderados os votos nulos, em branco e os eleitores indecisos), enquanto o tucano chega a 42,8%. Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não apresentados aos entrevistados, Dilma também lidera, com 48,9% a 37%.
A pesquisa ouviu 2.000 eleitores em 136 municípios e foi registrada sob o número 37919/2010. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A projeção da sondagem é que Dilma receba neste domingo entre 58% e 63% dos votos válidos.

EM Data: Dilma tem 61% dos votos válidos em MG e Serra 39%



Dilma faz carreata neste sábado (30/10) pelas ruas de BH/Portal UOL.
BELO HORIZONTE - Pesquisa do Instituto EM Data, publicada pelo Jornal Estado de Minas neste sábado (30/10), mostra que a candidata Dilma Rousseff (PT) abriu 17 pontos percentuais de  vantagem sobre José Serra (PSDB). A petista aparece na pesquisa com 49% da preferência do eleitorado mineiro e o tucano tem 32%, na variação que diz respeito aos votos totais. Ao considerar os votos válidos, Dilma tem 61% contra 39% de Serra, prevalecendo, enfim, uma diferença de 22 pontos percentuais, de acordo com o EM Data.


Segundo sondagens do Instituto EM Data, o número de eleitores indecisos em Minas Gerais é 13%, equivalente a mais de 1,8 milhão de eleitores. Ainda que Jose Serra conquistasse esses votos, não conseguiria mudar o cenário eleitoral no estado. Portanto, se depender da vontade dos mineiros, Dilma será eleita presidente do Brasil neste domingo


REGIÕES EM MG

Ainda, segundo EM Data, os cruzamentos regionais mostram que Dilma Rousseff tem a preferência do eleitorado em cinco entre as seis mesorregiões mineiras. A maior diferença é no Norte, Jequitinhonha e Mucuri, regiões mais carentes do estado e mais atingidas pelos programas sociais do governo Lula. Nesses locais, a petista é votada por 60% dos eleitores, quase três vezes mais que José Serra, apontado por 23%. O tucano lidera a pesquisa apenas nas regiões Sul e Sudoeste, onde tem a preferência de 47% dos eleitores, nove pontos percentuais a mais que sua adversária

Curiosamente, Dilma tem mais votos entre os homens (54%) e Serra entre as mulheres (44%). A petista tem uma larga preferência entre os eleitores que têm até o ensino médio. Levando-se em conta aqueles que têm curso superior incompleto ou mais, os candidatos estão empatados tecnicamente: 38% a 35% para Dilma e Serra, respectivamente.


O Instituto EM Data ouviu 1,1 mil eleitores entre o dia 27 e ontem. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 37.853/2010. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos

DEBATE PRESIDENCIAL: Dilma X Serra


                                                                                                                                  jornal O Globo - outubro 2010
Dilma e Serra se cumprimentam no último debate presidencial da TV Globo nessa 6ª feira (29/10)
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) evitaram a troca de acusações diretas no debate da TV Globo, último encontro entre os presidenciáveis, realizado na noite dessa sexta-feira (29/10). Os candidatos se ignoraram e apenas fizeram críticas indiretas. O tom do encontro foi o da apresentação de propostas, muitas delas já feitas durante a campanha e nos outros nove debates que aconteceram.

O debate teve três blocos com perguntas feitas por eleitores indecisos. Cada candidato respondia a uma pergunta de um eleitor indeciso com réplica e tréplica entre Dilma e Serra.  No terceiro bloco, Serra falou no aumento da arrecadação de impostos. Sem citar o governo Fernando Henrique Cardoso, Dilma respondeu que hoje a economia cresce mais e que antes era quase zero.
"Você arrecada mais porque as pessoas consumiram mais, tiveram mais renda e lucraram mais", disse Dilma.
Ao falar de educação, ela também deu uma cutucada no governo anterior. "Não sei se você sabe, mas estava proibido fazer escola técnica pelo governo federal."
Nas considerações finais, a petista disse que não guarda mágoas dos ataques que sofreu.
"Nessa campanha em alguns momentos eu fiquei muito triste das calúnias que sofri."
Serra também fez críticas indiretas ao governo Lula e à política econômica, ao defender uma economia mais forte. "O Brasil é um dos países do mundo com menos investimento. Inclusive menos que no passado."

O momento de maior descontração foi um quase bate boca entre Dilma e o mediador Willian Bonner por conta de um erro no relógio que marcava o tempo.

INDIRETAS
O primeiro bloco foi o mais quente. "O exemplo tem que vim de cima. O chefe de governo tem que começar dando exemplo escolhendo bem as equipes e punindo quando há alguma irregularidade", afirmou o tucano, ao ser questionado sobre a corrupção.
Ele ainda falou dos ataques aos órgãos de controle como o TCU (Tribunal de Contas da União), criticado diversas vezes por Lula.
Serra citou o caso dos aloprados do PT nas eleições de 2006. "Tem casos que estão insepultos que não foram feitos nada", disse.
"A corrupção no Brasil chegou a níveis insuportáveis", completou.
Também no primeiro bloco, Dilma citou o escândalo dos Sanguessugas de 2006. "Foi na área da saúde, tanto é que chamou de sanguessugas", disse.
Ela defendeu o trabalho da Polícia Federal durante o governo Lula. Segundo ela, foram presos pela primeira vez governadores e grandes empresários.
"O importante é investigar e punir. Doa a quem doer", afirmou a petista, que ainda tratou da Controladoria Geral da União.
Ela criticou o governo Fernando Henrique Cardoso. "É importante que não haja o engavetador -geral da República", afirmou a candidata em referência ao apelido do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, durante o mandato de FHC.
Por diversas vezes, Dilma soltou frases do tipo "muito importante essa pergunta".

TOM AMENO
No segundo bloco, Dilma e Serra sustentaram um tom ameno.
Na pergunta mais dura do debate, a eleitora indecisa disse que ambos mostram uma saúde de qualidade no programa eleitoral, e afirmou que, no entanto, a população é "tratada como lixo" e "sofre como animais" nas filas de hospitais.
O tucano afirmou que o governo encolheu "em seis ou sete" pontos percentuais as verbas para a saúde. A candidata petista disse que o Brasil tem "um problema sério de qualidade da saúde".
"Se a gente não reconhecer, não melhora", disse Dilma, que disse assumir um compromisso de jogar o "peso" do governo federal na qualidade da prestação dos recursos para Estados e Municípios.
Os dois candidatos voltaram a propor a criação de policlínicas especializadas.
Quando o tema foi a educação, Serra também cutucou o governo federal, quando afirmou que "muitos Estados e municípios não estão pagando nem o piso" para os professores da rede pública porque o "governo federal havia se comprometido a pagar a diferença e não está pagando".
O presidenciável tucano voltou a propor um pacto nacional pela educação, "acima das disputas políticas e eleitorais".
"Temos que ter um entendimento que passe por cima dos partidos, de sindicatos", afirmou.
Dilma também insistiu na valorização salarial e na formação continuada dos professores. Nesta questão, cutucou o tucano, acusado por petistas de tratar professores com violência.
"Se não houver pagamento digno para professores, não há como ter qualidade da educação. Precisa ganhar bem e ter formação continuada. Não se pode tratar professor com cassetetes ou interromper o diálogo. O diálogo é fundamental no respeito à essa profissão."

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