quarta-feira, 20 de junho de 2018

DESUMANIDADE: crianças engaioladas nos EUA...

Sobre a tal humanidade
Por Luis Felipe Miguel*
Governo Trump nos EUA coloca crianças em gaiolas.
Foto: Agências de notícias
Trump não esconde suas políticas desumanas, que culminam, agora, com sua prisão de bebês. Pelo contrário, faz questão de alardeá-las. Aquilo que nós percebemos como uma selvajaria inominável, indesculpável, transita entre o público dele como uma demonstração de "macheza". O cerne desta macheza é a absoluta insensibilidade à dor dos outros, que prova que estes outros estão sendo construídos como Outro absoluto, a quem a humanidade é negada. A política desumana seria a única apropriada a quem não é considerado humano.

É o mesmo mecanismo que vemos em ação quando alguém aplaude Bolsonaro e sua apologia à tortura. Ou o massacre de famílias palestinas pelo Estado de Israel. Como é possível que esta identificação com a brutalidade esteja tão presente?

Não creio que seja um traço da "natureza humana", até porque tendo a concordar com o que disse um grande pensador: não existe natureza humana fora da sociedade humana. Temos que investigar é o que abre espaço para isso nas nossas sociedades.

MARCAS do preconceito e da discriminação nas redes sociais...

Após palestra nos Estados Unidos, mineira é alvo de ataques racistas
De Manga, no Norte de Minas, Alline Parreira proferiu uma palestra na Universidade da Cidade de Nova York onde falou sobre trajetória dela
Alinne Parreira, de 27 anos, mineira da cidade Manga no extremo Norte do Estado, às margens do Rio São Francisco. foto: Brado NYC/Divulgação
Por Luiz Ribeiro, jornalista do jornal Estado de Minas - BH
EUA – A mineira Alinne Parreira, de 27 anos, que ganhou notoriedade ao ser convidada a proferir uma palestra sobre sua história de superação para professores doutores da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos, sexta-feira passada, não conseguiu barrar o preconceito de pessoas do próprio país. Vítima de ataques racistas na internet, ela própria denunciou a situação, divulgando em redes sociais uma nota de repúdio em que manifesta sua indignação contra as mensagens ofensivas.

Nascida de pais pobres em Manga, às margens do Rio São Francisco, no Norte de Minas, Alline, que é negra, passou por duas famílias adotivas. Logo cedo aprendeu a lutar contra o racismo e o preconceito, além de superar os obstáculos da vida. Como ela mesmo relata, para sobreviver, já catou latinhas e vendeu cigarros e velas em porta de cemitério. Com 18 anos, deixou a cidade natal e morou em Brasília e em outras cidades brasileiras. Também viveu uma experiência na África. Há dois anos, mudou-se para Nova York, onde trabalha como faxineira.

FATOS DA SEMANA

Mapa Geopolítico do Rio São Francisco

Mapa Geopolítico do Rio São Francisco
Caracterização do Velho Chico

Vocé é favorável à Transposição do Rio São Francisco?

FN Café NEWS: retrospectiva