quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem é o maior eleitor de Dilma?: Emprego


Por Gilberto Dimenstein*
Setembro bateu o recorde histórico de emprego, segundo o índice que acaba de ser divulgado pelo IBGE. Até mais do que Lula, esse é o maior eleitor de Dilma Rousseff. Até porque, além do menor desemprego, como nunca se viu desde 2002, cresceu o salário dos trabalhadores.
Como estamos vendo pelas pesquisas, José Serra está atrás, mas quase ninguém mais aposta que sua derrota é um fato consumado, como ocorria antes do primeiro turno. Imagine então se a candidatura do PT dependesse apenas do prestígio pessoal de Lula, e os indicadores estivessem ruins.
Qualquer pessoa com um mínimo de informação e que se não se impressiona com o marketing de campanha, sabe que, não fossem uma série de medidas tomadas pelos governos anteriores, em especial de FHC, como o combate à inflação, a situação seria diferente.
Mas essa não é a percepção do eleitor. O fato objetivo e sentido no bolso é que não há registro de que, em algum momento da história do país, tenha se combinando, nesta intensidade, democracia, distribuição de renda, baixa inflação e desemprego em torno de 6%. 

 *Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.

Desemprego recua para menor taxa na série histórica do IBGE

PEDRO SOARES
DO RIO
Atualizado às 09h04.
Portal UOL 21/10/2010
A taxa de desemprego média no Brasil em setembro foi de 6,2%, desacelerando frente aos 6,7% contabilizados em agosto, segundo os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é o menor registrado na série histórica, iniciada em março de 2002.
Na comparação com setembro de 2009, houve queda de 1,5 ponto percentual --a taxa havia ficado em 7,7% naquele mês.

O IBGE registrou em setembro uma média de 1,5 milhão de pessoas desocupadas --o menor contingente da série histórica--, com queda de 7,5% no confronto mensal e de 17,7% ante igual período em 2009.
A população ocupada média em setembro foi de 22,3 milhões de trabalhadores, o que indica alta de 0,7% ante agosto e 3,5% em relação a setembro do ano passado.
Já a renda média do trabalhador cresceu 1,3% ante agosto e 6,2% frente ao mesmo intervalo no ano passado, ficando em R$ 1.499,00.
O IBGE mede a situação do mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre. Cerca de 44 mil domicílios são pesquisados.

A QUEDA DA TAXA DE DESEMPREGO, SEGUNDO IBGE
A queda da taxa de desemprego de agosto para setembro foi provocada pela maior oferta de postos de trabalho, gerados em número suficiente para fazer frente à procura por uma nova colocação, segundo o IBGE.

De um mês para o outro, foram criadas 147 mil vagas, mais do que o crescimento do número de pessoas ocupadas (120 mil). Ou seja, todos que procuraram emprego (condição para ser classificado como desocupado) foram absorvidos pelo mercado de trabalho.

Em setembro, a taxa caiu para 6,2%, menor patamar da série histórica do IBGE iniciada em março de 2002. Em agosto, havia sido de 6,7%, menor marca até então.
"Houve, de fato, um aumento expressivo da ocupação, que permitiu a queda da taxa de desemprego. Isso é reflexo do cenário econômico favorável, que se traduz na geração de postos de trabalho", disse Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
Percentualmente, a ocupação subiu 0,7% de agosto para setembro, enquanto o número de pessoas desocupadas caiu 7,5%.
No intervalo de um ano (setembro de 2009 a setembro de 2010), foram abertas 762 mil vagas --alta de 3,5%. Já a desocupação cedeu 17,7% --ou 319 mil pessoas a menos procurando trabalho.

FORMALIZAÇÃO
Para Azeredo Pereira, outro ganho proporcionado pelo crescimento da economia é o maior nível de formalização do mercado de trabalho.
De agosto para setembro, o contingente de trabalhadores formais cresceu 1% --ou alta de 103 mil pessoas ocupadas. Já ante setembro de 2009, houve expansão de 8,6% (816 mil pessoas).
Por outro lado, caiu o total de trabalhadores sem carteira (-0,9%) em relação a agosto. Já o grupo dos sem carteira subiu 0,9% na mesma base de comparação. Na comparação com setembro de 2009, esses contingentes registraram queda de 0,1% e 1,2%, respectivamente.
Ao observar a evolução do rendimento em cada um desses contingentes, Azeredo Pereira afirma que restaram apenas no mercado de trabalho os postos de trabalho informais "de melhor qualidade" --ou seja, com renda maior. "Os com rendimento mais baixo ou saíram do mercado ou arrumaram uma ocupação formal."
Na média, a alta 1,3% do rendimento médio do trabalhador de agosto para setembro, diz o gerente do IBGE, também foi fruto do maior dinamismo da economia. Também pesou, avalia, a inflação sob controle.

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