terça-feira, 6 de agosto de 2013

Combate à seca: Secretários de estado receberam lideranças da região em BH para o planejamento de construção de barragens no Norte de Minas

Lideranças discutem construção de barragens de Congonhas e Berizal
Políticos prometeram agilidade nas obras de abastecimento

Deputados estaduais do Norte Minas se encontram secretários do governo de MG, em BH. Foto: Valdivan Veloso / G1
Com informações de Michelly Oda do Do  G1 Grande Minas
Secretários estaduais e lideranças do Norte de Minas se reuniram nesta segunda-feira (5) em Belo Horizonte (MG) para discutirem a construção da barragem de Congonhas e a retomada das obras do Açude de Berizal (MG). Os idealizadores do movimento "Vidas Áridas", os jornalistas Geraldo Humberto e Délio Pinheiro, também estiveram presentes no encontro.

O secretário de Meio Ambiente, Adriano Magalhães, afirmou que há um interesse dos Governos Estadual e Federal para que a obra de Congonhas seja viabilizada. A barragem deve beneficiar seis municípios do Norte de Minas.

Ainda segundo o secretário, o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), se comprometeu a agilizar as obras, com o início da licitação em breve, já que a licença prévia já foi emitida e aprovada pelos órgãos ambientais. O diretor do Dnocs, Emerson Daniel, se comprometeu a iniciar a licitação em um prazo de 45 a 60 dias.

O deputado estadual Paulo Guedes (PT), afirmou durante a reunião que por parte do Governo Federal não faltam recursos para a construção de Congonhas e retomada de Berizal, mas é preciso que o Governo Estadual viabilize as licenças necessárias para cada uma das obras.
Já no caso de Berizal, a barragem começou a ser construída em 1997, mas teve as obras interrompidas após o Tribunal de Contas detectar irregularidades em relação aos licenciamentos ambientais. Seis municípios seriam beneficiados diretamente; Taiobeiras, São João do Paraíso, Ninheira, Indaiabira, Berizal e Rio Pardo de Minas, e 11 indiretamente.


Barragem de Berizal: vertedouro da barragem com as ferragens expostas. Foto: Michelly Oda/G1
Gil Pereira, secretário estadual de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Norte de Minas, Nordeste de Minas, (Sedvan), disse durante a reunião que a retomada de Berizal está ligada diretamente à união de forças do poder público e da sociedade. Ele destacou a ida de deputados, prefeitos e do "Movimento Vidas Áridas" para Brasília, com o objetivo de assegurar recursos para o reinício da barragem.

O "Movimento Vidas Áridas" esteve em Berizal no mês de maio se reuniu prefeitos, movimentos sociais e população para uma visita até o local, considerado pelo prefeito da cidade que dá o nome a barragem, "um cemitério de obras públicas". R$ 30 milhões já teriam sido gastos na obra, de acordo com estimativas do Governo Federal.

Na época, assinaturas estavam sendo recolhidas para compor um manifesto que seria entregue para o Ministério da Integração Nacional.

Danilo Menes, prefeito de Taiobeiras, presente na caravana em Berizal, destacou que "o açude está primeiramente ligado ao abastecimento humano e depois ao desenvolvimento econômico." Mesmo pensamento compartilhado pelo gestor municipal de Indaiabira, Vanderlúcio de Oliveira.

"Desejo que o povo permaneça na terra, que não precise ir embora para outras cidades. A falta de água leva as pessoas para longe, para outros lugares onde há emprego e renda. Temos que ter qualidade de vida e usufruir das nossas riquezas."

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