quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mensalão de Brasília: Arruda dorme no xilindró



Com a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) por tentativa de suborno, na tarde desta quinta-feira (11/2), um fato inédito entra para história republicana brasileira: pela primeira vez um governador de Estado vai dormir no ‘xilindró’, numa versão popular para cadeia. 
A notícia parece que deixou o País eufórico, com sensação de punição e justiça para os crimes de corrupção na administração pública.
 Essa sensação foi registrada, às 22h desta quinta, nos mais de 800 comentários sobre a notícia, no Portal Uol, onde a maioria dos brasileiros se indignava em suas opiniões pedindo justiça contra a corrupção e a impunidade no Estado brasileiro.

 VEJA OS FATOS

*BRASÍLIA-DF

STJ decreta a prisão do governador do DF José Roberto Arruda

Doze dos 15 ministros da Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiram nesta quinta-feira (11) decretar a prisão preventiva do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), envolvido no escândalo do mensalão do DEM. Dois votaram contra a prisão. O vice-governador, Paulo Octávio, deve assumir o cargo. A assessoria do governador afirmou que ele vai se entregar à Polícia Federal.
O ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito da Operação Caixa de Pandora no STJ, acatou o pedido feito pela subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, do Ministério Público Federal. Mas decidiu submeter sua decisão aos demais ministros, que tiveram que apresentar voto. A sessão terminou às 17h20.
"A presença do governador está ligada aos recentes eventos e tem gerado instabilidade na ordem pública”, escreveu Gonçalves no relatório em que cita formação de quadrilha, corrupção de testemunha e falsificação ideológica. Para o ministro, um grupo criminoso exerce o poder no governo do DF e, em razão do que classificou de "conduta audaciosa", "não resta outra alternativa senão a prisão".

Mais sobre a prisão
Com a prisão decretada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) por tentativa de suborno, o governador José Roberto Arruda (sem partido) entregou-se na tarde desta quinta-feira (11) à Polícia Federal e deve passar a noite em uma sala de Estado Maior na superintendência em Brasília. Doze dos 15 ministros da Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiram decretar a prisão preventiva e determinar o afastamento do governador. O vice-governador, Paulo Octávio, deve assumir o cargo.

Minutos depois de decretada a prisão preventiva, o governador deixou a residência oficial de Águas Claras em um comboio composto por seis carros. Ele chegou à Superintendência da Polícia Federal por volta das 17h40, onde às 19h30, cerca de 20 manifestantes gritavam: "Fica, Arruda, fica!”
De acordo com um assessor da PF, Arruda "acatou a decisão com serenidade, e espera voltar no dia em que houver um habeas corpus". A defesa do governador já entrou com o habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). O pedido será julgado pelo ministro Marco Aurélio de Mello.
"Fomos surpreendidos", afirmou um de seus defensores, José Eduardo Alckmin. "A Câmara Legislativa precisaria ser consultada antes mesmo do curso do inquérito. A decisão se deu sem que a defesa do governador examinasse tudo", disse após deixar o prédio do STJ.
O ministro Fernando Gonçalves, relator do inquérito da Operação Caixa de Pandora no STJ, acatou o pedido feito pela subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, do Ministério Público Federal. Mas decidiu submeter sua decisão aos demais ministros, que tiveram que apresentar voto. A sessão terminou às 17h20.
A decisão foi tomada por maioria, vencido o ministro Nilson Naves. “Não vejo necessidade de se impor prisão a um governador. A regra é a liberdade. A exceção é a prisão", afirmou. Outro ministro votou para decretar a prisão de outros envolvidos, mas não de Arruda. O presidente da Corte não apresenta voto.

Saiba mais sobre o mensalão do DEM
"A presença do governador está ligada aos recentes eventos e tem gerado instabilidade na ordem pública”, escreveu Gonçalves no relatório em que cita formação de quadrilha, corrupção de testemunha e falsificação ideológica. Para o ministro, um grupo criminoso exerce o poder no governo do DF e, em razão do que classificou de "conduta audaciosa", "não resta outra alternativa senão a prisão".

O pedido de prisão é relativo à tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do escândalo do panetone, que teria sido para obstruir as investigações do esquema de arrecadação e pagamento de propina. O pedido foi feito em denúncia apresentada hoje contra Arruda e os outros cinco acusados por formação de quadrilha e corrupção de testemunha.
A preventiva se estende ao deputado Geraldo Naves (DEM), a Wellington Morais, ex-secretário de Comunicação do DF, Haroldo Brasil de Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília, e Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário particular de Arruda.
Na semana passada, o conselheiro do Metrô, Antonio Bento da Silva, foi preso pela Polícia Federal ao entregar R$ 200 mil a Sombra.
O jornalista afirmou que o dinheiro seria a primeira parcela de um suborno de R$ 1 milhão em troca de um pacote de serviços, que incluía uma declaração afirmando que os vídeos que mostram políticos de Brasília recebendo dinheiro de suposta propina foram manipulados por Durval Barbosa, delator do esquema. 
* As informações são do UOL Notícias.

Um comentário:

  1. frança, a corrupção é regra geral no capetalismo, rapá. a pergunta que falta é outra: por que denunciaram/divulgaram o arruda, sendo que existem tantas outras provas cabais de corrupção por aí.
    minha leitura é a seguinte: queimaram o arruda pra quermar com o dem, com o objetivo de liberar o psdb pra uma chapa chamada "puro sangue", de serra-aécio. uma corrupção investiga/denuncia outra; eis a verdade.
    saudações,
    luisdelamancha

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